quarta-feira, outubro 10, 2007

Geo-Emprego

Do Doutor José Brilha, professor da Universidade do Minho que recordamos da sua passagem pela Universidade de Coimbra, via GEOPOR, publicamos o seguinte texto:

Caros subscritores

Para os recém-licenciados em Geologia (e afins) talvez seja interessante ter conhecimento que o Brasil constitui, actualmente, uma forte hipótese para conseguir trabalho na área, conforme se pode comprovar no texto que se segue.
Será que o nosso Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior está a par desta recente tendência? E os Reitores das Universidades?
Será inteligente estar a regular as vagas nas universidades apenas tendo em conta o quociente lucro/prejuízo a curto prazo?

Cumprimentos.

José Brilha
Dep. de Ciências da Terra da Univ. do Minho


Matéria do Jornal "Estado de Minas"

Falta de geólogo no mercado garante vagas aos recém-formados

Aquecimento do setor de mineração, petróleo e gás e metalurgia faz com que empresas disputem profissionais jovens. Salário inicial pode chegar a cerca de R$ 4 mil

Marta Vieira - Estado de Minas
Cristina Horta/EM


Carlos Barcelos, que acaba de se formar pela Ufop, foi contratado pela Companhia Vale do Rio Doce, onde pretende fazer carreira

Engenheiros de minas e geólogos recém-formados estão sendo disputados pelas empresas de mineração, de petróleo e gás e metalurgia. Não há desemprego nestes setores – pelo contrário, o que existe é uma farta oferta de trabalho e salários valorizados que, em alguns casos, chegam R$ 4 mil iniciais. Os sinais de aquecimento da economia já chegaram às salas de aulas dos cursos da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e da UFMG, classificados entre as escolas de maior prestígio no ramo. Os alunos têm recebido mais de uma proposta de emprego antes mesmo da formatura, reflexo dos programas de expansão da indústria da mineração e do petróleo em todo o país e no exterior.

Os 24 engenheiros de minas que se formaram há cerca de dois meses na UFMG já estão trabalhando tanto em empresas de mineração quanto em escritórios de projetos de engenharia, informa Armando Corrêa de Araújo, vice-chefe do Departamento de Engenharia de Minas. Outros 22 alunos que se formaram em julho e dezembro do ano passado já saíram da universidade empregados. A procura não se limita ao trabalho no Brasil. Multinacionais também têm buscado na escola profissionais para trabalhar nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Chile e Portugal.

"A forte procura por esses profissionais transformou-se numa tendência mundial nos últimos dois anos e tem levado grandes empresas a buscá-los na própria universidade, como fazem a Vale do Rio Doce, Votorantim Metais, AngloGold Ashanti e MMX (do empresário Eike Batista)", afirma Armando Araújo. O crescimento rápido da indústria mineral, principalmente, esbarra na escassez de profissionais qualificados, o que está trazendo, agora, novas oportunidades também para aposentados e trabalhadores na faixa dos 50 anos.

Na Ufop, 95 alunos formados desde 2005 nas engenharias de minas e geológica saíram da faculdade cobiçados por mais de uma empresa, segundo Marcone Janilson Freitas Souza, pró-reitor de Graduação. "Os próprios coordenadores dos cursos e chefes de departamento são procurados pelas empresas com vagas abertas nessas áreas", afirma. A escola de engenharia de minas e geológica da Ufop é a mais antiga do país, aberta em 1876.

Os salários oferecidos estão entre os mais valorizados para os profissionais da engenharia, de acordo com Hegel Botinha, diretor- comercial do Grupo Selpe, especializado em contratação e consultoria na área de recursos humanos, de Belo Horizonte. A remuneração de ingresso de um engenheiro de minas chega a R$ 4 mil e os que comprovam experiência de pelo menos três anos na função, podem receber de R$ 5 mil a R$ 6 mil.

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