No início de
1953,
retorna ao Cambodja sem ter terminado os seus estudos. Após a
independência do país, ocorrida nesse mesmo ano, junta-se ao Partido
Comunista Indochinês, que possui poucos quadros cambojanos. Em
1960
foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, ao qual Saloth Sar se
filia, mudando seu nome para Pol Pot (nome bastante comum no campo). Em
1963, torna-se chefe do partido, que, em
1966, muda sua denominação para Partido Comunista Khmer.
Em 1966, faz uma viagem a Pequim. Atraído pelo
maoísmo, irritado pela dominação vietnamita sobre o seu partido, recebe apoio chinês. Em
1970, o general
Lon Nol derruba Norodom Sihanouk. É o início da guerra civil. Os monárquicos aliam-se aos
Khmer Vermelhos contra o novo governo. Em abril de
1975,
Phnom Penh
é tomada pelos comunistas, que tomam o poder e renomeiam o país como
«Kampuchéa Democrática». Tem início aí o genocídio cambojano: uma
grande parte da população é massacrada, de acordo com as ordens de Pol
Pot.
Em
1979, o Vietname invade o Cambodja e destitui os Khmer Vermelhos. Pol Pot lidera a resistência e em
1985,
deixa de ocupar qualquer função oficial mas continua como figura de
proa do Khmer vermelho. Em 1989 o Vietname retira-se do Cambodja e Pol
Pot recusa-se a cooperar com o processo de paz continuando a lutar
contra o novo governo de coligação. Os Khmer Vermelhos conseguem então
manter as tropas do governo afastadas até 1996, ano em que as tropas
dos Khmer, desmoralizadas, começam a desertar. Vários líderes
importantes dos Khmer Vermelhos também desertam e Pol Pot ordena a
execução do seu braço direito,
Son Sen, e onze membros da sua família em
10 de junho de
1997,
por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo. Pol Pot
fugiu então da sua fortaleza mas depois foi preso pelo chefe militar
dos Khmer Vermelhos, Ta Mok e sentenciado à prisão domiciliar perpétua,
algemado a uma coluna. Em abril de
1998,
Ta Mok, foge para a floresta após novo ataque do governo e leva Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em
15 de abril
de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente, de ataque cardíaco. O seu corpo
foi queimado numa área rural do Cambodja, com várias centenas de
ex-Khmer Vermelhos presentes.
Mapa do país feito com crânios das vítimas do regime, exibido no Museu Tuol Sleng
O
Genocídio cambojano é como ficou conhecido o processo de assassinato em massa promovido na
Camboja pelo regime comunista dos
Khmer Vermelhos, liderado por
Pol Pot, entre 1975 e 1979.