segunda-feira, novembro 06, 2017

A missa de casamento do Rei D. Pedro IV foi há duzentos anos

Pedro I & IV (Queluz, 12 de outubro de 1798 – Queluz, 24 de setembro de 1834), apelidado de "o Libertador" e "o Rei Soldado", foi o primeiro Imperador do Brasil como Pedro I de 1822 até à sua abdicação, em 1831, e também Rei de Portugal e Algarves, como Pedro IV, entre março e maio de 1826. 
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Desembarque da princesa Leopoldina no Rio de Janeiro
A personalidade de Pedro era marcada por uma vontade enérgica que beirava a hiperatividade. Era impetuoso com uma tendência para ser dominador e temperamental. Distraia-se ou ficava entediado facilmente, entretendo-se com namoricos na sua vida pessoal além de suas atividades equestres e de caça. O seu espírito inquieto o fazia buscar aventuras e, certas vezes disfarçado de viajante, frequentava tavernas nos distritos de pior reputação do Rio de Janeiro. Pedro raramente bebia álcool, porém era um mulherengo incorrigível. Seu primeiro caso duradouro conhecido foi com uma dançarina francesa chamada Noémi Thierry, que teve uma criança natimorta dele. Seu pai, que em 1816 tornou-se rei João VI com a morte de Maria I, enviou Thierry para longe a fim que ela não ameaçasse o noivado de Pedro com a arquiduquesa Leopoldina da Áustria, filha do imperador Francisco I da Áustria e a princesa Maria Teresa da Sicília.
Pedro e Leopoldina casaram-se por procuração no dia 13 de maio de 1817, com ela a assumir o nome de Maria Leopoldina. Esta chegou ao Rio de Janeiro a 5 de novembro, imediatamente se apaixonando pelo marido, que era muito mais charmoso e atraente do que fora levada a esperar. Após "anos sob o sol tropical, a sua pele ainda era clara  e as suas bochechas rosadas". Pedro, então com dezanove anos, era bonito e um pouco mais alto do que a média, possuindo olhos negros e um cabelo castanho escuro. "A sua boa aparência", segundo o historiador Neill Macaulay, "devia-se muito ao seu porte, orgulhoso e ereto mesmo em tenra idade, e a sua preparação, que foi impecável. Habitualmente bem vestido e limpo, ele tinha apanhado o hábito brasileiro de tomar banho frequentemente". A missa nupcial ocorreu no dia seguinte, com a ratificação dos votos feitos anteriormente por procuração. O casal teve sete filhos: D. Maria, D. Miguel, D. João Carlos, D. Januária, D. Paula, D. Francisca e D. Pedro.

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