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sábado, novembro 22, 2008

Nem a brincar...

Simulacro de sismo na zona de Lisboa
INEM esgota capacidade em 21 horas
22 Novembro 2008 - 16h46

O INEM esgotou as suas capacidades em 21 horas após o sismo fictício e com cerca de 100 mortos, tendo sido necessária a intervenção das Forças Armadas e o apoio europeu.

O ‘abalo’ ocorreu ontem às 15h50 e já causou 106 mortos, mais de 300 feridos, 30 desaparecidos e 488 desalojados nos distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal.

Em conferência de imprensa, Gil Martins, comandante da Autoridade Nacional de Protecção Civil, explicou que num cenário real o INEM “só esgotaria as suas capacidades com um número mais elevado de vítimas”, uma vez que os meios do simulacro são reduzidos e o INEM tem que continuar a fazer o seu trabalho diário.

Ontem, entre os principais problemas detectados no simulacro estão dificuldades no sistema de comunicação, sendo necessário “agilizar procedimentos de informação a nível distrital, nacional e municipal”. Hoje, Gil Martins adiantou que a gestão da informação “está a correr melhor”.

Ao longo do dia de hoje, realizaram-se cenários em Lisboa, no Centro Comercial Colombo e na zona oriental ribeirinha, em Vila Franca de Xira, Póvoa de Santa Iria e Benavente. Vão ainda ser realizados exercícios em Alfama, Lisboa, e nos centros históricos de Almada e Porto Alto.

in Correio da Manhã - ler notícia


Simulacro ma non troppo

Resultados da simulação não vão ser rigorosos
Técnicos de segurança criticam simulacro por divulgação antecipada dos locais
21.11.2008 - 20h32 Lusa

A Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Protecção Civil alegou que o simulacro do sismo em Lisboa impede a obtenção de resultados rigorosos, criticando a divulgação antecipada dos locais. A associação lamenta também não ter sido envolvida no simulacro.

"O seu resultado em termos de qualidade, medição de tempos de reacção e de mobilidade e disponibilidade de meios será muito pouco credível", referem os técnicos de protecção civil.

Sabendo de antemão as artérias nas quais a circulação foi cortada e a que horas ocorreriam os cortes, as pessoas "obviamente irão evitá-las", argumenta a associação, acrescentando que "muitas pessoas resolveram não trazer as suas viaturas para Lisboa e muitas empresas mandaram para casa mais cedo os seus colaboradores".

Trata-se ainda de "uma sequência artificial" de acontecimentos, "desenquadrada da realidade", porque, por exemplo, escolheram-se "as piores situações para o dia de sábado", refere o comunicado.

"A mobilidade real de uma situação destas seria infinitamente inferior àquela que vai acontecer", observa a associação, que afirma esperar "que não venham dizer que tudo correu muito bem e que estamos todos preparados para o que der e vier".

Exercícios em Lisboa e arredores

O exercício, realizado ao longo de sexta-feira, sábado e domingo, tem como objectivo treinar a capacidade de resposta da protecção civil ao suposto "terramoto" e validar os pressupostos operacionais contidos no Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes (PEERS-AML).

O primeiro exercício em Lisboa começou hoje por volta das 18h00 no cais de cargas e descargas da Praça de Touros do Campo Pequeno, envolvendo o derrame de matérias perigosas de uma viatura.

No sábado, às 09h05, o Centro Comercial Colombo será evacuado devido à degradação das condições de segurança do edifício. Ao meio da manhã, vários edifícios na zona oriental ribeirinha vão ser destruídos e uma viatura com ocupantes cai ao Rio Tejo, no Cais das Colunas.

Um incêndio num posto de combustível em Alfama, a queda do viaduto em Alcântara-Mar e o risco de derrocada no Hospital de Santa Maria são outros cenários do simulacro para sábado.

O último dia do exercício terá como panoramas uma fuga de gás com incêndio na Torre da Galp, no Parque das Nações, uma ruptura de água e consequente inundação no Campo de Santa Clara e um acidente no metropolitano de Lisboa.

Alenquer, Samora Correia, Porto Brandão, Vila Franca de Xira, Benavente, Seixal, Porto Alto, centro histórico de Almada, Sintra e Barreiro são outros locais que terão edifícios em colapso e soterrados, deslizamento de terras, vias de acesso bloqueadas e incêndios urbanos e florestais.

Nos próximos três dias vai haver movimento de colunas e grupos de veículos de socorro nas principais auto-estradas e vias de acesso às zonas do cenário.

No total vão estar mobilizados 2750 elementos operacionais e 1798 figurantes, dos quais 234 vão simular que estão mortos, 795 feridos e 769 desalojados.

in Público - ler notícia

sexta-feira, novembro 21, 2008

Notícia sobre Plano de Emergência Sísmica de Lisboa

Terra vai tremer às 17h30 e o simulador aponta para 525 mortos
Exercício testa Plano de Emergência Sísmica na Área Metropolitana de Lisboa
21.11.2008 - 08h35 Jorge Talixa

Quase (SIC) 90 anos depois do último grande sismo que afectou a Região de Lisboa e Vale do Tejo, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) promove, de hoje a domingo, um amplo exercício para testar a capacidade de resposta a uma eventual catástrofe deste género e a eficácia do Plano Especial de Emergência de Risco Sísmico para a Área Metropolitana de Lisboa (PEERSAML).

A acção desenvolver-se-á em articulação com as estruturas distritais de Protecção Civil de Lisboa, Santarém e Setúbal e com diversos serviços camarários, envolvendo perto de um milhar de efectivos e de figurantes.

O PROCIV IV/2008 tem arranque previsto para as 17h30 de hoje com um suposto sismo com magnitude de 6,9 na escala de Richter, em tudo semelhante ao que, a 23 de Abril de 1909, atingiu todo o baixo Ribatejo, destruindo quase por completo as vilas de Benavente e de Samora Correia e provocando 30 mortes.

Falha do (SIC) Vale Inferior

Agora, os cenários estudados pela ANPC apontam, também, para um sismo com epicentro na falha do vale inferior do Tejo, que afecta especialmente o município ribatejano de Benavente, mas também os municípios vizinhos dos distritos de Lisboa e de Setúbal.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil sustenta que cada um dos distritos envolvidos desenhou cenários complementares, testando valências como a busca e salvamento, a emergência médica e o apoio social. Entre outras ocorrências simuladas, prevêem-se danos muito graves nas zonas antigas das vilas de Benavente e Samora Correia, problemas estruturais na antiga fábrica de descasque de arroz de Vila Franca de Xira, um acidente com uma viatura de transporte de matérias perigosas no cais de cargas e descargas da Praça de Toiros do Campo Pequeno - onde se realizará a primeira acção dos meios de socorro - e um deslizamento de terras na zona de Porto Brandão (Almada).

Exercício evolutivo

Miguel Cardia, vereador da Câmara de Benavente com responsabilidades no pelouro da Protecção Civil, disse ao PÚBLICO que "este será um exercício evolutivo", porquanto os participantes não conhecem na totalidade os cenários do princípio ao fim dos três dias da acção. "Considerando o grau de evolução do exercício é que vamos accionando mais ou menos meios", explicou Miguel Cardia, que é também comandante dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia e coordenador da protecção civil municipal de Benavente.

Segundo referiu Miguel Cardia, está previsto que sejam testadas as situações que normalmente resultam da ocorrência de um sismo grave. Entre elas, "o colapso de estruturas, nomeadamente de edifícios habitacionais, e os consequentes danos em pessoas, pessoas soterradas, pessoas desaparecidas, pessoas feridas", referiu. Está, por isso, prevista a participação de mais de uma centena de figurantes, sobretudo elementos de grupos de escuteiros do distrito de Santarém.

Para além de bombeiros e elementos da protecção civil, deverão participar mais de três dezenas de entidades, incluindo forças de segurança, os diferentes ramos das forças armadas e serviços de saúde, da Segurança Social e das autarquias locais.

De acordo com Miguel Cardia, uma das preocupações foi reduzir ao mínimo os transtornos originados aos cidadãos no seu dia-a-dia com as movimentações de meios de socorro envolvidos no exercício.

Trânsito cortado

De qualquer modo, estão previstos grande condicionamentos no trânsito automóvel para os três dias do exercício, e na região ribatejana, na manhã de sábado, na Estrada Nacional n.º 118 (Alcochete-Benavente-Salvaterra de Magos), constrangimentos esses que, garantiu o autarca de Benavente, estarão devidamente sinalizados e com a indicação das melhores alternativas.

"Foi assumido com a ANPC que um dos objectivos seria ter a população toda a aceitar a realização do exercício, a compreender a sua realização e a aprender, e não tê-la contra nós. Vamos tentar ao máximo evitar essas situações de constrangimento", vincou o autarca de Benavente.

Também a população de Lisboa deverá aguardar fortes condicionamentos de trânsito em algumas das principais artérias da cidade.

30 mortos em 1909

O sismo de 23 de Abril de 1909 foi o mais grave dos últimos 100 anos na Região de Lisboa e Vale do Tejo. Começou às 17h05 e durou 22 segundos, destruindo grande parte das vilas de Benavente, Samora Correia e Salvaterra. Provocou apenas 30 mortos, pois boa parte da população estava na altura a trabalhar nos campos. Gerou-se depois uma campanha nacional de solidariedade que levou à reconstrução de bairros inteiros.

in Público - ler notícia


NOTA - Pese embora o facto de ter falhas, por nós referidas entre texto, ressalve-se a publicação desta notícia; e, já agora, por que motivo se ficou por 3 distritos e pelo menos o sul do distrito de Leiria não entrou - os sismos agora obedecem a fronteiras?