Na juventude, participou no coral da sua igreja, além de tocar
trompete. Em
1939 ingressou na faculdade, a princípio para estudar química, mas o seu verdadeiro interesse era pilotar aviões.
Após obter a graduação em engenharia, Glenn ingressou na
Marinha dos Estados Unidos, em
1942.
De volta aos
Estados Unidos, Glenn reassumiu o seu trabalho como instrutor de pilotos. Em
1957 realizou o primeiro voo transcontinental
supersónico, viajando de
Los Angeles a
Nova Iorque em três horas e 23 minutos
. Dois anos depois, foi selecionado pela
NASA para o primeiro grupo de astronautas americanos, o
Projeto Mercury. Em fevereiro de 1962 tornou-se o primeiro astronauta dos
Estados Unidos a entrar em órbita da
Terra, dando três voltas completas sobre o planeta durante quase cinco horas.
De volta ao solo, virou instantaneamente herói nacional e do então chamado
“Mundo Livre”, em contraponto aos
soviéticos Yuri Gagarin e
Gherman Titov. Glenn foi recebido e condecorado pelo Presidente
John Kennedy e participou de desfiles, sob chuvas de
confettis em várias cidades norte-americanas.
A sua opção política e a sua fama foram notados pelo governo americano da época e Glenn tornou-se grande amigo da
família Kennedy. Não participou em outro voo espacial, em parte, de acordo com comentários da época dentro da NASA e da
Casa Branca,
por pedido feito aos diretores da agência espacial pelo próprio
Presidente Kennedy, para quem a perda num acidente de um herói nacional e
mundial da sua estatura, poderia causar grande comoção ao povo
americano e até obrigar ao cancelamento do programa espacial. De
qualquer maneira, John Glenn aposentou-se da NASA ainda em 1964, antes
do começo do Programa Espacial
Gemini.
Em 29 de outubro de 1998, participando de uma experiência para avaliar o comportamento de pessoas da
terceira idade no espaço, John Glenn, aos 77 anos, voltou pela segunda vez à
órbita terrestre, desta vez como membro da tripulação do
vaivém espacial Discovery, na missão
STS-95, que durou dez dias
.
Glenn é um dos 28 homens e mulheres a terem recebido até hoje a
Medalha de Honra Espacial do Congresso,
a maior condecoração concedida pelo governo dos Estados Unidos a
astronautas que tenham realizado algum feito extraordinário para a nação
ou para a Humanidade, no desempenho de alguma missão espacial.
Morreu, em 8 de dezembro de 2016, aos 95 anos.