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terça-feira, maio 29, 2012

Zé Diogo Quintela, o Gato Fedorento com bom gosto e pergaminhos, nasceu há 35 anos

José Diogo de Carvalho Quintela, conhecido como Zé Diogo Quintela (Lisboa, 29 de Maio de 1977) é um humorista e argumentista português, membro do colectivo Gato Fedorento.

Filho do Arquitecto Manuel Eduardo Baltazar de Almeida Lima Quintela (6 de janeiro de 1946), bisneto do 1.º Visconde da Charruada, trineto do 1.º Conde do Farrobo 2.º Barão de Quintela, do 1.º Visconde do Cartaxo e de Tomás Oom e sobrinho-trineto do 1.º Conde da Póvoa 1.º Barão de Teixeira, e de sua mulher Maria da Graça Metelo de Faria de Carvalho (Lisboa, 4 de janeiro de 1949), Licenciada em Ciências Económicas e Financeiras e Empresária que trabalha no Ministério da Economia. José Diogo tem ainda dois irmãos: Manuel de Carvalho Quintela, nascido a 25 de janeiro de 1968 ou a 11 de Novembro de 1973, e Sofia de Carvalho Quintela, nascida a 6 de março/maio de 1980. É primo em 3.º grau do actor Francisco Nicholson, e primo-tio em 3.º grau da sua filha, a actriz Sofia Nicholson.
Pelo ramo paterno, José Diogo Quintela descende de uma família que se notorizou pelas suas ligações não só à finança, bem como às artes. É quinto neto de Joaquim Pedro Quintela, 1.º barão de Quintela, nascido em 1748, importante capitalista dos séc. XVIII e XIX e membro de uma família burguesa de Lisboa, herdeiro do morgado do Farrobo e do palácio das Laranjeiras (o actual Jardim Zoológico de Lisboa) e de sua mulher, Maria Joaquina de Saldanha. Foi filho destes o 1.º conde do Farrobo, sucessor da grandiosa fortuna de seu pai, filantropo, mecenas das artes e promotor de manifestações artísticas. Casado com uma filha de Francisco António Lodi,o primeiro empresário do Teatro de São Carlos, a ópera da capital. Dos 1ºs condes do Farrobo foi filho, entre outros, o visconde da Charruada, Francisco Jaime Quintela, o qual desposou Cristina Teixeira de Sampaio, filha dos viscondes de Cartaxo e prima dos condes da Póvoa e duques de Palmela, patronos das artes no século XIX. Da união dos viscondes de Charruada resultou um filho: Joaquim Pedro Quintela, nascido na Ajuda em 1861, que mais tarde casou com Ana Luísa de Albuquerque d'Orey, filha do pianista e empresário alemão Augusto Achilles d' Orey - fundador da sua família em Portugal - e neta materna do político liberal e chefe de Governo: Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque (avô do herói de Chaimite).
Da união de Joaquim Pedro Quintela com a sua mulher surgiu um filho: Manuel Eduardo d'Orey Quintela, arquitecto, que por sua vez casou com Maria Helena Oom de Almeida Lima (cuja família esteve ligada à fundação da Companhia das Lezírias).
Estes são os avós paternos de José Diogo Quintela, e explicada está assim a ligação aos actores Francisco e Sofia Nicholson (por descenderem estes também dos supra-citados viscondes da Charruada), da fadista Teresa Tarouca (descendente dos condes de Farrobo) e do actor Paulo Oom (ambos descendentes do comerciante alemão de origem sueca Friedrich Oom, que se estabeleceu em Lisboa no séc. XVIII).
Rodrigo Carlos de Faria de Carvalho, nascido em 1923 em Évora, estudou Geografia na Irlanda, tendo-se porém licenciado em Matemática. Assumiu o cargo de Director do Instituto Português de Meteorologia. Desposou Maria Teresa Guimarães Metelo, pertencente à antiga família dos morgados de Valongo. São estes os avós maternos de José Diogo Quintela.
Casou em 2010 com Maria do Nascimento Fortes Cabral (Lisboa, 21 de julho de 1976), divorciada de José Maria Léchaud de Sousa Cyrne (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 23 de outubro de 1968) de quem tem dois filhos, Afonso Maria Cabral de Sousa Cyrne (Lisboa, Lapa, 29 de março de 2000) e Vasco Maria Cabral de Sousa Cyrne (Lisboa, Lapa, 15 de setembro de 2004). Têm uma filha, Rosa Cabral Quintela, nascida a 11 de março de 2011.
José Diogo estudou nos Salesianos e no Liceu Pedro Nunes em Lisboa, tendo sempre sido um excelente aluno. O último ano do secundário fê-lo nos Estados Unidos através de um programa de intercâmbio de estudantes. Frequentou o o curso de Comunicação Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade Técnica de Lisboa, não concluindo a licenciatura.
José Diogo participou como argumentista e actor dando vida a vários personagens em todos os DVD's e "sketches" lançados pela equipa do Gato Fedorento.
Ainda na sua colaboração com as Produções Fictícias desde 2000, onde foi autor, escreveu entre outros textos para o Programa da Maria (SIC), Herman Difusão Portuguesa (na RDP) e Três é uma Multidão (peça de teatro). Co-autor também de diversos textos do programa Herman Sic (SIC) e das Crónicas da D. Bitória.
Em 2006, Zé Diogo Quintela emprestou a sua imagem à conhecida bebida portuguesa Licor Beirão, recriando a personagem "Fernando" (dos Gato Fedorento), conhecida por "educar" quem padece de desvios comportamentais.
A política e o futebol são dois dos pontos que diferenciam Zé Diogo Quintela (que é de direita liberal e adepto do Sporting Clube de Portugal) dos restantes 3 elementos do Gato Fedorento (de tendência política mais à esquerda e do Sport Lisboa e Benfica), contudo estas diferenças não chegam para lhes eliminar a cumplicidade existente.
Em março de 2010 publica o seu primeiro livro, "Falar é Fácil", constituído por crónicas feitas por Quintela para o Jornal Público.


quarta-feira, janeiro 06, 2010

Dia de Reis - versão modernaça

Hoje é Dia de Reis, dia oito é Dia de Gays (não confundir...):



PS - para saudosistas, vejam estes antigos anúncios da TMN, agora tão actuais...






sábado, janeiro 03, 2009

Alguns filmes dos Gatos Fedorentos do réveillon...!

Rábula da Máquina do Tempo e Genérico



Rui Veloso - O prometido é devido




Per7ume - Intervalo (versão crise)


sexta-feira, janeiro 02, 2009

Feliz Ano de Darwin...!

Do Blog De Rerum Natura publicamos o seguinte post, de autoria do Professor Doutor Carlos Fiolhais (o cientista que aparecia na rábula da máquina do tempo de abertura do programa de fim de ano dos Gatos Fedorentos, na SIC - ver aqui):



Minha crónica no "Público" de hoje (na imagem Darwin com 31 anos):

Quando há poucos anos se perguntou a um conjunto de professores da Universidade de Coimbra quais foram os dez livros que mais mudaram o mundo, não foi sem surpresa que se apurou em primeiro lugar a “Origem das Espécies” do naturalista inglês Charles Darwin e só depois a Bíblia. Mas, ao querer organizar uma exposição sobre esse “top-ten”, a surpresa foi ainda maior quando se verificou que não havia no rico acervo das bibliotecas da universidade nenhuma primeira edição da obra maior de Darwin, publicada em 1859, ao passo que havia várias centenas de edições, algumas bastante antigas e preciosas, do livro sagrado dos cristãos.

Este facto chegará para mostrar que, se hoje os cientistas são todos darwinistas, há 150 anos, quando foi divulgada a revolucionária teoria de Darwin, não havia entre nós quase ninguém interessado nas ideias do inglês. Graças à sua pródiga confirmação pela observação e pela experiência, a teoria da evolução alcançou desde então uma aceitação que, na sua origem, dificilmente se poderia prever. Hoje, pode dizer-se que não existe nenhuma teoria científica que esteja em competição com o evolucionismo (o criacionismo não é ciência!).

A demora com que as ideias de Darwin chegaram até nós é sintomática do nosso atraso científico no século XIX. Apesar de Darwin ter ficado em pouco tempo mundialmente famoso e de ter trocado milhares de cartas com naturalistas de todo o mundo, o único português a corresponder-se com ele foi um jovem de 26 anos, residente nos Açores, completamente isolado dos círculos científicos. Francisco de Arruda Furtado dirigiu-se, em 1881, ao velho sábio do seguinte modo: “Nasci e vivo nestas ilhas vulcânicas onde os factos de distribuição geográfica dos moluscos terrestres são uma interessante prova da teoria a que deu o seu nome mil vezes célebre e respeitado.” Darwin, que tinha visitado os Açores durante a sua viagem à volta do mundo no “Beagle”, respondeu, quase na volta do correio, com palavras gentis e encorajadoras: “Admiro-o por trabalhar nas circunstâncias mais difíceis, nomeadamente pela falta de compreensão dos seus vizinhos”.

É bem conhecida a polémica que as ideias darwinistas logo suscitaram, nomeadamente a forte oposição que teve por parte da Igreja de Inglaterra. A esse confronto não terá sido alheio o progressivo afastamento de Darwin da sua fé da juventude – ele que tinha estudado teologia em Cambridge – para assumir, no fim da vida, quando respondia ao português, uma posição agnóstica. O mecanismo da selecção natural permitia defender a evolução das espécies como um “design” sem “designer” (algo que os criacionistas ainda hoje se recusam a aceitar). O mais perturbador para alguns crentes era a eventual “descendência humana do macaco”, tendo ficado célebre a afirmação de um anti-darwinista segundo a qual “não era verdade mas, se fosse verdade, o melhor era que não se soubesse”.

A oposição com base na Bíblia ao evolucionismo conheceu também alguns episódios curiosos em Portugal. No mesmo ano em que escrevia a Darwin, Furtado publicou em Ponta Delgada um folheto intitulado “O Homem e o Macaco”, em resposta a um padre que tinha pregado nessa cidade: “E ainda há sábios que acreditam que o homem descende do macaco!... Nós somos todos filhos de Nosso Senhor Jesus Cristo!...” O açoriano esclareceu que “não há sábios que acreditam que o homem descende do macaco (...) mas que ambos deveriam ter sido produzidos pela transformação de um animal perdido e mais caracterizado como macaco do que como homem. Eis o que se disse e o que se diz e, se isto não se prova, o contrário também não”.

Hoje, passados 150 anos sobre a “Origem das Espécies” e 200 anos sobre o nascimento de Darwin, a teoria que o tornou famoso está bem e recomenda-se, não só devido à ajuda da paleontologia mas também e principalmente devido à corroboração pela moderna genética. Conforme afirmou o geneticista Theodosius Dobzhansky, “nada na biologia faz sentido a não ser à luz da evolução”. Feliz ano Darwin!

sexta-feira, outubro 10, 2008