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segunda-feira, março 04, 2024

Saladino morreu há 831 anos...

Túmulo de Saladino em Damasco


Nácer Salá Adim Iúçufe ibne Aiube (Tikrit, circa1138 - Damasco, 4 de março de 1193), melhor conhecido como Saladino (em latim: Saladinus), foi um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, o seu domínio estendia-se pelo Egito, Palestina, Síria, Iraque, Iémem e pelo Hejaz. Foi responsável pela reconquista de Jerusalém ao Reino de Jerusalém, após a sua vitória na Batalha de Hattin e, como tal, tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. Saladino, adepto do islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época, pela sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o cerco de Kerak em Moabe, e apesar de ser a némesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão. Longe de se tornar uma figura odiada na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.

 

in Wikipédia

quinta-feira, fevereiro 15, 2024

Abdullah Ocalan, líder do PKK, foi preso há vinte e cinco anos

 
Abdullah Öcalan
(Ömerli, província de Şanlıurfa, 4 de abril de 1949), apelidado de Apo, é um líder independentista curdo, fundador e secretário-geral do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, Partiya Karkêren Kurdistan), criado em 1978. Ele é denominado Serok (líder) pelos seus partidários.
Entre 1984 e a sua captura em 1999, Öcalan liderou o movimento guerrilheiro dos nacionalistas curdos, contra o estado turco.
Após ter sido capturado, no Quénia, durante uma operação levada a cabo pelos serviços secretos turcos (MİT), possivelmente em conjunto com a CIA e os serviços secretos israelitas, em 15 de fevereiro de 1999, foi condenado à morte em 29 de junho de 1999 pelas suas atividades separatistas armadas, consideradas como terroristas, principalmente pela Turquia, os EUA e a União Europeia. A pena de morte foi comutada em prisão perpétua em 2002, quando a Turquia declara abolida a pena de morte. Desde então, ele é mantido em regime de isolamento, sendo o único prisioneiro da ilha-prisão de İmralı.
    


NOTA: recordemos apenas que convém distinguir a justa luta dos curdos, para poderem falar a sua língua (e, porque não, a terem direito a um estado e/ou uma região autónoma...) da guerrilha do PKK e do seu sanguinário líder, embora, neste caso, como em muitos outros, o atual estado turco e o seu ditador não se distingam muito dos que perseguem (ou seja ainda pior...).

sábado, setembro 16, 2023

Mahsa Amini morreu há um ano...


Mahsa Amini (em curdo: مەھسا ئەمینی, em farsi: مهسا امینی; Saqqez, 22 de julho de 2000Teerão, 16 de setembro de 2022), também conhecida como Zhina Amini ou Jina Amini (em curdo: ژینا امینی), era uma jovem mulher curda iraniana que foi presa pela Patrulha de Orientação da República Islâmica do Irão, um esquadrão especial da polícia encarregado da implementação pública dos regulamentos islâmicos do hijabe, por seu hijabe não obedecer aos padrões obrigatórios do governo. O relatório oficial da polícia afirmou que ela teve insuficiência cardíaca e morreu após dois dias em coma. Provas mostram que foi espancada com um pedaço de pau na cabeça e foi agredida várias vezes dentro de um carro da polícia. Alguns acreditam que esses atos violentos levaram ao coma e morte cerebral. Ela tornou-se um símbolo da violência contra as mulheres sob a República Islâmica.

 

Biografia

Mahsa Amini era uma mulher curda iraniana de 22 anos, originária de Saqqez, na província do Curdistão. O seu irmão Kiaresh estava com ela no momento de sua prisão.
   
 
Detenção e morte

Mahsa (Zhina) Amini viajava para Teerão com a sua família, quando foi presa, no dia 13 de setembro, na entrada da rodovia Haqqani pela auto-proclamada “Patrulha de Orientação” enquanto estava com o seu irmão, Kiaresh Amini, e foi transferida para a agência “Segurança Moral”. Ele foi informado de que ela seria levada para o centro de detenção, para passar por uma "aula de esclarecimento", e libertada após uma hora. Em vez disso, ela foi levada para o Hospital Kasra de ambulância.

Durante dois dias, Amini ficou em coma no Hospital Kasra, em Teerão, o que despertou o sentimento do público em geral e mais uma vez provocou o protesto das pessoas contra a Patrulha de Orientação e a lei sobre hijabes. Ela morreu na unidade de cuidados intensivos a 16 de setembro.

 

Provas de violência

A clínica onde Amini foi tratada divulgou um comunicado no Instagram dizendo que ela estava em morte cerebral quando foi internada. A postagem do Instagram já foi excluída. O irmão de Amini, Kiaresh, notou hematomas na cabeça e nas pernas. As mulheres que foram detidas com Amini disseram que ela foi severamente espancada por resistir aos insultos e provocações dos polícias que a prenderam. Vários médicos opinaram que Amini sofreu uma lesão cerebral, com base nos sintomas clínicos, incluindo sangramento nas orelhas e hematomas sob os olhos.

 


Protestos

Uma série de protestos eclodiu após sua morte, inclusive em Saqqez, a sua cidade natal. Algumas gritaram slogans feministas curdos como “Jin - Jiyan - Azadi: Mulheres, Vida, Liberdade” e “morte ao ditador” em persa. Essas manifestações foram reprimidas pelas forças especiais da polícia iraniana. Também ocorreram protestos do lado de fora do Hospital Kasra, em Teerão, onde alguns dos protestantes foram presos pelas forças de segurança, que também usaram spray de pimenta contra eles.

Com a morte de Mahsa, protestos e marchas espalham-se por diversos em diferentes cidades. As ruas de Sanandaj no domingo foram parcialmente fechadas e as forças de segurança foram espalhadas pela cidade após uma noite de protestos contra o rígido código de roupa da República Islâmica do Irão. Em 19 de setembro, cinco pessoas foram mortas na região curda do Irão, quando as forças de segurança abriram fogo durante protestos, disse um grupo de direitos humanos curdo, no terceiro dia de turbulência por um incidente que começou em todo o país. Duas das pessoas foram mortas quando as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes na cidade curda de Saqez, cidade natal de Amini, disse a Organização de Direitos Humanos de Hengaw no Twitter. Ele disse que mais dois foram mortos na cidade de Divandarreh "por fogo direto" das forças de segurança, e um quinto foi morto em Dehgolan, também na região curda. Manifestações populares se espalharam por diferentes cidades do Irão, incluindo Teerão, Rasht, Esfahan, Karaj, Mashhad, Sanandaj, Ilam e muitas outras cidades, e a polícia especial do governo iraniano lidou com esses protestos severamente, havendo muitos feridos e foram presos alguns ativistas políticos. Durante esse período, a hashtag#MahsaAmini tornou-se uma das hashtags mais repetidas no Twitter persa. O número de tweets e retuítes dessas hashtags ultrapassou 5,1 milhões. Algumas mulheres iranianas postaram vídeos nas redes sociais cortando o cabelo em protesto.


 

Reações

A Amnistia Internacional solicitou uma investigação criminal sobre a morte suspeita. Segundo esta organização, "todos os responsáveis e funcionários" neste caso devem ser levados à justiça e "as condições que levaram à sua morte suspeita, que incluem tortura e outros maus-tratos no centro de detenção, devem ser investigadas criminalmente".

A Human Rights Watch chamou a morte de Amini de "cruel" e escreveu: "As autoridades iranianas devem cancelar a lei obrigatória do hijab e remover ou alterar outras leis que privam as mulheres de sua independência e direitos".

Centro para os Direitos Humanos no Irão: Mahsa Amini considerada outra vítima da guerra da República Islâmica contra as mulheres e pediu que a violência contra as mulheres no Irão seja fortemente condenada em todo o mundo para evitar tais tragédias evitáveis.

Javaid Rehman, Relator Especial das Nações Unidas, também lamentou o comportamento da República Islâmica do Irão e acrescentou: "Este incidente é um sinal de violação generalizada dos direitos humanos no Irão".

O porta-voz da União Europeia divulgou um comunicado anunciando que o que aconteceu com Mahsa Amini é inaceitável e os autores deste assassinato devem ser responsabilizados.

O Ministério das Relações Exteriores da França condenou a tortura que levou à morte de Mahsa Amini.

 


sexta-feira, abril 28, 2023

O ditador e genocida Saddam Hussein nasceu há 86 anos

         
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
     
(...)
     
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu já sob a jurisdição do governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A vergonhosa execução de Saddam Hussein foi feita a 30 de dezembro de 2006.
    

segunda-feira, abril 03, 2023

Helin Bölek, do Grup Yorum, morreu há três anos...

 

Helin Bölek (5 June, 1991 – 3 April 2020) was a Kurdish member of the leftist Turkish folk music band Grup Yorum.

 

 Life and struggle

Bölek, the daughter of a family from Diyarbakır, worked in art during her youth. She took part in Grup Yorum as a soloist. She was arrested for the first time during a police operation at the İdil Culture Center in Istanbul in November 2016, when she was detained with seven other members of the group on charges of "resisting the police, insulting and being a member of a terrorist organization". The musicians Bahar Kurt, Barış Yüksel and Ali Aracı announced that they started an "indefinite and irreversible" hunger strike on 17 May 2019, to end the pressures from the state, the concert bans, and the raids on cultural centers.

Bölek joined the hunger strike in June 2019. She was released in November 2019 but kept on fasting. On 11 March 2020, İbrahim Gökçek and Helin Bölek were taken out to the Umraniye State Hospital after a police raid that morning at their home in Küçükarmutlu, Istanbul. In a statement made by their lawyer Didem Ünsal, the two Grup Yorum members stated that they were taken to the hospital by ambulance and that they were admitted to the emergency room, where they declared that they did not accept intervention or treatment. 

  

Death

She died on 3 April 2020, the 288th day of a hunger strike at her home in Istanbul, which was held as a means to protest against the treatment of the band by the Turkish Government led by Recep Tayyip Erdoğan. After her death, large crowds mourned Helin Bölek and they began to march towards a Cemevi. The police intervened the march and detained several participants, but the crowds managed to deliver her coffin to a Cemevi. The crowds intended to go to the cemetery but the police impeded it and detained several participants of the ceremony again. Afterwards, the police transported Helin Bölek to the cemetery.

 


 


sábado, março 04, 2023

Saladino morreu há 830 anos

  
Nácer Salá Adim Iúçufe ibne Aiube (Tikrit, circa1138 - Damasco, 4 de março de 1193), melhor conhecido como Saladino (em latim: Saladinus), foi um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, o seu domínio estendia-se pelo Egito, Palestina, Síria, Iraque, Iémem e pelo Hejaz. Foi responsável pela reconquista de Jerusalém ao Reino de Jerusalém, após a sua vitória na Batalha de Hattin e, como tal, tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. Saladino, adepto do islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época pela sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o cerco de Kerak em Moabe, e apesar de ser a némesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão. Longe de se tornar uma figura odiada na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.

Túmulo de Saladino em Damasco


in Wikipédia

quarta-feira, fevereiro 15, 2023

Abdullah Ocalan, líder do PKK, foi preso há vinte e quatro anos

 
Abdullah Öcalan
(Ömerli, província de Şanlıurfa, 4 de abril de 1949), apelidado de Apo, é um líder independentista curdo, fundador e secretário-geral do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, Partiya Karkêren Kurdistan), criado em 1978. Ele é denominado Serok (líder) pelos seus partidários.
Entre 1984 e a sua captura em 1999, Öcalan liderou o movimento guerrilheiro dos nacionalistas curdos, contra o estado turco.
Após ter sido capturado, no Quénia, durante uma operação levada a cabo pelos serviços secretos turcos (MİT), possivelmente em conjunto com a CIA e os serviços secretos israelitas, em 15 de fevereiro de 1999, foi condenado à morte em 29 de junho de 1999 pelas suas atividades separatistas armadas, consideradas como terroristas, principalmente pela Turquia, os EUA e a União Europeia. A pena de morte foi comutada em prisão perpétua em 2002, quando a Turquia declara abolida a pena de morte. Desde então, ele é mantido em regime de isolamento, sendo o único prisioneiro da ilha-prisão de İmralı.
    


NOTA: convém distinguir a justa luta dos curdos, para poderem falar a sua língua (e, porque não, a terem direito a um estado e/ou uma região autónoma) da guerrilha do PKK e do seu sanguinário líder, embora, neste caso, como em muitos outros, o atual estado turco não se distinga muito dos que persegue (ou seja ainda pior...).

segunda-feira, janeiro 02, 2023

Ali Químico foi barbaramente enforcado há treze anos


   
Ali Hassam al-Majid, conhecido como Ali Químico, (Tikrit, 30 de novembro de 1941 - Bagdad, 25 de janeiro de 2010) foi um integrante do governo iraquiano no regime de Saddam Hussein, de quem era primo em primeiro grau.
   
Vida
Nascido em Tikrit, no antigo Reino do Iraque, Ali Hassam al-Majid teve uma infância muito pobre e pouca educação formal. Juntou-se ao Partido Ba'ath em 1968, conjuntamente com o seu primo Saddam Hussein. Em 1979, ele conspirou, com Saddam Hussein, para derrubar o então presidente Al-Bakr.
No governo do ditador Saddam Hussein, Al-Majid foi ministro da Defesa, ministro do interior e chefe do serviço de inteligência do Iraque e considerado o mentor do genocídio cometido contra os curdos em 1988, quando milhares de civis foram mortos pelo uso de gás venenoso pelas tropas iraquianas. Nestes ataques pelo menos 180 mil curdos morreram e mais de 1,5 milhão de pessoas foram desalojadas.
Em março de 2003, os Estados Unidos e os seus aliados invadiram o Iraque com o objetivo de derrubar Saddam Hussein e instaurar um novo governo democrático naquele país. Em 9 de abril a capital Bagdad caiu e, em maio, as forças norte-americanas já ocupavam o país e o então presidente norte-americano George W. Bush declarou o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath.
Ali Hassan sobreviveu aos bombardeamentos americanos de abril de 2003 mas foi preso pelas forças da coligação a 17 de agosto de 2003. Ele era o 5º homem mais procurado no Iraque pelos Estados Unidos, mostrado como Rei de espadas no jogo de cartas americano dos mais procurados do antigo regime.
  
Execução
Em 23 de junho de 2007 foi condenado à morte na forca, por crimes contra a humanidade, pelo Supremo Tribunal Criminal Iraquiano, que investiga os crimes cometidos pelo Partido Baath, entre 1968 e 2003. A sua sentença foi executada no dia 25 de janeiro de 2010.
   
    

The Iraqi Cabinet put pressure on the Presidential council on 17 March 2009 for Al-Majid's execution.

The situation was similar on 17 January 2010 prior to 9 am (GMT); a fourth death penalty was issued against him in response to his acts of genocide against Kurds in the 1980s. He was also convicted of killing Shia Muslims in 1991 and 1999. Alongside him in the trial was former defense minister Sultan Hashem, who was also found guilty by The Iraqi High Tribunal for the Halabja attack and sentenced to 15 years' imprisonment. Al-Majid was executed by hanging on 25 January 2010. He was buried in Saddam's family cemetery in al-Awja the next day; near Saddam's sons, half-brother and the former vice president, but outside the mosque housing the tomb of Saddam. While he was sentenced to death on four separate occasions, the original 2007 verdict sentenced him to five death sentences, and so the combined tally of death sentences handed out was eight.

Amnesty International's Middle East and North Africa Director Malcolm Smart later criticized the execution as "only the latest of a mounting number of executions, some of whom did not receive fair trials, in gross violation of human rights..."
   

quinta-feira, abril 28, 2022

O ditador Saddam Hussein nasceu há 85 anos

      
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
     
(...)
     
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu já sob a jurisdição do governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A vergonhosa execução de Saddam Hussein foi feita a 30 de dezembro de 2006.
 

domingo, abril 03, 2022

Helin Bölek, do Grup Yorum, morreu há dois anos...

 

Helin Bölek (5 June, 1991 – 3 April 2020) was a Kurdish member of the leftist Turkish folk music band Grup Yorum.

 

 Life and struggle

Bölek, the daughter of a family from Diyarbakır, worked in art during her youth. She took part in Grup Yorum as a soloist. She was arrested for the first time during a police operation at the İdil Culture Center in Istanbul in November 2016, when she was detained with seven other members of the group on charges of "resisting the police, insulting and being a member of a terrorist organization". The musicians Bahar Kurt, Barış Yüksel and Ali Aracı announced that they started an "indefinite and irreversible" hunger strike on 17 May 2019, to end the pressures from the state, the concert bans, and the raids on cultural centers.

Bölek joined the hunger strike in June 2019. She was released in November 2019 but kept on fasting. On 11 March 2020, İbrahim Gökçek and Helin Bölek were taken out to the Umraniye State Hospital after a police raid that morning at their home in Küçükarmutlu, Istanbul. In a statement made by their lawyer Didem Ünsal, the two Grup Yorum members stated that they were taken to the hospital by ambulance and that they were admitted to the emergency room, where they declared that they did not accept intervention or treatment. 

  

Death

She died on 3 April 2020, the 288th day of a hunger strike at her home in Istanbul, which was held as a means to protest against the treatment of the band by the Turkish Government led by Recep Tayyip Erdoğan. After her death, large crowds mourned Helin Bölek and they began to march towards a Cemevi. The police intervened the march and detained several participants, but the crowds managed to deliver her coffin to a Cemevi. The crowds intended to go to the cemetery but the police impeded it and detained several participants of the ceremony again. Afterwards, the police transported Helin Bölek to the cemetery.

 


 


sexta-feira, março 04, 2022

Saladino morreu há 829 anos

  
Nácer Salá Adim Iúçufe ibne Aiube (Tikrit, circa1138 - Damasco, 4 de março de 1193), melhor conhecido como Saladino (em latim: Saladinus), foi um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, o seu domínio estendia-se pelo Egito, Palestina, Síria, Iraque, Iémem e pelo Hejaz. Foi responsável pela reconquista de Jerusalém ao Reino de Jerusalém, após a sua vitória na Batalha de Hattin e, como tal, tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. Saladino, adepto do islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época pela sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o cerco de Kerak em Moabe, e apesar de ser a némesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão. Longe de se tornar uma figura odiada na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.

Túmulo de Saladino em Damasco


in Wikipédia

terça-feira, fevereiro 15, 2022

O líder do PKK, Abdullah Ocalan, foi preso há vinte e três anos

 
Abdullah Öcalan
(Ömerli, província de Şanlıurfa, 4 de abril de 1949), apelidado de Apo, é um líder independentista curdo, fundador e secretário-geral do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, Partiya Karkêren Kurdistan), criado em 1978. Ele é denominado Serok (líder) pelos seus partidários.
Entre 1984 e a sua captura em 1999, Öcalan liderou o movimento guerrilheiro dos nacionalistas curdos, contra o estado turco.
Após ter sido capturado, no Quénia, durante uma operação levada a cabo pelos serviços secretos turcos (MİT), possivelmente em conjunto com a CIA e os serviços secretos israelitas, em 15 de fevereiro de 1999, foi condenado à morte em 29 de junho de 1999 por suas atividades separatistas armadas, consideradas como terroristas, principalmente pela Turquia, os EUA e a União Europeia. A pena de morte foi comutada em prisão perpétua em 2002, quando a Turquia declara abolida a pena de morte. Desde então, ele é mantido em regime de isolamento, sendo o único prisioneiro da ilha-prisão de İmralı.


NOTA: convém distinguir a justa luta dos curdos, para poderem falar a sua língua (e, porque não, a terem direito a um estado e/ou uma região autónoma) da guerrilha do PKK e do seu sanguinário líder, embora, neste caso, como em muitos outros, o estado turco não se distinga muito dos que persegue ou seja ainda pior...

terça-feira, janeiro 25, 2022

Ali Químico foi barbaramente enforcado há doze anos

   
Ali Hassam al-Majid, conhecido como Ali Químico, (Tikrit, 30 de novembro de 1941 - Bagdad, 25 de janeiro de 2010) foi um integrante do governo iraquiano no regime de Saddam Hussein, de quem era primo em primeiro grau.
   
Vida
Nascido em Tikrit, no antigo Reino do Iraque, Ali Hassam al-Majid teve uma infância muito pobre e pouca educação formal. Juntou-se ao Partido Ba'ath em 1968, conjuntamente com o seu primo Saddam Hussein. Em 1979, ele conspirou, com Saddam Hussein, para derrubar o então presidente Al-Bakr.
No governo do ditador Saddam Hussein, Al-Majid foi ministro da Defesa, ministro do interior e chefe do serviço de inteligência do Iraque e considerado o mentor do genocídio cometido contra os curdos em 1988, quando milhares de civis foram mortos pelo uso de gás venenoso pelas tropas iraquianas. Nestes ataques pelo menos 180 mil curdos morreram e mais de 1,5 milhão de pessoas foram desalojadas.
Em março de 2003, os Estados Unidos e os seus aliados invadiram o Iraque com o objetivo de derrubar Saddam Hussein e instaurar um novo governo democrático naquele país. Em 9 de abril a capital Bagdad caiu e, em maio, as forças norte-americanas já ocupavam o país e o então presidente norte-americano George W. Bush declarou o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath.
Ali Hassan sobreviveu aos bombardeamentos americanos de abril de 2003 mas foi preso pelas forças da coligação a 17 de agosto de 2003. Ele era o 5º homem mais procurado no Iraque pelos Estados Unidos, mostrado como Rei de espadas no jogo de cartas americano dos mais procurados do antigo regime.
  
Execução
Em 23 de junho de 2007 foi condenado à morte na forca por crimes contra a humanidade pelo Supremo Tribunal Criminal Iraquiano, que investiga os crimes cometidos pelo Partido Baath, entre 1968 e 2003. A sua sentença foi executada no dia 25 de janeiro de 2010.
   
    

The Iraqi Cabinet put pressure on the Presidential council on 17 March 2009 for Al-Majid's execution.

The situation was similar on 17 January 2010 prior to 9 am (GMT); a fourth death penalty was issued against him in response to his acts of genocide against Kurds in the 1980s. He was also convicted of killing Shia Muslims in 1991 and 1999. Alongside him in the trial was former defense minister Sultan Hashem, who was also found guilty by The Iraqi High Tribunal for the Halabja attack and sentenced to 15 years' imprisonment. Al-Majid was executed by hanging on 25 January 2010. He was buried in Saddam's family cemetery in al-Awja the next day; near Saddam's sons, half-brother and the former vice president, but outside the mosque housing the tomb of Saddam. While he was sentenced to death on four separate occasions, the original 2007 verdict sentenced him to five death sentences, and so the combined tally of death sentences handed out was eight.

Amnesty International's Middle East and North Africa Director Malcolm Smart later criticized the execution as "only the latest of a mounting number of executions, some of whom did not receive fair trials, in gross violation of human rights..."
   

quarta-feira, abril 28, 2021

O ditador Saddam Hussein nasceu há 84 anos

 

    
Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
(Tikrit, 28 de abril de 1937 - Bagdad, 30 de dezembro de 2006) foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque, de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003, e também acumulou o cargo de primeiro-ministro nos períodos de 1979–1991 e 1994–2003. Hussein foi uma das principais lideranças ditatoriais no mundo árabe e um dos principais membros do Partido Socialista Árabe Ba'ath, e mais tarde, do Partido Ba'ath de Bagdad e de uma organização regional Partido Ba'ath iraquiano, a qual era composta de uma mistura de nacionalismo árabe e do socialismo árabe; Saddam teve um papel chave no golpe de 1968 que levou o partido a um domínio a longo prazo no Iraque.
     
(...)
     
Em março de 2003, uma coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, invadiu o Iraque para depor Saddam, depois que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush acusou o líder iraquiano de possuir armas de destruição maciça e de ter ligações com a Al-Qaeda. O Partido Baath de Saddam foi dissolvido e a nação fez uma transição para um sistema democrático. Após a sua captura, em 13 de dezembro de 2003 (na Operação Red Dawn), o julgamento de Saddam ocorreu sob o governo interino iraquiano. A 5 de novembro de 2006, ele foi condenado por acusações relacionadas com o assassinato de 148 xiitas iraquianos em 1982 e foi condenado à morte por enforcamento. A bárbara execução de Saddam Hussein foi feita a 30 de dezembro de 2006.
 

sábado, abril 03, 2021

Helin Bölek, do Grup Yorum, morreu há um ano...

 

Helin Bölek (5 June, 1991 – 3 April 2020) was a Kurdish member of the leftist Turkish folk music band Grup Yorum.

 

 Life and struggle

Bölek, the daughter of a family from Diyarbakır, worked in art during her youth. She took part in Grup Yorum as a soloist. She was arrested for the first time during a police operation at the İdil Culture Center in Istanbul in November 2016, when she was detained with seven other members of the group on charges of "resisting the police, insulting and being a member of a terrorist organization". The musicians Bahar Kurt, Barış Yüksel and Ali Aracı announced that they started an "indefinite and irreversible" hunger strike on 17 May 2019, to end the pressures from the state, the concert bans, and the raids on cultural centers.

Bölek joined the hunger strike in June 2019. She was released in November 2019 but kept on fasting. On 11 March 2020, İbrahim Gökçek and Helin Bölek were taken out to the Umraniye State Hospital after a police raid that morning at their home in Küçükarmutlu, Istanbul. In a statement made by their lawyer Didem Ünsal, the two Grup Yorum members stated that they were taken to the hospital by ambulance and that they were admitted to the emergency room, where they declared that they did not accept intervention or treatment. 

  

Death

She died on 3 April 2020, the 288th day of a hunger strike at her home in Istanbul, which was held as a means to protest against the treatment of the band by the Turkish Government led by Recep Tayyip Erdoğan. After her death, large crowds mourned Helin Bölek and they began to march towards a Cemevi. The police intervened the march and detained several participants, but the crowds managed to deliver her coffin to a Cemevi. The crowds intended to go to the cemetery but the police impeded it and detained several participants of the ceremony again. Afterwards, the police transported Helin Bölek to the cemetery.

 


 

(imagem daqui

 

quinta-feira, março 04, 2021

Saladino morreu há 828 anos

  
Nácer Salá Adim Iúçufe ibne Aiube (Tikrit, circa1138 - Damasco, 4 de março de 1193), melhor conhecido como Saladino (em latim: Saladinus), foi um chefe militar curdo muçulmano que se tornou sultão do Egito e da Síria e liderou a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. No auge de seu poder, o seu domínio se estendia pelo Egito, Palestina, Síria, Iraque, Iémem e pelo Hejaz. Foi responsável por reconquistar Jerusalém ao Reino de Jerusalém, após a sua vitória na Batalha de Hattin e, como tal, tornou-se uma figura emblemática na cultura curda, árabe, persa, turca e islâmica em geral. Saladino, adepto do islamismo sunita, tornou-se célebre entre os cronistas cristãos da época pela sua conduta cavalheiresca, especialmente nos relatos sobre o cerco de Kerak em Moabe, e apesar de ser a némesis dos cruzados, conquistou o respeito de muitos deles, incluindo Ricardo Coração de Leão. Longe de se tornar uma figura odiada na Europa, tornou-se um exemplo célebre dos princípios da cavalaria medieval.

segunda-feira, fevereiro 15, 2021

O líder do PKK, Abdullah Ocalan, foi preso há 22 anos

 
Abdullah Öcalan
(Ömerli, província de Şanlıurfa, 4 de abril de 1949), apelidado de Apo, é um líder independentista curdo, fundador e secretário-geral do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, Partiya Karkêren Kurdistan), criado em 1978. Ele é denominado Serok (líder) pelos seus partidários.
Entre 1984 e a sua captura em 1999, Öcalan liderou a movimento guerrilheiro dos nacionalistas curdos, contra o estado turco.
Após ter sido capturado no Quénia, durante uma operação levada a cabo pelos serviços secretos turcos (MİT), possivelmente em conjunto com a CIA e os serviços secretos israelitas, em 15 de fevereiro de 1999, foi condenado à morte em 29 de junho de 1999 por suas atividades separatistas armadas, consideradas como terroristas, principalmente pela Turquia, os EUA e a União Europeia. A pena de morte foi comutada em prisão perpétua em 2002, quando a Turquia declara abolida a pena de morte. Desde então, ele é mantido em regime de isolamento, sendo o único prisioneiro da ilha-prisão de İmralı.


NOTA: convém distinguir a (justa) luta dos curdos, para poderem falar a sua língua (e, porque não, a terem direito a um estado e/ou a regiões autónomas) da guerrilha do PKK e do seu sanguinário líder, embora, neste caso, como em muitos outros, estado turco não se distinga muito dos que persegue...

segunda-feira, janeiro 25, 2021

O Ali Químico foi barbaramente enforcado há onze anos

  
Ali Hassam al-Majid, conhecido como Ali Químico, (Tikrit, 30 de novembro de 1941 - Bagdad, 25 de janeiro de 2010) foi um integrante do governo iraquiano no regime de Saddam Hussein, de quem era primo em primeiro grau.
  
Vida
Nascido em Tikrit, no antigo Reino do Iraque, Ali Hassam al-Majid teve uma infância muito pobre e pouca educação formal. Juntou-se ao Partido Ba'ath em 1968, conjuntamente com o seu primo Saddam Hussein. Em 1979, ele conspirou, com Saddam Hussein, para derrubar o então presidente Al-Bakr.
No governo do ditador Saddam Hussein, Al-Majid foi ministro da Defesa, ministro do interior e chefe do serviço de inteligência do Iraque e considerado o mentor do genocídio cometido contra os curdos em 1988, quando milhares de civis foram mortos pelo uso de gás venenoso pelas tropas iraquianas. Nestes ataques pelo menos 180 mil curdos morreram e mais de 1,5 milhão de pessoas foram desalojadas.
Em março de 2003, os Estados Unidos e os seus aliados invadiram o Iraque com o objetivo de derrubar Saddam Hussein e instaurar um novo governo democrático naquele país. Em 9 de abril a capital Bagdad caiu e, em maio, as forças norte-americanas já ocupavam o país e o então presidente norte-americano George W. Bush declarou o fim das operações militares, dissolvendo o governo do partido Ba'ath.
Ali Hassan sobreviveu aos bombardeamentos americanos de abril de 2003 mas foi preso pelas forças da coligação a 17 de agosto de 2003. Ele era o 5º homem mais procurado no Iraque pelos Estados Unidos, mostrado como Rei de espadas no jogo de cartas americano dos mais procurados do antigo regime.
  
Execução
Em 23 de junho de 2007 foi condenado à morte na forca por crimes contra a humanidade pelo Supremo Tribunal Criminal Iraquiano, que investiga os crimes cometidos pelo Partido Baath, entre 1968 e 2003. A sua sentença foi executada no dia 25 de janeiro de 2010.
  
 

The Iraqi Cabinet put pressure on the Presidential council on 17 March 2009 for Al-Majid's execution.

The situation was similar on 17 January 2010 prior to 9 am (GMT); a fourth death penalty was issued against him in response to his acts of genocide against Kurds in the 1980s. He was also convicted of killing Shia Muslims in 1991 and 1999. Alongside him in the trial was former defense minister Sultan Hashem, who was also found guilty by The Iraqi High Tribunal for the Halabja attack and sentenced to 15 years' imprisonment. Al-Majid was executed by hanging on 25 January 2010. He was buried in Saddam's family cemetery in al-Awja the next day; near Saddam's sons, half-brother and the former vice president, but outside the mosque housing the tomb of Saddam. While he was sentenced to death on four separate occasions, the original 2007 verdict sentenced him to five death sentences, and so the combined tally of death sentences handed out was eight.

Amnesty International's Middle East and North Africa Director Malcolm Smart later criticized the execution as "only the latest of a mounting number of executions, some of whom did not receive fair trials, in gross violation of human rights..."