Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear
soviética,
diminuindo a sua expansão durante muitos anos, e forçando o governo
soviético a ter menos secretismo. Os agora separados países de
Rússia,
Ucrânia e
Bielorrússia
têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e
cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com
precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido
às mortes esperadas por
cancro, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da
Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com
cancro de tiróide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O
Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a
radiação em altos níveis foi detectada em outros países. Veja-se o início do comunicado do líder da
União Soviética, na época do acidente,
Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência:
Boa
tarde, camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o
acidente na central nuclear de Chernobil. Ele afetou duramente o povo
soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós
nos confrontámos com a força real da energia nuclear, fora de controle.