segunda-feira, abril 01, 2024
Saudades de Mário Viegas...
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terça-feira, fevereiro 27, 2024
Ruy Belo nasceu há 91 anos...
(imagem daqui)
As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros
Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores
Os pássaros começam onde as árvores acabam
Os pássaros fazem cantar as árvores
Ao chegar aos pássaros as árvores engrossam movimentam-se
deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal
Como pássaros poisam as folhas na terra
quando o outono desce veladamente sobre os campos
Gostaria de dizer que os pássaros emanam das árvores
mas deixo essa forma de dizer ao romancista
é complicada e não se dá bem na poesia
não foi ainda isolada da filosofia
Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros
Quem é que lá os pendura nos ramos?
De quem é a mão a inúmera mão?
Eu passo e muda-se-me o coração
Ruy Belo
quarta-feira, fevereiro 21, 2024
Rui Pregal da Cunha nasceu há sessenta e um anos
(imagem daqui)
Rui José Pregal da Cunha (Macau, 21 de fevereiro de 1963) é um músico e cantor português fundador e vocalista da banda Heróis do Mar.
Biografia
Rui Pregal da Cunha nasceu em Macau, no dia 21 de fevereiro de 1963, vindo viver para Portugal com 4 anos.
Foi fundador e vocalista da banda portuguesa de pop-rock Heróis do Mar. Em conjunto com Paulo Pedro Gonçalves, seu colega na anterior banda, fundou os LX-90 que editaram o álbum 1 Revolução por Minuto. Posteriormente emigraram para Inglaterra e alteraram o nome do grupo para Kick Out of The Jams.
Em finais de 1999 foi um dos participantes no www.invisivel.pt, um álbum de música mas com características multimédia inovadoras inserido no projeto "O Homem Invisível" que contou, entre outros, com Rui Reininho.
Após longa ausência do panorama musical, Rui Pregal da Cunha cantou, em 2010, na canção "Vá Lá Senhora" da banda Os Golpes. Regressou aos concertos ao vivo participando em apresentações de grupos como Os Golpes e Nouvelle Vague.
Trabalhou em publicidade, como produtor executivo de audiovisual e, em 2012, abriu um restaurante ("Can the Can") numa homenagem às conservas nacionais e ao fado.
Em 2013 foi, juntamente com Antony Millard, Pedro Abrunhosa e Victor Varela um dos pilares de Diagnóstico: Dandy, um documentário de Luís Hipólito estreado na RTP2.
Ao longo da década de 2010, foram vários os convites a Rui Pregal da Cunha para parcerias, quer em discos (como Ala dos Namorados, Os Capitães da Areia, ou Rogério Charraz) quer em espetáculos (como Ena Pá 2000, ou Miguel Ângelo).
Em 2014, Rui Pregal da Cunha participou numa homenagem a António Variações, que completaria 70 anos, com uma atuação, a 31 de maio, no festival Rock in Rio Lisboa, juntamente com os Deolinda, os Linda Martini e Gisela João.
Em 2019, foi a voz da canção "Rapazes da Praia", o hino do centenário do Clube de Futebol "Os Belenenses", do qual é adepto.
in Wikipédia
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Marcadores: Heróis do Mar, música, pop, Rock, Rui Pregal da Cunha, Saudade
quarta-feira, novembro 15, 2023
Saudades de El-Rei...
Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.
Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.
Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.
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segunda-feira, novembro 06, 2023
Hoje é dia de recordar Sophia...
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
in Mar Novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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sexta-feira, outubro 20, 2023
Ildo Lobo morreu há dezanove anos...
Ildo Lobo (Pedra de Lume, Sal, 25 de novembro de 1953 - Praia, 20 de outubro de 2004) foi um famoso cantor e compositor cabo-verdiano.
terça-feira, outubro 17, 2023
António Ramos Rosa nasceu há 99 anos...
António Vítor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924 – Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.
Biografia
António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino
secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de
Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro
livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo, e também poeta, Casimiro de Brito.
Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia»,
que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore, existente entre 1951 e 1953, e fez parte do MUD Juvenil.
A 10 de junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
Imaginar a forma
doutro ser Na língua,
proferir o seu desejo
O toque inteiro
Não existir
Se o digo acendo os filamentos
desta nocturna lâmpada
A pedra toco do silêncio densa
Os veios de um sangue escuro
Um muro vivo preso a mil raízes
Mas não o vinho límpido
de um corpo
A lucidez da terra
E se respiro a boca não atinge
a nudez una
onde começo
Era com o sol E era
um corpo
Onde agora a mão se perde
E era o espaço
Onde não é
O que resta do corpo?
Uma matéria negra e fria?
Um hausto de desejo
retém ainda o calor de uma sílaba?
As palavras soçobram rente ao muro
A terra sopra outros vocábulos nus
Entre os ossos e as ervas,
uma outra mão ténue
refaz o rosto escuro
doutro poema
in A Nuvem Sobre a Página (1978) - António Ramos Rosa
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domingo, agosto 27, 2023
Sodade...
Armando Zeferino Soares
Quem mostra' bo
Ess caminho longe?
Ess caminho
Pa Sã Tomé
Sodade sodade sodade
Dess nha terra d’Sã Nicolau
Si bô 'screvê' me
'M ta 'screvê be
Si bô 'squecê me
'M ta 'squecê be
Até dia
Qui bô voltá
Sodade sodade sodade
dess nha terra d'São Nicolau.
NOTA: tradução do criolo caboverdeano para português:
Saudade - Cesária Évora
Quem te indicou
Esse caminho longínquo?
Esse caminho
Para São Tomé
Saudade
Da minha terra de São Nicolau
Se me escreveres
Eu escrever-te-ei
Se me esqueceres
Eu te esquecerei
Até ao dia
Que tu voltares
Da minha terra de São Nicolau
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Cesária Évora nasceu há oitenta e dois anos...
Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941 - Mindelo, 17 de dezembro de 2011) foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana. Apesar de ser sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora esteve intimamente ligada com a morna, por isso era apelidada de "rainha da morna". Era conhecida como a diva dos pés descalços.
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domingo, julho 02, 2023
Música adequada para recordar um Português num dia triste...
Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.
Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.
Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.
Branca Gonta Colaço
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domingo, junho 04, 2023
Jorge de Sena morreu há quarenta e cinco anos...
Na Escola Naval
Engenharia civil, casamento e primeiras obras
Exílio no Brasil
Estados Unidos e últimos anos
Obra
- Perseguição (1942)
- Coroa da Terra (1946)
- Pedra Filosofal (1950)
- As Evidências (1955)
- Fidelidade (1958)
- Metamorfoses (1963)
- Arte de Música (1968)
- Peregrinatio ad Loca Infecta (1969)
- Exorcismos (1972)
- Conheço o Sal e Outros Poemas (1974)
- Sobre Esta Praia (1977)
- Quarenta Anos de Servidão (1979, póstumo)
- Dedicácias (1980, póstumo)
- Sequências (1980, póstumo)
- Visão Perpétua (1982, póstumo)
- Post-Scriptum I (1985, póstumo)
- Post-Scriptum II (1985, póstumo)
- Poesia I (1977)
- Poesia II (1978)
- Poesia III (1978)
- Andanças do Demónio (1960, contos)
- Novas Andanças do Demónio (1966, contos)
- Os Grão-Capitães (1976, contos)
- O Físico Prodigioso (1977, novela)
- Sinais de Fogo (1979, romance póstumo)
- Génesis (1983, póstumo)
- O Indesejado (1951)
- Ulisseia Adúltera (1952)
- O Banquete de Dionísos (1969)
- Epimeteu ou o Homem Que Pensava Depois (1971)
- Da Poesia Portuguesa (1959)
- O Poeta é um Fingidor (1961)
- O Reino da Estupidez (1961)
- Uma Canção de Camões (1966)
- Os Sonetos de Camões e o Soneto Quinhentista Peninsular (1969)
- A Estrutura de Os Lusíadas e Outros Estudos Camonianos e de Poesia Peninsular do Século XVI (1970)
- Maquiavel e Outros Estudos (1973)
- Dialécticas Aplicadas da Literatura (1978)
- Fernando Pessoa & Cia. Heterónima (1982, póstumo)
- Guilherme de Castilho, INCM, 1981
- Mécia de Sena (Anos de Portugal), INCM, 1982
- José Régio, INCM, 1986
- Vergílio Ferreira, INCM, 1987
- Taborda de Vasconcelos, ed. Autor, 1987
- Eduardo Lourenço, INCM, 1991
- Dante Moreira Leite, UNICAMP, 1996
- Sophia de Melo Breyner, Guerra & Paz, 2006
- José-Augusto França, INCM, 2007
- Raul Leal, Guerra & Paz, 2010
- Delfim Santos, Guerra & Paz, 2011
- Ramos Rosa, Guimarães, 2012
- Mécia de Sena (Anos do Brasil), Afrontamento, 2013
- João Gaspar Simões, Guerra & Paz, 2013
Prémios
Quando a morte vier, ou procurada
eu a tiver comigo apenas por um instante,
qual já nem for amante
a esperança conseguida à liberdade,
então do nada que a existência invade
alguma dor virá de não ter dito
que a vida eu sofria como um rito
do Sol de outras manhãs. Expatriada?
Não. Que só a morte nunca existirá.
Sonharei - sonhará,
na treva, a cantiga:
Que luz não amiga
a treva será?
Nem longe, nem perto;
nem riso decerto.
Apenas um rumor de madrugada.
in Coroa da Terra (1946) - Jorge de Sena
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terça-feira, novembro 15, 2022
D. Manuel II, o nosso último Rei, nasceu há 133 anos
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Saudades de El-Rei...
Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.
Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.
Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.
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domingo, novembro 06, 2022
Saudades de Sophia...
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
in Mar Novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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quinta-feira, outubro 20, 2022
Ildo Lobo morreu há dezoito anos...
Ildo Lobo (Pedra de Lume, Sal, 25 de novembro de 1953 - Praia, 20 de outubro de 2004) foi um famoso cantor e compositor cabo-verdiano.
sábado, agosto 27, 2022
Cesária Évora nasceu há oitenta e um anos...
Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941 - Mindelo, 17 de dezembro de 2011) foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana. Apesar de ser sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora esteve intimamente ligada com a morna, por isso era apelidada de "rainha da morna". Era conhecida como a diva dos pés descalços.
Armando Zeferino Soares
Quem mostra' bo
Ess caminho longe?
Ess caminho
Pa Sã Tomé
Sodade sodade sodade
Dess nha terra d’Sã Nicolau
Si bô 'screvê' me
'M ta 'screvê be
Si bô 'squecê me
'M ta 'squecê be
Até dia
Qui bô voltá
Sodade sodade sodade
dess nha terra d'São Nicolau.
NOTA: tradução do criolo caboverdeano para português:
Saudade - Cesária Évora
Quem te indicou
Esse caminho longínquo?
Esse caminho
Para São Tomé
Saudade
Da minha terra de São Nicolau
Se me escreveres
Eu escrever-te-ei
Se me esqueceres
Eu te esquecerei
Até ao dia
Que tu voltares
Da minha terra de São Nicolau
Postado por Fernando Martins às 00:08 0 bocas
Marcadores: Cabo Verde, Cesária Évora, criolo, morna, música, Saudade, Sodade
sábado, julho 02, 2022
Música adequada para um dia triste...
Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.
Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.
Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.
Branca Gonta Colaço
Postado por Pedro Luna às 00:13 0 bocas
Marcadores: Branca de Gonta Colaço, D. Manuel II, El-Rei, José Campos e Sousa, Monarquia, música, poesia, Saudade, tristeza
segunda-feira, novembro 15, 2021
Saudades de um grande Português...
Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.
Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.
Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.
Postado por Pedro Luna às 00:13 0 bocas
Marcadores: Branca de Gonta Colaço, D. Manuel II, El-Rei, José Campos e Sousa, Monarquia, música, poesia, Saudade, tristeza
sábado, novembro 06, 2021
Porque os outros se mascaram mas tu não - saudades de Sophia...
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
in Mar Novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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quarta-feira, outubro 20, 2021
Ildo Lobo morreu há dezassete anos...
Ildo Lobo (Pedra de Lume, Sal, 25 de novembro de 1953 - Praia, 20 de outubro de 2004) foi um famoso cantor e compositor cabo-verdiano.