Mostrar mensagens com a etiqueta mártir. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mártir. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, março 05, 2024

Rosa Luxemburgo nasceu há 153 anos...


Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista polaca e judia, naturalizada alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polónia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 1914, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1 de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.
Luxemburgo considerou o levantamento espartaquista de janeiro de 1919 em Berlim como um grande erro. Entretanto, ela apoiaria a insurreição que Liebknecht iniciou sem o seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e centenas de seus adeptos foram presos, espancados e assassinados, sem direito a julgamento. Desde as suas mortes, Luxemburgo e Liebknecht atingiram o status de mártires, tanto para marxistas quanto para social-democratas.
  
 
 

(imagem daqui)
     
Epitáfio para Rosa Luxemburgo

Aqui jaz
Rosa Luxemburgo
Judia da Polónia
Vanguarda dos operários alemães
Morta por ordem
Dos opressores. Oprimidos
Enterrai as vossas desavenças! 
   
  
  
Bertold Brecht

sexta-feira, dezembro 29, 2023

São Tomás Becket foi assassinado há 853 anos...

Retrato de Becket num vitral da Catedral Anglicana de Cantuária
  
São Thomas Becket, ou Tomás Becket (Londres, 21 de dezembro de 1128 - Cantuária, 29 de dezembro de 1170), foi Arcebispo de Cantuária 1162 a 1170. É venerado como santo e mártir pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana. Envolvido num conflito com o rei Henrique II da Inglaterra, pelos direitos e privilégios da Igreja, foi assassinado por seguidores do rei na Catedral de Cantuária.
  

quinta-feira, dezembro 21, 2023

São Thomas Becket nasceu há 895 anos


  

São Thomas Becket ou, simplesmente, Tomás Becket (Londres, 21 de dezembro de 1128 - Cantuária, 29 de dezembro de 1170), foi Arcebispo de Cantuária de 1162 a 1170. É venerado como santo e mártir pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana. Envolvido num conflito com o rei Henrique II da Inglaterra, pelos direitos e privilégios da Igreja, foi assassinado por seguidores do rei na Catedral de Cantuária.

  

quarta-feira, dezembro 13, 2023

Hoje foi dia de Santa Luzia...

    

Santa Lúcia de Siracusa283 - † 304), mais conhecida simplesmente por Santa Luzia (santa de luz), segundo a tradição da Igreja Católica, foi uma jovem siciliana, nascida numa família rica de Siracusa, venerada pelos católicos como virgem e mártir cristã, que, segundo se conta, morreu por volta de 304 durante as perseguições de Diocleciano.
Na antiguidade cristã, juntamente com Santa Cecília, Santa Águeda e Santa Inês, a veneração a Santa Lúcia foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter vinte templos em Roma nomeados em sua memória.
O episódio da cegueira, ao qual a iconografia a representa, deverá estar ligado ao seu nome Luzia (Lúcia) derivado de lux (= luz), elemento indissolúvel ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui-lhe a função de graça iluminadora.
É assim a padroeira dos oftalmologistas e daqueles que têm problemas de visão.
A sua festa é celebrada simbolicamente a 13 de dezembro, possivelmente doze dias antes do Natal, para indicar ao cristão a necessidade de preparação espiritual e sua iluminação correspondente para essa importante data que se avizinha.

    

O sepultamento de Santa Luzia, Caravaggio

     

 


sexta-feira, setembro 29, 2023

O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo, nasceu há 621 anos

Efígie do Infante Santo no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, Portugal

 

O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém, 29 de setembro de 1402Fez, 5 de junho de 1443) era o oitavo filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração a chegar à idade adulta.
   

Le bien me plaît
Brasão e lema do Infante D. Fernando
   
(...)
   
Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada por um irmão mais velho, o Infante D. Henrique, mas com o voto desfavorável dos outros infantes, Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal e do próprio Rei D. Duarte que, vítima de estranhos pressentimentos, só muito a contragosto consentiu na partida da expedição. O Rei terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o Infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito "Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!"
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte (que morreu vítima da epidemia de peste que contaminou o Reino e ao que parece, de desgosto pelo fracasso da expedição a Tânger e do cativeiro de D. Fernando), o que impediu um desfecho favorável à situação.
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 - acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.
Pesará sempre a lembrança da morte trágica de D. Fernando, e com a maioridade de El-Rei D. Afonso V, seu sobrinho, desejoso de feitos guerreiros contra o Infiel em África, sucedem-se as tentativas de conquista, viradas sempre para Tânger, a fim de o vingar - primeiro em 1458 (acabando por desistir, dada a aparente inexpugnabilidade da cidade, e voltando-se para Alcácer Ceguer), depois nas "correrias" de 1463-1464, enfim a tomada de Arzila em 1471, embora uma vez mais o objetivo fosse Tânger. De resto, após a tomada de Arzila, os mouros de Tânger, sentindo-se desprotegidos (pois eram a única praça muçulmana no meio de terra de cristãos) e abandonados pelo seu chefe (que a troco do reconhecimento, por Afonso V, do título de rei de Fez, concedia ao monarca português o domínio de todo a região a Norte de Arzila, na qual Tânger se encontrava), deixaram a cidade, facto que muito custou ao rei português, por se ver assim impossibilitado de fazer pagar cara a morte de D. Fernando, seu tio.
        
Culto
Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
O seu culto religioso foi aprovado em 1470 e os bolandistas o incluem no rol dos beatos portugueses.
Uma teoria recente sobre os Painéis de São Vicente de Fora defende que os mesmos têm como figura central o próprio Infante Santo, e não S. Vicente, estando o mesmo rodeado pelos seus irmãos e família nos painéis centrais. Este conhecido quadro de Nuno Gonçalves seria assim uma homenagem nacional ao Infante mártir, morto no exílio por defesa do território nacional.
          

sexta-feira, setembro 15, 2023

A Cosa Nostra assassinou o Padre Giuseppe Puglisi há trinta anos...

   
Padre Giuseppe Puglisi, mais conhecido como don Pino Puglisi, pois don com n, em lingua italiana é sinónimo de padre, e Pino quer dizer Zezinho, em gíria (Palermo, 15 de setembro de 1937 - Palermo, 15 de setembro de 1993) foi um sacerdote italiano, assassinado pela máfia pelo seu trabalho de prevenção contra a delinquência e a droga com os jovens.
Em 25 de maio de 2013 foi proclamado bem-aventurado e beatificado pelo Papa Francisco pelo seu compromisso ao Evangelho no uso dessa luta. A cerimónia em Palermo, no parque Foro Italico, foi presidida pelo arcebispo Dom Paolo Romeo, e a carta de beatificação foi lida por Dom Salvatore De Giorgi, delegado do papa.
Foi o primeiro mártir da Igreja Católica por causa da Cosa Nostra.
Foi uma das personagens usadas pelo produtor italiano Roberto Faenza no seu filme "A Luce del Sole", de 2005, mas que segundo consta não era uma personagem amarga e isolada conforme foi aí retratado.
      
 
in Wikipédia

segunda-feira, junho 05, 2023

D. Fernando, dito o Infante Santo, morreu há quinentos e oitenta anos...

 

Pormenor de um dos Painéis de São Vicente de Fora mostrando, possivelmente, o Infante D. Fernando (circa 1450-1470 - por Nuno Gonçalves, atualmente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa)
    
O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém, 29 de setembro de 1402Fez, 5 de junho de 1443) era o oitavo filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração a chegar à idade adulta.
   

Le bien me plaît
Brasão e lema do Infante D. Fernando
 
(...)  
 
Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada por um irmão mais velho, o Infante D. Henrique, mas com o voto desfavorável dos outros infantes, Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal e do próprio Rei D. Duarte que, vítima de estranhos pressentimentos, só muito a contragosto consentiu na partida da expedição. O Rei terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o Infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito "Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!"
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte (que morreu vítima da epidemia de peste que contaminou o Reino e ao que parece, de desgosto pelo fracasso da expedição a Tânger e do cativeiro de D. Fernando), o que impediu um desfecho favorável à situação.
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 - acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.
Pesará sempre a lembrança da morte trágica de D. Fernando, e com a maioridade de El-Rei D. Afonso V, seu sobrinho, desejoso de feitos guerreiros contra o Infiel em África, sucedem-se as tentativas de conquista, viradas sempre para Tânger, a fim de o vingar - primeiro em 1458 (acabando por desistir, dada a aparente inexpugnabilidade da cidade, e voltando-se para Alcácer Ceguer), depois nas "correrias" de 1463-1464, enfim a tomada de Arzila em 1471, embora uma vez mais o objectivo fosse Tânger. De resto, após a tomada de Arzila, os mouros de Tânger, sentindo-se desprotegidos (pois eram a única praça muçulmana no meio de terra de cristãos) e abandonados pelo seu chefe (que a troco do reconhecimento, por Afonso V, do título de rei de Fez, concedia ao monarca português o domínio de todo a região a Norte de Arzila, na qual Tânger se encontrava), deixaram a cidade, facto que muito custou ao rei português, por se ver assim impossibilitado de fazer pagar cara a morte de D. Fernando, seu tio.
     
Culto
Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
O seu culto religioso foi aprovado em 1470 e os bolandistas o incluem no rol dos beatos portugueses.
Uma teoria recente sobre os Painéis de São Vicente de Fora defende que os mesmos têm como figura central o próprio Infante Santo, e não S. Vicente, estando o mesmo rodeado pelos seus irmãos e família nos painéis centrais. Este conhecido quadro de Nuno Gonçalves seria assim uma homenagem nacional ao infante mártir, morto no exílio por defesa do território nacional.
        

terça-feira, maio 30, 2023

Joana d'Arc foi executada na fogueira há 592 anos...

      
Joana d'Arc (Domrémy-la-Pucelle, Lorena, Reino da França, 6 de janeiro de 1412  – Ruão, 30 de maio de 1431), cognominada "A Donzela de Orléans" (em francês: La Pucelle d'Orléans), é uma heroína francesa e santa da Igreja Católica. É a santa padroeira da França e foi uma chefe militar da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses. Foi executada pelos borguinhões em 1431.
Camponesa, modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa e também heroína de seu povo, canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva num auto de fé.
Segundo a escritora Irène Kuhn, Joana d'Arc foi esquecida pela história até ao século XIX, conhecido como o século do nacionalismo, o que pode confirmar as teorias de Ernest Gellner. Irène Kuhn escreveu: Foi apenas no século XIX que a França redescobriu esta personagem trágica.
     

 


terça-feira, abril 25, 2023

Hoje é dia de São Marcos - o evangelista morreu há 1955 anos


 

São Marcos Evangelista (circa 10 a.c. - Alexandria, 25 de abril de 68) é o nome tradicional do autor de um dos Evangelhos. Ele é também um dos Setenta Discípulos e é considerado o fundador da Igreja de Alexandria, uma das principais sedes do cristianismo primitivo.

 
A tradição cristã o identifica com o João Marcos mencionado como companheiro de São Paulo nos Atos dos Apóstolos, e que posteriormente se teria tornado um discípulo de Simão Pedro (São Pedro). Uma tradição anterior, relatada já no século II-III d.C. por Hipólito (obra espúria;"Sobre os Setenta Apóstolos") distingue os dois. De acordo com ele, Marcos, o evangelista, de 2 Timóteo 4:11 é diferente de João Marcos (de Atos 12:12-25, Atos 13:5-13 e Atos 15:37) e Marcos, primo de Barnabé (de Colossenses 4:10 e Filemon 24:1). Todos eles pertenceriam aos "Setenta Discípulos" que foram enviados por Jesus para converter a Judeia com o evangelho (veja-se Lucas 10:1-16).
 
De acordo com Eusébio de Cesareia (Hist. Ecl. II.9.1-4), Herodes Agripa I no seu primeiro de governo sob toda a Judeia (41 d.C.) matou Tiago, filho de Zebedeu, e prendeu Pedro, planeando matá-lo após a Páscoa judaica. Pedro foi salvo milagrosamente por anjos e escapou do reino de Herodes (Atos 12:1-19). Depois de muitas viagens pela Ásia Menor e pela Síria, ele chegou em Roma no segundo ano do imperador Cláudio (42 d.C.). Em algum ponto pelo caminho, Pedro encontrou Marcos, o evangelista, restaurou a sua fé (após ele ter deixado Jesus em João 6:44-66), e tomou-o como companheiro de viagem e intérprete. A pregação de Pedro na cidade teve tanto sucesso que ele foi presenteado pelos habitantes da cidade com uma estátua e, a pedidos da população, Marcos escreveu os sermões de Pedro, compondo assim o Evangelho segundo Marcos (Hist. Ecl. II 15 e 16) antes de partir para Alexandria no terceiro ano de Cláudio (43 d.C.).
Lá, ele fundou a Igreja de Alexandria, cuja sucessão até os dias de hoje é alegada por diversas diferentes denominações, mas principalmente pela Igreja Ortodoxa Copta. Aspetos da liturgia copta podem ser referenciados ao próprio São Marcos. Ele então se tornou o primeiro bispo de Alexandria e tem a honra de ser também o fundador do Cristianismo na África.
Ainda de acordo com Eusébio (Hist. Ecl. II 24.1), o sucessor de Marcos como bispo de Alexandria foi Aniano, no oitavo ano do imperador Nero (62-63 d.C.), provavelmente (mas não certamente) por conta da sua morte. Tradições coptas posteriores dizem que ele foi martirizado em 68 d.C.
A evidência de que o autor do Evangelho que tem o seu nome é Marcos vem de Pápias de Hierápolis, nos fragmentos de sua "Exposição dos oráculos do Senhor".
  
(...)
  
A Igreja Ortodoxa Copta mantém a tradição de que Marcos, o evangelista, foi um dos Setenta Discípulos enviados por Cristo, o que é confirmado pela lista de Hipólito. Porém, a Igreja Copta adotou a tradição que mistura as figuras de Marcos com João Marcos. Ela acredita que foi sim o evangelista que recebeu os discípulos em sua casa após a morte de Jesus, a mesma onde para onde foi o Jesus ressuscitado e onde também o Espírito Santo desceu nos discípulos no Pentecostes. Os coptas ainda defendem que Marcos era um dos servos nas Bodas de Caná, o que despejou a água que Jesus transformou em vinho (João 2:1-11).
Ainda de acordo com a Igreja Copta, São Marcos nasceu em Cirene, na Pentápolis, na antiga Líbia. Esta tradição acrescenta ainda que ele para lá regressou mais tarde, após ter sido enviado por São Paulo para Colossos (Colossenses 4:10 e Filemon 24:1 - passagens que tratam de Marcos, primo de Barnabé) e de ter servido com ele em Roma (2 Timóteo 4:11). Da Pentápolis ele seguiu para Alexandria. Quando Marcos regressou a Alexandria, os pagãos da cidade ficaram ressentidos com os seus esforços para tentar afastar os alexandrinos da religião tradicional helénica. Conta esta tradição que lhe colocaram uma corda à volta de seu pescoço e o arrastaram pelas ruas até estar morto.
  
  in Wikipédia

domingo, março 05, 2023

Rosa Luxemburgo nasceu há 152 anos...

 
   
Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 - Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista polaca e judia, naturalizada alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polónia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).
Em 1914, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1 de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.
Luxemburgo considerou o levantamento espartaquista de janeiro de 1919 em Berlim como um grande erro. Entretanto, ela apoiaria a insurreição que Liebknecht iniciou sem o seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e centenas de seus adeptos foram presos, espancados e assassinados, sem direito a julgamento. Desde as suas mortes, Luxemburgo e Liebknecht atingiram o status de mártires, tanto para marxistas quanto para social-democratas.
  
 
 
(imagem daqui)
     
Epitáfio para Rosa Luxemburgo

Aqui jaz
Rosa Luxemburgo
Judia da Polónia
Vanguarda dos operários alemães
Morta por ordem
Dos opressores. Oprimidos
Enterrai as vossas desavenças! 
   
  
  
Bertold Brecht

quinta-feira, dezembro 29, 2022

São Tomás Becket foi assassinado há 852 anos

Retrato de Becket num vitral da Catedral Anglicana de Cantuária
  
São Thomas Becket, ou Tomás Becket (Londres, 21 de dezembro de 1128 - Cantuária, 29 de dezembro de 1170), foi Arcebispo de Cantuária 1162 a 1170. É venerado como santo e mártir pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana. Envolvido num conflito com o rei Henrique II da Inglaterra pelos direitos e privilégios da Igreja, foi assassinado por seguidores do rei na Catedral de Cantuária.
  

quarta-feira, dezembro 21, 2022

São Thomas Becket nasceu há 894 anos


  

São Thomas Becket ou, simplesmente, Tomás Becket (Londres, 21 de dezembro de 1128 - Cantuária, 29 de dezembro de 1170), foi Arcebispo de Cantuária de 1162 a 1170. É venerado como santo e mártir pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana. Envolvido num conflito com o rei Henrique II da Inglaterra, pelos direitos e privilégios da Igreja, foi assassinado por seguidores do rei na Catedral de Cantuária.

  

terça-feira, dezembro 13, 2022

Hoje é dia de Santa Luzia...

    

Santa Lúcia de Siracusa283 - † 304), mais conhecida simplesmente por Santa Luzia (santa de luz), segundo a tradição da Igreja Católica, foi uma jovem siciliana, nascida numa família rica de Siracusa, venerada pelos católicos como virgem e mártir cristã, que, segundo se conta, morreu por volta de 304 durante as perseguições de Diocleciano.
Na antiguidade cristã, juntamente com Santa Cecília, Santa Águeda e Santa Inês, a veneração a Santa Lúcia foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter vinte templos em Roma nomeados em sua memória.
O episódio da cegueira, ao qual a iconografia a representa, deverá estar ligado ao seu nome Luzia (Lúcia) derivado de lux (= luz), elemento indissolúvel ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui-lhe a função de graça iluminadora.
É assim a padroeira dos oftalmologistas e daqueles que têm problemas de visão.
A sua festa é celebrada simbolicamente a 13 de dezembro, possivelmente doze dias antes do Natal, para indicar ao cristão a necessidade de preparação espiritual e sua iluminação correspondente para essa importante data que se avizinha.

    

O sepultamento de Santa Luzia, Caravaggio

     

 


quinta-feira, setembro 29, 2022

O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo, nasceu há 620 anos

Pormenor de um dos Painéis de São Vicente de Fora mostrando, possivelmente, o Infante D. Fernando (circa 1450-1470 - por Nuno Gonçalves, atualmente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa)
      
O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém, 29 de setembro de 1402Fez, 5 de junho de 1443) era o oitavo filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração a chegar à idade adulta.
   
Le bien me plaît
Brasão e lema do Infante D. Fernando
   
(...)
   
Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada por um irmão mais velho, o Infante D. Henrique, mas com o voto desfavorável dos outros infantes, Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal e do próprio Rei D. Duarte que, vítima de estranhos pressentimentos, só muito a contragosto consentiu na partida da expedição. O Rei terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o Infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito "Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!"
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte (que morreu vítima da epidemia de peste que contaminou o Reino e ao que parece, de desgosto pelo fracasso da expedição a Tânger e do cativeiro de D. Fernando), o que impediu um desfecho favorável à situação.
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 - acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.
Pesará sempre a lembrança da morte trágica de D. Fernando, e com a maioridade de El-Rei D. Afonso V, seu sobrinho, desejoso de feitos guerreiros contra o Infiel em África, sucedem-se as tentativas de conquista, viradas sempre para Tânger, a fim de o vingar - primeiro em 1458 (acabando por desistir, dada a aparente inexpugnabilidade da cidade, e voltando-se para Alcácer Ceguer), depois nas "correrias" de 1463-1464, enfim a tomada de Arzila em 1471, embora uma vez mais o objetivo fosse Tânger. De resto, após a tomada de Arzila, os mouros de Tânger, sentindo-se desprotegidos (pois eram a única praça muçulmana no meio de terra de cristãos) e abandonados pelo seu chefe (que a troco do reconhecimento, por Afonso V, do título de rei de Fez, concedia ao monarca português o domínio de todo a região a Norte de Arzila, na qual Tânger se encontrava), deixaram a cidade, facto que muito custou ao rei português, por se ver assim impossibilitado de fazer pagar cara a morte de D. Fernando, seu tio.
        
Culto
Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
O seu culto religioso foi aprovado em 1470 e os bolandistas o incluem no rol dos beatos portugueses.
Uma teoria recente sobre os Painéis de São Vicente de Fora defende que os mesmos têm como figura central o próprio Infante Santo, e não S. Vicente, estando o mesmo rodeado pelos seus irmãos e família nos painéis centrais. Este conhecido quadro de Nuno Gonçalves seria assim uma homenagem nacional ao Infante mártir, morto no exílio por defesa do território nacional.
          

quinta-feira, setembro 15, 2022

A Cosa Nostra assassinou o Padre Giuseppe Puglisi há 29 anos...

   
Padre Giuseppe Puglisi, mais conhecido como don Pino Puglisi, pois don com n, em lingua italiana é sinónimo de padre, e Pino quer dizer Zezinho, em gíria (Palermo, 15 de setembro de 1937 - Palermo, 15 de setembro de 1993) foi um sacerdote italiano, assassinado pela máfia pelo seu trabalho de prevenção contra a delinquência e a droga com os jovens.
Em 25 de maio de 2013 foi proclamado bem-aventurado e beatificado pelo Papa Francisco pelo seu compromisso ao Evangelho no uso dessa luta. A cerimónia em Palermo, no parque Foro Italico, foi presidida pelo arcebispo Dom Paolo Romeo, e a carta de beatificação foi lida por Dom Salvatore De Giorgi, delegado do papa.
Foi o primeiro mártir da Igreja Católica por causa da Cosa Nostra.
Foi uma das personagens usadas pelo produtor italiano Roberto Faenza no seu filme "A Luce del Sole", de 2005, mas que segundo consta não era uma personagem amarga e isolada conforme foi aí retratado.
    

domingo, junho 05, 2022

D. Fernando, dito o Infante Santo, morreu há 579 anos

Pormenor de um dos Painéis de São Vicente de Fora mostrando, possivelmente, o Infante D. Fernando (circa 1450-1470 - por Nuno Gonçalves, atualmente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa)
    
O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém, 29 de setembro de 1402Fez, 5 de junho de 1443) era o oitavo filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração a chegar à idade adulta.
   
Le bien me plaît
Brasão e lema do Infante D. Fernando
 
(...)  
 
Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada por um irmão mais velho, o Infante D. Henrique, mas com o voto desfavorável dos outros infantes, Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal e do próprio Rei D. Duarte que, vítima de estranhos pressentimentos, só muito a contragosto consentiu na partida da expedição. O Rei terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o Infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito "Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!"
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte (que morreu vítima da epidemia de peste que contaminou o Reino e ao que parece, de desgosto pelo fracasso da expedição a Tânger e do cativeiro de D. Fernando), o que impediu um desfecho favorável à situação.
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 - acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.
Pesará sempre a lembrança da morte trágica de D. Fernando, e com a maioridade de El-Rei D. Afonso V, seu sobrinho, desejoso de feitos guerreiros contra o Infiel em África, sucedem-se as tentativas de conquista, viradas sempre para Tânger, a fim de o vingar - primeiro em 1458 (acabando por desistir, dada a aparente inexpugnabilidade da cidade, e voltando-se para Alcácer Ceguer), depois nas "correrias" de 1463-1464, enfim a tomada de Arzila em 1471, embora uma vez mais o objectivo fosse Tânger. De resto, após a tomada de Arzila, os mouros de Tânger, sentindo-se desprotegidos (pois eram a única praça muçulmana no meio de terra de cristãos) e abandonados pelo seu chefe (que a troco do reconhecimento, por Afonso V, do título de rei de Fez, concedia ao monarca português o domínio de todo a região a Norte de Arzila, na qual Tânger se encontrava), deixaram a cidade, facto que muito custou ao rei português, por se ver assim impossibilitado de fazer pagar cara a morte de D. Fernando, seu tio.
     
Culto
Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
O seu culto religioso foi aprovado em 1470 e os bolandistas o incluem no rol dos beatos portugueses.
Uma teoria recente sobre os Painéis de São Vicente de Fora defende que os mesmos têm como figura central o próprio Infante Santo, e não S. Vicente, estando o mesmo rodeado pelos seus irmãos e família nos painéis centrais. Este conhecido quadro de Nuno Gonçalves seria assim uma homenagem nacional ao infante mártir, morto no exílio por defesa do território nacional.