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quarta-feira, abril 17, 2024

Música adequada à data...

Linda McCartney morreu há vinte e seis anos...


Linda McCartney (Nova Iorque, 24 de setembro de 1941 - Tucson. 17 de abril de 1998), Lady McCartney, batizada com o nome de Linda Louise Eastman foi uma fotógrafa dos Estados Unidos, da editora Rolling Stone Magazine, música e ativista dedicada a divulgar abusos contra os animais. Tornou-se famosa mundialmente ao casar com Paul McCartney em 12 de março de 1969, na altura o baixista do grupo de rock inglês The Beatles.
  
Filha de um bem sucedido advogado, Lee Eastman, e de Louise Linder (dona da fortuna das lojas Linder), Linda cresceu na cidade de Scarsdale (estado de Nova Iorque) e tornou-se uma das melhores fotógrafas do mundo. Formou-se em Artes na Universidade do Arizona, e foi durante estes anos que se apaixonou por fotografia. Mas, foi só depois que ela retornou a Nova Iorque que começou a demonstrar o seu talento com as câmaras.
Começou a sua carreira de fotógrafa na editora Town and Country magazine, e foi quando fotografava a banda The Rolling Stones num iate que percebeu que este segmento de seu trabalho teria grande procura. Imortalizou-se fotografando ícones do rock como The Who, Jimi Hendrix, The Doors, Traffic, Simon and Garfunkel, Bob Dylan, Otis Redding e, subsequentemente, The Beatles, quando então acabou conhecendo o seu futuro marido, Paul.
Quando trabalhou com a editora da Rolling Stone, Linda produziu um trabalho de alta qualidade que continua sendo publicado internacionalmente. O seu trabalho já foi exposto em dezenas de galerias de arte, da América do Sul à Austrália, incluindo o Victoria and Albert Museum em Londres. Foi reconhecida nos Estados Unidos como a fotógrafa do ano. Ela também publicou cinco livros de fotografias suas.
  
O sucesso de Linda na música foi - no conjunto total de seu trabalho - por conta de seu marido, o ex-Beatle Paul McCartney. Linda nunca foi uma intérprete, ou compositora, antes de conhecer Paul, mas mesmo assim cativou o público mundialmente também com sua constante presença no teclado durante as apresentações ao vivo e com seus doces acompanhamentos vocais junto a Paul. Nota-se em particular, canções de grande sucesso como "Another Day", em que Paul toca todos os instrumentos e Linda preenche a melodia suavemente junto ao marido com vocais de fundo. Este preenchimento vocal ("duuuhs") é quase que uma marca registada de Paul, que se destacou mais ainda durante os anos que lançava seus discos da carreira solo, ou com o grupo Wings em que, talvez por falta dos seus originais ex-parceiros de rock ou por uma grande conveniência, usava constantemente a sua esposa nas gravações. A combinação nova funcionou e juntos se tornaram os músicos pop mais ricos da história da música.
Os sucessos musicais de gravações feitas juntos foram em grande parte número um na Inglaterra e nos Estados Unidos. 

Linda manifestava-se frequentemente contra o abuso aos animais e era uma ambientalista, trabalhando com organizações como a PETA, Lynx e Friends of the Earth. Com esta atitude em mente ela comercializou vários pratos vegetarianos pré-preparados para um importante segmento no mercado com sua própria marca registada e ficou milionária por conta própria, mesmo se não estivesse casada com o magnata do rock. Linda também publicou um livro de receitas vegetarianas que é bastante popular na sua geração de fãs, comercializado nos anos da década de 90 ("Linda McCartney’s Home Cooking" em português, "Comida Caseira da Linda McCartney").

Paul adotou, legalmente, de um casamento anterior de Linda, com o geólogo John Melvin See Jr. (1937-2000), a filha  (Heather McCartney) atualmente com o sobrenome de casada Potter e que nasceu em 1963, e, juntos, Linda e Paul tiveram: Mary (fotógrafa; nasceu em 1969); Stella McCartney (destacada designer de roupas; nasceu em 1971); e James Louis (músico em nasceu: 1977).
Linda faleceu, de cancro, em Tucson, Arizona, e foi cremada em Inglaterra. Paul e Linda têm agora vários netos.
 

Linda e Paul, 1976


 


sexta-feira, fevereiro 23, 2024

Os norte-americanos colocaram a sua bandeira no Monte Suribachi há 79 anos

Raising the Flag on Iwo Jima, por Joe Rosenthal - The Associated Press
     
Raising the Flag on Iwo Jima é uma fotografia histórica, tirada em 23 de fevereiro de 1945, por Joe Rosenthal. Ela mostra cinco fuzileiros navais americanos e um paramédico da Marinha dos Estados Unidos fincando a bandeira dos Estados Unidos da América no topo do Monte Suribachi, indicando a sua conquista, durante a batalha de Iwo Jima, na Segunda Guerra Mundial.
A fotografia é muito popular, vindo a ser reproduzida em milhares de publicações. Foi a primeira fotografia a ganhar o Prémio Pulitzer no mesmo ano da sua publicação e veio a ser lembrada nos Estados Unidos como uma das mais significantes e reconhecidas imagens de guerra, e uma das mais reproduzidas fotografias de todos os tempos.
Dos seis homens que aparecem na fotografia, três morreram durante a batalha (Franklin Sousley, Harlon Block e Michael Strank) e três sobreviveram a esta (John Bradley, Rene Gagnon e Ira Hayes). Os que sobreviveram acabaram por se tornar célebres, depois de identificados. A imagem foi usada depois por Felix de Weldn para esculpir o USMC War Memorial, no Cemitério Nacional de Arlington, na Virgínia.
     

sexta-feira, fevereiro 16, 2024

Eduardo Gageiro nasceu há 89 anos

(imagem daqui)


Eduardo Gageiro
(Sacavém, 16 de fevereiro de 1935) é um fotógrafo e foto-jornalista português.

Originário de Sacavém, e um de três irmãos, os seus pais eram proprietários de uma modesta casa de pasto, onde também se vendia bacalhau e se aquecia as marmitas dos trabalhadores da Fábrica de Louça de Sacavém, que ficava defronte. Cedo começou a aviar copos de vinho aos trabalhadores da fábrica, onde também ingressou, por volta dos 11 anos, como paquete, por ordem do pai.

Com apenas 12 anos tomou de empréstimo uma máquina de plástico do irmão (Kodak Baby) e começou a receber aulas de arte e composição do escultor Armando Mesquita, trabalhador na Fábrica de Louça de Sacavém. Fotografava os trabalhadores à saída da fábrica.

Viu uma fotografia sua publicada na 1ª página do Diário de Notícias. Começou a sua atividade de repórter fotográfico em 1957 no Diário Ilustrado (1956-), e a partir daí dedicou toda a sua vida ao foto-jornalismo.

Esteve dois meses retido pela PIDE em Caxias, sendo libertado após pressão dos correspondentes da Associated Press junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício.

Foi colaborador das principais publicações portuguesas e estrangeiras e da Presidência da República. Tem trabalhos reproduzidos um pouco por todo o mundo, com os quais ganhou mais de 300 prémios internacionais. Foi o único fotógrafo do mundo a fotografar os terroristas que sequestraram os atletas israelitas da aldeia olímpica nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.

 

Principais prémios

  • 2005 - Em 5 de novembro, ganhou o Prémio Especial do Júri, a Medalha de Ouro para a melhor fotografia e a Medalha de Ouro para a melhor fotografia a preto e branco da 11ª Exposição Internacional de Fotografia Artística da China, o maior concurso de fotografia do mundo, onde participaram mais de 3500 fotógrafos de 68 países e mais de 35.000 fotografias.
  • 2004 - Agraciado pelo Presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem do Infante D. Henrique.
  • 1974 - 2º prémio do World Press Photo, em 1974, na categoria Portraits.

 

 

quinta-feira, fevereiro 08, 2024

O fotógrafo Sebastião Salgado faz hoje oitenta anos...!

   
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior (Aimorés, 8 de fevereiro de 1944) é um fotojornalista e fotógrafo documental e social brasileiro
 

Nasceu na vila de Conceição do Capim, viveu sua infância em Expedicionário Alício. Graduou-se em Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1964-1967). Realizou mestrado na Universidade de São Paulo e doutorado na Universidade de Paris, ambos também em Economia.

Casou-se com a pianista Lélia Deluiz Wanick. Salgado inicialmente trabalhou como secretário para a Organização Internacional do Café (OIC). Em suas viagens de trabalho para a África, muitas vezes encomendado conjuntamente pelo Banco Mundial, fez sua primeira sessão de fotos, nos anos 70, com a Leica da sua esposa. Fotografar o inspirou tanto que logo depois ele tornou-se independente em 1973, como fotojornalista e, em seguida, voltou para Paris.

Em 1979, depois de passagens pelas agências de fotografia Sygma e Gamma, entrou para a Magnum. Encarregado de uma série de fotos sobre os primeiros 100 dias de governo de Ronald Reagan, Salgado documentou o atentado a tiros cometido por John Hinckley, Jr. contra o então presidente dos Estados Unidos, no dia 30 de março de 1981, em Washington. A venda das fotos para jornais de todo o mundo permitiu ao brasileiro financiar seu primeiro projeto pessoal: uma viagem à África.

Seu primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres na América Latina, foi publicado em 1986. Na sequência, publicou Sahel: O "Homem em Pânico" (também publicado em 1986), resultado de uma longa colaboração de doze meses com a organização não governamental Médicos sem Fronteiras cobrindo a seca no Norte da África. Entre 1986 e 1992, ele concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o mundo, publicada e exibida sob o nome "Trabalhadores rurais", um feito monumental que confirmou sua reputação como foto documentarista de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e aclamados internacionalmente.

Na introdução de Êxodos, escreveu: "Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas…". Trabalhando inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais amplo do que está acontecendo com essas pessoas criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam contra a violação dessa dignidade por meio da guerra, pobreza e outras injustiças.

Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Amnistia Internacional. Com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, apoia atualmente um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais (Instituto Terra).

Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado montou uma exposição no Escritório das Nações Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de sua obra Retratos de Crianças do Êxodo. Essas impressionantes fotografias prestam solene testemunho a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas crianças e mulheres sem residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF, Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento Global pela Criança e para ilustrar um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um relatório dela de 1996, como Representante Especial das Nações Unidas sobre o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em um projeto conjunto do UNICEF e da OMS, ele está documentando uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite. 

Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, As Imagens da Amazónia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia Wanick Salgado, autora do projeto gráfico da maioria de seus livros, fixaram residência em Paris. O casal tem dois filhos, Juliano Salgado, nascido em 1974, e Rodrigo, nascido em 1979, que tem síndrome de Down. Juliano é cineasta e dirigiu, juntamente com o também fotógrafo Wim Wenders, o documentário O Sal da Terra, sobre o trabalho de seu pai. que foi indicado ao Óscar 2015 de melhor documentário.

Em 6 de dezembro de 2017, tomou posse da cadeira n.º 1, das quatro cadeiras de fotógrafos da Academia de Belas Artes da França, substituindo Lucien Clergue, que morreu em 2014.

 


 
in Wikipédia

sábado, novembro 18, 2023

Daguerre, o inventor da fotografia, nasceu há 236 anos

Louis Daguerre em 1844 (daguerreótipo do próprio inventor)
   
Louis Jacques Mandé Daguerre (Cormeilles-en-Parisi, Val-d'Oise, 18 de novembro de 1787 - Bry-sur-Marne, 10 de julho de 1851) foi um pintor, cenógrafo, físico e inventor francês, tendo sido o primeiro a conseguir uma imagem fixa pela ação direta da luz (1835 - o daguerreótipo).
No prosseguimento das experiências fotográficas de Joseph Nicéphore Niépce, a descoberta decisiva coube a Louis Daguerre, que em 1835 apanhou uma placa revestida de prata sensibilizada com iodeto de prata, que apesar de exposta não apresentava sequer vestígios de imagem, guardou-a displicentemente num armário e, ao abri-lo no dia seguinte, encontrou uma imagem revelada. Fez experiências, por eliminação com os outros produtos que estavam no armário, para descobrir que a imagem latente tinha sido revelada por ação do mercúrio.
Em 1837, ele já havia padronizado o processo que ainda tinha como grandes problemas, longo tempo de exposição (15 a 30 minutos), a imagem era invertida e o contraste era muito baixo. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava sensível à luz do dia e rapidamente era destruída; Daguerre solucionou este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim uma imagem inalterável.
Daguerre tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de industriais por querer manter secreta a parte fundamental do seu processo. Em 1839, vendeu a sua invenção, o daguerreótipo, ao governo francês, tendo ficado a receber uma renda vitalícia de 6.000 francos anuais e Isidore Niépce, filho de Nicéphore, recebia 4.000.
   

domingo, outubro 22, 2023

Robert Capa nasceu há cento e dez anos...

   
Robert Capa, de seu nome verdadeiro Endre Ernő Friedmann (Budapeste, 22 de outubro de 1913 - Thai-Binh, 25 de maio de 1954), foi um fotógrafo húngaro.
Um dos mais célebres fotógrafos de guerra, Capa cobriu os mais importantes conflitos da primeira metade do século XX: a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra Mundial na Europa (em Londres, na Itália, a Batalha da Normandia em Omaha Beach, e a libertação de Paris), no Norte da África, a Guerra árabe-israelita de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina.

Durante os seus estudos secundários sente-se atraído pelos meios culturais marxistas. Foi referenciado pela polícia e teve que se exilar em 1930. Vai para Berlim onde se inscreveu na Faculdade de Ciências Políticas e aproximou-se do meio jornalístico. Encontrou trabalho na "Dephot" (Deutscher Photodienst), a maior agência de jornalismo da Alemanha naquela época.
A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, uma vez que aparece a fotografar Leon Trotski, no meio de múltiplas dificuldades, durante um congresso em Copenhaga. O aparecimento dos nazis e a sua ascendência e religião judaica fazem com que em 1932 ele tenha que deixar Berlim, dirigindo-se para Viena e depois, Paris.
Em 1934 encontra Gerda Taro, e no ano seguinte, ambos criam o personagem Robert Capa, repórter mítico de nacionalidade norte-americana, pelo que Endre Friedmann declara-se associado a Gerda Taro, a sua primeira namorada, também fotógrafa-produtora. O nome de Robert Capa de repente fica célebre e, logo que se descobre que ele é um pseudónimo, a notoriedade do repórter está assegurada. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde Gerda encontra a morte no ano seguinte.
Em 1938, Capa vai à China para fotografar o conflito sino-japonês, retornando à Espanha em 1940, logo que a França cai sob o jugo nazi. Retira-se em seguida para os Estados Unidos, onde começa a trabalhar para a revista Life. Posteriormente vai para Inglaterra e depois para a Argélia.
Em junho de 1944 participa no desembarque da Normandia, o Dia D. Depois da guerra, com David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger, funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947). Nos primeiros tempos, ocupa-se na organização da estrutura, partindo em seguida para o "terreno".
Robert Capa fotografou a Guerra Civil Espanhola, onde tirou a sua mais famosa foto ("A morte de um soldado republicano"), a Guerra Civil Chinesa e a II Guerra Mundial com lentes normais, o que fez com que ele se tornasse um dos mais importantes fotógrafos europeus do século XX.
Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar uma mina terrestre. O seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas, mas a câmara permanecia entre as suas mãos...
   
  

A morte de um soldado republicano

sexta-feira, outubro 06, 2023

Ernesto de Sousa morreu há 35 anos...

(imagem daqui)

 

Ernesto de Sousa, nascido José Ernesto de Sousa (Lisboa, 18 de abril de 1921 - Lisboa, 6 de outubro de 1988) foi um artista multidisciplinar, fotógrafo, cineasta e iniciador do movimento cineclubista em Portugal, e crítico de arte português, atividades a que dedicou toda a sua vida.

Entregou-se, desde muito jovem, ao estudo da arte e da fotografia. Espírito aberto, polémico, pioneiro em muitas das coisas em que se empenhou, exerceu uma vasta ação no campo artístico: artes visuais, cinema, teatro, jornalismo, rádio, crítica e ensaio. Como realizador, é reconhecido como um dos fundadores do chamado Novo Cinema (Dom Roberto - 1962), filme que inaugura o movimento, com Os Verdes Anos, de Paulo Rocha.

Não seria no entanto o cinema o seu meio de expressão mais assíduo. De um modo diversificado e prolífero, faz-se notar noutras artes, dedicando muito do seu tempo à fotografia. «As reflexões teóricas e o trabalho de Ernesto de Sousa na área da Fotografia foram elementos fundamentais para a inauguração da contemporaneidade artística».

 

domingo, setembro 24, 2023

Linda McCartney nasceu há oitenta e dois anos...


Linda McCartney (Nova Iorque, 24 de setembro de 1941 - Tucson, 17 de abril de 1998), Lady McCartney, batizada com o nome de Linda Louise Eastman foi uma fotógrafa dos Estados Unidos, da editora Rolling Stone Magazine, música e ativista dedicada a divulgar abusos contra os animais. Tornou-se famosa mundialmente ao casar com Paul McCartney, em 12 de março de 1969, na ocasião, o baixista do lendário grupo de rock inglês The Beatles.

    

  


terça-feira, agosto 22, 2023

Leni Riefenstahl nasceu há cento e vinte e um anos


   
Helene Bertha Amalie "Leni" Riefenstahl  (Berlim, 22 de agosto de 1902 - Pöcking, 8 de setembro de 2003) foi uma cineasta alemã da era nazi, conhecida pela sua estética e forma inovadora de filmar. As suas obras mais famosas são os filmes de propaganda que ela realizou para o Partido nazi alemão. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, ela tornou-se uma fotógrafa e mergulhadora.
   
   
(...)

De acordo com algumas fontes, Leni ouviu Adolf Hitler discursar num comício em 1932 e ofereceu-lhe os seus serviços como cineasta, porque teria ficado fascinada pelas habilidades oratórias do líder. Já outras, como a própria diretora, afirmam que ela é que foi procurada por Hitler, depois que este assistiu e adorou o filme A Luz Azul. De todo modo, já em 1933 ela dirigiu um curta-metragem sobre um comício do Partido nazi. Hitler, então, pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga em 1934. A princípio, ela recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para dirigi-lo em seu lugar. Mais tarde, Leni Riefenstahl voltou atrás e realizou O Triunfo da Vontade, um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Ela prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado O Dia da Liberdade.
Em 1936, Leni Riefenstahl qualificou-se para representar a Alemanha em esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado deu origem ao filme Olympia, celebrado pelas suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura desportiva da televisão. Podemos dizer que o desporto, como conhecemos hoje, nasceu e glorificou-se na Alemanha nazi, o primeiro país do mundo a popularizar o desporto desde as camadas mais pobres até às mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, ela passou quatro anos presa num campo de concentração francês. Foi acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. No final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni aos nazis, o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazis, mas que era politicamente ingénua e ignorava as falhas cometidas na guerra; uma posição que vários de seus críticos consideram ridícula.
Leni tentou produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de financiar as suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas e pagos pessoalmente, e novamente, obras de grande engenhosidade. Após isto, ela tornou-se fotógrafa. Leni se interessou pela tribo Nuba do Sudão e publicou dois livros com fotos dos guerreiros da tribo em 1974 e 1976. Ela sobreviveu a uma queda de helicóptero no Sudão em 2000.
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina. Ela lançou um novo filme, intitulado Impressionen unter Wasser (Impressões Subaquáticas), um documentário da vida sob os mares, no seu centésimo aniversário, a 22 de agosto de 2002.
A despeito de seus polémicos filmes de propaganda, Leni Riefenstahl ficou na História do Cinema por ter desenvolvido novas estéticas e métodos de filmar, especialmente em relação a ângulos de câmara, enquadramentos, movimentos de massas e nus. Ainda que a propaganda em seus filmes provoque rejeição por várias pessoas, a sua estética é indubitavelmente singular e é citada por vários outros cineastas.
      

Henri Cartier-Bresson nasceu há 115 anos...

  

Henri Cartier-Bresson, né le à Chanteloup-en-Brie et mort le à Montjustin, est un photographe, photojournaliste et dessinateur français. Connu pour la précision et le graphisme de ses compositions (jamais recadrées au tirage), il s'est surtout illustré dans la photographie de rue, la représentation des aspects pittoresques ou signifiants de la vie quotidienne (Les Européens). Avec Robert Capa, David Seymour, William Vandivert et George Rodger, ils fondent en 1947 l'agence coopérative Magnum Photos.

Le concept de « l'instant décisif » est souvent utilisé à propos de ses photos, mais on peut l'estimer trop réducteur et préférer celui de « tir photographique », qui prend le contexte en compte. Pour certains, il est une figure mythique de la photographie du XXe siècle, qu'une relative longévité de sa carrière photographique lui permet de traverser, en portant son regard sur les évènements majeurs qui ont jalonné le milieu du siècle.

En 2003, un an avant sa mort, une fondation portant son nom est créée à Paris pour assurer la conservation et la présentation de son œuvre ainsi que pour soutenir et exposer les photographes dont il se sentait proche. L’exposition Henri Cartier-Bresson au Centre Pompidou en 2014 a renouvelé la vision qu’on avait de lui, en montrant de façon explicite son activité militante pour le parti communiste dans la période 1936-1946.

 

sábado, junho 17, 2023

Poesia adequada à data...

  
  

Os tempos não

   
   
Os tempos não vão bons para nós, os mortos.
Fala-se de mais nestes tempos (inclusive cala-se).
As palavras esmagam-se entre o silêncio
que as cerca e o silêncio que transportam.

É pelo hálito que te conheço....no entanto
o mesmo escultor modelou os teus ouvidos
e a minha voz, agora silenciosa porque nestes tempos
fala-se de mais são tempos de poucas palavras.

Falo contigo de mais assim me calo e porque
te pertence esta gramática assim te falta
e eis por que não temos nada a perder e por que é
cada vez mais pesada a paz dos cemitérios.

  
  
 

in Todas as palavras - Poesia reunida (2012) - Manuel António Pina

quinta-feira, maio 25, 2023

Robert Capa morreu há 69 anos


Robert Capa, de seu nome verdadeiro Endre Ernő Friedmann (Budapeste, 22 de outubro de 1913 - Thai-Binh, 25 de maio de 1954), foi um fotógrafo húngaro.
     
(...) 
  
Capa morreu, na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar uma mina terrestre. O seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas. A câmara permanecia intacta entre as suas mãos. 
  
Morte de um Miliciano
     

segunda-feira, maio 22, 2023

Cornell Capa, o irmão mais novo de Robert Capa, morreu há quinze anos...

 

Cornell Capa (10 de abril de 1918, Budapeste - 23 de maio de 2008, Nova Iorque) foi um fotógrafo americano, membro da Agência Magnum e o irmão mais novo do fotojornalista e famoso fotógrafo de guerra, Robert Capa.
Nascido como Cornell Friedmann, Cornel Friedmann ou Kornel Friedmann em Budapeste, Hungria, a 10 de abril de 1918, ele era o filho mais novo de Dezso e Julia Berkovits Friedmann, um casal judeu que não praticava nenhuma religião. Os seus pais eram donos de uma próspera alfaiataria onde Dezso era o chefe dos alfaiates. Em 1931 o seu irmão Robert foi forçado a deixar o país por causa de atividades de estudante esquerdistas que tinham sofrido a atenção de funcionários do ditador húngaro anti-semita, Miklós Horthy. Em 1935, o seu irmão mais velho, Laszlo, morreu de febre reumática.
Em 1936, aos 18 anos de idade, Cornell foi para Paris para trabalhar com seu irmão Robert, um notável fotojornalista. Em 1937, Cornell Capa mudou-se para Nova Iorque, para trabalhar no darkroom da revista Life. Depois de servir na Força Aérea dos Estados Unidos, Capa tornou-se fotógrafo da revista Life em 1946. As muitas capas que Capa tirou para a revista incluem retratos como os da celebridade Jack Paar, da artista Grandma Moses e do ator Clark Gable.
Em maio de 1954, o irmão Robert Capa foi morto por uma mina durante as tensões que levaram à Guerra do Vietname. Naquele mesmo ano, Cornell Capa juntou-se à Agência Magnum, a agência de fotografia co-fundada pelo seu irmão. Para a Magnum, Capa cobriu a União Soviética, a Guerra dos Seis Dias e políticos americanos.
Começando em 1967, Cornell Capa montou uma série de exibições e livros com o título de The Concerned Photographer ("O Fotografo Preocupado", numa tradução literal). As exibições levaram ao estabelecimento em 1974 do International Center of Photography (Centro Internacional de Fotografia) em Nova Iorque. Capa serviu por muitos anos como diretor do Centro. Ele publicou varias coleções de fotografias suas, incluindo JFK for President ("JFK para Presidente"), uma série de fotografias sobre a campanha presidencial de 1960 que ele fez para a revista Life. Capa também publicou um livro sobre os primeiros 100 dias da presidência de Kennedy, com Henri Cartier-Bresson e Elliott Erwitt, seus colegas fotógrafos da Magnum.
Capa escreveu prefácios para diversas coleções das fotografias do seu irmão e foi conhecido como um protetor da memória e reputação de Robert Capa. Por exemplo, quando foi referido que a famosa fotografia de Robert Capa de um soldado espanhol caído durante a Guerra Civil Espanhola era falsa e não tirada no "momento da morte", Cornell Capa entrou numa longa batalha para estabelecer a legitimidade da fotografia, e até localizou o nome do soldado e a data de sua morte.
Capa morreu na cidade de Nova Iorque em 23 de maio de 2008, apenas dois dias antes do aniversário da morte (54 anos) do seu irmão.

segunda-feira, abril 17, 2023

Música adequada à data...

Linda McCartney morreu há vinte e cinco anos...


Linda McCartney (Nova Iorque, 24 de setembro de 1941 - Tucson. 17 de abril de 1998), Lady McCartney, batizada com o nome de Linda Louise Eastman foi uma fotógrafa dos Estados Unidos, da editora Rolling Stone Magazine, música e ativista dedicada a divulgar abusos contra os animais. Tornou-se famosa mundialmente ao casar com Paul McCartney em 12 de março de 1969, na altura o baixista do grupo de rock inglês The Beatles.
  
Filha de um bem sucedido advogado, Lee Eastman, e de Louise Linder (dona da fortuna das lojas Linder), Linda cresceu na cidade de Scarsdale (estado de Nova Iorque) e tornou-se uma das melhores fotógrafas do mundo. Formou-se em Artes na Universidade do Arizona, e foi durante estes anos que se apaixonou por fotografia. Mas, foi só depois que ela retornou a Nova Iorque que começou a demonstrar o seu talento com as câmaras.
Começou a sua carreira de fotógrafa na editora Town and Country magazine, e foi quando fotografava a banda The Rolling Stones num iate que percebeu que este segmento de seu trabalho teria grande procura. Imortalizou-se fotografando ícones do rock como The Who, Jimi Hendrix, The Doors, Traffic, Simon and Garfunkel, Bob Dylan, Otis Redding e, subsequentemente, The Beatles, quando então acabou conhecendo o seu futuro marido, Paul.
Quando trabalhou com a editora da Rolling Stone, Linda produziu um trabalho de alta qualidade que continua sendo publicado internacionalmente. O seu trabalho já foi exposto em dezenas de galerias de arte, da América do Sul à Austrália, incluindo o Victoria and Albert Museum em Londres. Foi reconhecida nos Estados Unidos como a fotógrafa do ano. Ela também publicou cinco livros de fotografias suas.
  
O sucesso de Linda na música foi - no conjunto total de seu trabalho - por conta de seu marido, o ex-Beatle Paul McCartney. Linda nunca foi uma intérprete, ou compositora, antes de conhecer Paul, mas mesmo assim cativou o público mundialmente também com sua constante presença no teclado durante as apresentações ao vivo e com seus doces acompanhamentos vocais junto a Paul. Nota-se em particular, canções de grande sucesso como "Another Day", em que Paul toca todos os instrumentos e Linda preenche a melodia suavemente junto ao marido com vocais de fundo. Este preenchimento vocal ("duuuhs") é quase que uma marca registada de Paul, que se destacou mais ainda durante os anos que lançava seus discos da carreira solo, ou com o grupo Wings em que, talvez por falta dos seus originais ex-parceiros de rock ou por uma grande conveniência, usava constantemente a sua esposa nas gravações. A combinação nova funcionou e juntos se tornaram os músicos pop mais ricos da história da música.
Os sucessos musicais de gravações feitas juntos foram em grande parte número um na Inglaterra e nos Estados Unidos. 

Linda manifestava-se frequentemente contra o abuso aos animais e era uma ambientalista, trabalhando com organizações como a PETA, Lynx e Friends of the Earth. Com esta atitude em mente ela comercializou vários pratos vegetarianos pré-preparados para um importante segmento no mercado com sua própria marca registada e ficou milionária por conta própria, mesmo se não estivesse casada com o magnata do rock. Linda também publicou um livro de receitas vegetarianas que é bastante popular na sua geração de fãs, comercializado nos anos da década de 90 ("Linda McCartney’s Home Cooking" em português, "Comida Caseira da Linda McCartney").

Paul adotou, legalmente, de um casamento anterior de Linda com o geólogo John Melvin See Jr. (1937-2000), a filha  (Heather McCartney) atualmente com o sobrenome de casada Potter e que nasceu em 1963, e, juntos, Linda e Paul tiveram: Mary (fotógrafa; nasceu em 1969); Stella McCartney (destacada designer de roupas; nasceu em 1971); e James Louis (músico em nasceu: 1977).
Linda faleceu, de cancro, em Tucson, Arizona, e foi cremada em Inglaterra. Paul e Linda têm agora vários netos.
 

Linda e Paul, 1976


 

quinta-feira, fevereiro 23, 2023

O Monte Suribachi foi conquistado há 78 anos

Raising the Flag on Iwo Jima, por Joe Rosenthal - The Associated Press
     
Raising the Flag on Iwo Jima é uma fotografia histórica, tirada em 23 de fevereiro de 1945, por Joe Rosenthal. Ela mostra cinco fuzileiros navais americanos e um paramédico da Marinha dos Estados Unidos fincando a bandeira dos Estados Unidos da América no topo do Monte Suribachi, indicando a sua conquista durante a batalha de Iwo Jima, na Segunda Guerra Mundial.
A fotografia é muito popular, vindo a ser reproduzida em milhares de publicações. Foi a primeira fotografia a ganhar o Prémio Pulitzer no mesmo ano da sua publicação e veio a ser lembrada nos Estados Unidos como uma das mais significantes e reconhecidas imagens de guerra, e uma das mais reproduzidas fotografias de todos os tempos.
Dos seis homens que aparecem na fotografia, três morreram durante a batalha (Franklin Sousley, Harlon Block e Michael Strank) e três sobreviveram a esta (John Bradley, Rene Gagnon e Ira Hayes). Os que sobreviveram acabaram por se tornar célebres, depois de identificados. A imagem foi usada depois por Felix de Weldn para esculpir o USMC War Memorial, no Cemitério Nacional de Arlington, na Virgínia.
     

quinta-feira, fevereiro 16, 2023

Eduardo Gageiro nasceu há 88 anos

(imagem daqui)


Eduardo Gageiro
(Sacavém, 16 de fevereiro de 1935) é um fotógrafo e foto-jornalista português.

Originário de Sacavém, e um de três irmãos, os seus pais eram proprietários de uma modesta casa de pasto, onde também se vendia bacalhau e se aquecia as marmitas dos trabalhadores da Fábrica de Louça de Sacavém, que ficava defronte. Cedo começou a aviar copos de vinho aos trabalhadores da fábrica, onde também ingressou, por volta dos 11 anos, como paquete, por ordem do pai.

Com apenas 12 anos tomou de empréstimo uma máquina de plástico do irmão (Kodak Baby) e começou a receber aulas de arte e composição do escultor Armando Mesquita, trabalhador na Fábrica de Louça de Sacavém. Fotografava os trabalhadores à saída da fábrica.

Viu uma fotografia sua publicada na 1ª página do Diário de Notícias. Começou a sua atividade de repórter fotográfico em 1957 no Diário Ilustrado (1956-), e a partir daí dedicou toda a sua vida ao foto-jornalismo.

Esteve dois meses retido pela PIDE em Caxias, sendo libertado após pressão dos correspondentes da Associated Press junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício.

Foi colaborador das principais publicações portuguesas e estrangeiras e da Presidência da República. Tem trabalhos reproduzidos um pouco por todo o mundo, com os quais ganhou mais de 300 prémios internacionais. Foi o único fotógrafo do mundo a fotografar os terroristas que sequestraram os atletas israelitas da aldeia olímpica nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.

Em 10 de junho de 2004 foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique.

 

quarta-feira, fevereiro 08, 2023

Sebastião Salgado faz hoje 78 anos

   
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior (Aimorés, 8 de fevereiro de 1944) é um famoso fotógrafo brasileiro.

 
in Wikipédia

sexta-feira, novembro 18, 2022

Daguerre, o inventor da fotografia, nasceu há 235 anos...!

Louis Daguerre em 1844 (daguerreótipo do próprio inventor)
   
Louis Jacques Mandé Daguerre (Cormeilles-en-Parisi, Val-d'Oise, 18 de novembro de 1787 - Bry-sur-Marne, 10 de julho de 1851) foi um pintor, cenógrafo, físico e inventor francês, tendo sido o primeiro a conseguir uma imagem fixa pela ação direta da luz (1835 - o daguerreótipo).
No prosseguimento das experiências fotográficas de Joseph Nicéphore Niépce, a descoberta decisiva coube a Louis Daguerre, que em 1835 apanhou uma placa revestida de prata sensibilizada com iodeto de prata, que apesar de exposta não apresentava sequer vestígios de imagem, guardou-a displicentemente num armário e, ao abri-lo no dia seguinte, encontrou uma imagem revelada. Fez experiências, por eliminação com os outros produtos que estavam no armário, para descobrir que a imagem latente tinha sido revelada por ação do mercúrio.
Em 1837, ele já havia padronizado o processo que ainda tinha como grandes problemas, longo tempo de exposição (15 a 30 minutos), a imagem era invertida e o contraste era muito baixo. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava sensível à luz do dia e rapidamente era destruída; Daguerre solucionou este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim uma imagem inalterável.
Daguerre tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de industriais por querer manter secreta a parte fundamental do seu processo. Em 1839, vendeu a sua invenção, o daguerreótipo, ao governo francês, tendo ficado a receber uma renda vitalícia de 6.000 francos anuais e Isidore Niépce, filho de Nicéphore, recebia 4.000.