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domingo, março 17, 2024

Já vão em quatro as erupções do vulcão Grindavik na Islândia...

Nova erupção vulcânica na península de Reykjanes. Islândia declara estado de emergência 

 

Entre as pessoas a quem foi pedido que abandonassem a zona estão os residentes da pequena cidade de Grindavik. Esta é a quarta erupção que decorre na região desde dezembro de 2023.

 


Foi declarado estado de emergência no sul da Islândia devido a uma nova erupção vulcânica na península de Reykjanes, no sudoeste do país, a quarta na região desde 18 de dezembro. A televisão estatal islandesa RÚV está a partilhar imagens em direto da erupção.

 

Segundo a BBC, entre as pessoas a quem foi pedido que abandonassem a zona estão os residentes da pequena cidade de Grindavik, que tem sido gravemente afetada pelas erupções em curso nos últimos meses. A vizinha Lagoa Azul, uma das atrações turísticas mais populares da Islândia, também foi evacuada.

De acordo com a Agência Metereológica da Islândia, a erupção vulcânica entre o monte Hagafell e o monte Stóra Skógfell começou às 20:23, hora local deste sábado, 16 de março. É referida a “rápida formação de uma fissura de 2,9 km de comprimento”, dimensão semelhante à da erupção de 8 de fevereiro de 2024.

A agência divulga que a “fase de alerta pré-eruptiva foi muito curta” e que “o primeiro aviso ao Departamento de Proteção Civil e Gestão de Emergências foi dado às 19:43”, sendo que “o início da erupção foi confirmado pelas câmaras web apenas 40 minutos depois”. Informa-se ainda que a erupção é de “natureza efusiva, pelo que a pluma de erupção é constituída principalmente por vapor e gás”.

Nas redes sociais, começam a surgir vídeos que mostram a erupção a decorrer em direto.

 

 in Observador

 


O vulcão Agung matou milhares de pessoas há sessenta e um anos

    
O Monte Agung (em indonésio: Gunung Adung) é um estratovulcão localizado no leste da ilha de Bali, na Indonésia. É o ponto mais alto da ilha, e possui 3.142 metros de altitude. A sua última grande erupção foi no ano de 1963, quando os fluxos piroclásticos (nuvens ardentes) mataram milhares de pessoas. Durante essa erupção, o Agung expeliu cinza a uma altura de vinte quilómetros, permanecendo ativo por um ano. A lava expelida deslocou-se 7,5 quilómetros, e as cinzas chegaram a Jacarta, a cerca de mil quilómetros de distância.
  
   
  

The eruption of 1963 was one of the largest and most devastating eruptions in Indonesia's history.
On February 18, 1963, local residents heard loud explosions and saw clouds rising from the crater of Mount Agung. On February 24, lava began flowing down the northern slope of the mountain, eventually traveling 7 km in the next 20 days. On March 17, the volcano erupted (VEI 5), sending debris 8 to 10 km into the air and generating massive pyroclastic flows. These flows devastated numerous villages, killing an estimated 1,100–1,500 people. Cold lahars caused by heavy rainfall after the eruption killed an additional 200. A second eruption on May 16 led to pyroclastic flows that killed another 200 inhabitants. Minor eruptions and flows followed and lasted almost a year.
The lava flows missed, sometimes by mere yards, the Mother Temple of Besakih. The saving of the temple is regarded by Balinese as miraculous and a signal from the gods that they wished to demonstrate their power but not destroy the monument that the Balinese had erected.
Andesite was the dominant lava type with some samples mafic enough to be classified as basaltic andesite.
  

domingo, março 10, 2024

O geólogo George Julius Poulett Scrope nasceu há 227 anos

   
George Julius Poulett Scrope (London, 10 March 1797 – Cobham, 19 January 1876) was an English geologist and political economist as well as a magistrate for Stroud in Gloucestershire.
He was the second son of J. Poulett Thompson of Waverley Abbey, Surrey. He was educated at Harrow, and for a short time at Pembroke College, Oxford, but in 1816 he entered St John's College, Cambridge, graduating BA in 1821. Through the influence of Edward Clarke and Adam Sedgwick he became interested in mineralogy and geology.
During the winter of 1816–1817 he was at Naples, and was so keenly interested in Vesuvius that he renewed his studies of the volcano in 1818; and in the following year visited Etna and the Lipari Islands. In 1821 he married the daughter and heiress of William Scrope of Castle Combe, Wiltshire, and assumed her name; and he entered the House of Commons of the United Kingdom in 1833 as MP for Stroud, retaining his seat until 1868.
Meanwhile he began to study the volcanic regions of central France in 1821, and visited the Eifel district in 1823. In 1825 he published Considerations on Volcanos, leading to the establishment of a new theory of the Earth, and in the following year was elected FRS. This earlier work was subsequently amplified and issued under the title of Volcanos (1862); an authoritative text-book of which a second edition was published ten years later.
In 1827 he issued his classic Memoir on the Geology of Central France, including the Volcanic formations of Auvergne, the Velay and the Vivarais, a quarto volume illustrated by maps and plates. The substance of this was reproduced in a revised and somewhat more popular form in The Geology and extinct Volcanos of Central France (1858). These books were the first widely published descriptions of the Chaîne des Puys, a chain of over 70 small volcanoes in the Massif Central.
Scrope was awarded the Wollaston Medal by the Geological Society of London in 1867. Among his other works was the History of the Manor and Ancient Barony of Castle Combe (printed for private circulation, 1852).
He died at Fairlawn near Cobham, Surrey on 19 January 1876.
   
The Eruption of Vesuvius as seen from Naples, October 1822 - historical drawing from George Julius Poulett Scrope
  

sábado, março 09, 2024

Também há recordes geológicos...!

Vulcão islandês bate novo recorde mundial de velocidade do magma

 

 

Numa questão de semanas, a região à volta de Grindavik, na Islândia, passou de uma atividade sísmica regular para três erupções vulcânicas - a última ocorreu no dia 8 de fevereiro.

A cidade foi evacuada em novembro passado, quando os tremores de terra aumentaram em número e intensidade.

Os cientistas puderam constatar que se estava a formar um enorme dique magmático no subsolo e as novas análises, publicadas na revista Science, mostram quão poderosas podem ser as forças subterrâneas.

Estima-se que o dique magmático tenha um comprimento de 15 quilómetros, rachando o solo debaixo da cidade, ameaçando a famosa Lagoa Azul — um SPA geotérmico ao ar livre e um importante destino turístico.

O dique magmático foi visto a alongar-se e a subir e os investigadores estabeleceram agora o fluxo de magma para o dique magmático. Não foi apenas rápido, chamam-lhe: ultrarrápido.

Assim, calcularam que a taxa de fluxo era de 7400 metros cúbicos por segundo, o que equivale a três piscinas olímpicas por segundo.

Segundo o IFL Science, é uma taxa de fluxo incrível e, certamente, que não estava lá recentemente.

Desde 2021, houve três erupções na Península de Reykjanes, onde Grindavik está localizada. A taxa de fluxo de magma para estes fenómenos foi 30 vezes menor do que o que foi testemunhado desta vez.

Desde a primeira erupção, em dezembro passado, que os cientistas temiam que o novo sistema vulcânico fosse maior do que os três anteriores juntos - e está a provar-se que tinham razão.

A erupção de janeiro atingiu Grindavik e a nova erupção do vulcão Fagradalsfjall começou às 05.30 do dia 8 de fevereiro, num local semelhante ao da erupção de 18 de dezembro, mas mais afastado de Grindavik.

Foram observadas fontes de lava com 50 a 80 metros de altura e uma pluma (coluna de cinzas, gases e fragmentos de rocha) que atingiu uma altitude de 3 quilómetros.

O Gabinete Meteorológico da Islândia comunicou a formação de quedas de tefra na cidade - um material espumoso que se forma quando a lava arrefece rapidamente. A atividade da erupção é moderada e é comparada com o que se viu em dezembro.

“Uma pluma escura e conspícua ergue-se de uma parte da fissura eruptiva. Isto deve-se provavelmente à interação do magma com as águas subterrâneas, o que resulta numa ligeira atividade explosiva em que a pluma branca de vapor se mistura com a pluma vulcânica escura”, explicou a equipa da OMI.

“Parece que a tefra não se afasta muito da fissura eruptiva neste momento. A pluma vulcânica está dispersa em direção a sudoeste”, conclui.

 

in ZAP

sexta-feira, março 01, 2024

O Parque Nacional de Yellowstone foi criado há 152 anos

  

O Parque Nacional de Yellowstone é um parque nacional norte-americano localizado nos estados de Wyoming, Montana e Idaho. É o mais antigo parque nacional no mundo. Foi inaugurado a 1 de março de 1872 e cobre uma área de 8.980 km², estando a maior parte dele no condado de Park, no noroeste do Wyoming. O parque é famoso por ter, entre outras atrações, os seus geiseres, as suas fontes termais e pela sua variedade de vida selvagem, na qual se incluem ursos mansos, lobos, bisontes, alces e outros animais. É o centro do grande ecossistema de Yellowstone, que é um dos maiores ecossistemas de clima temperado ainda restantes no planeta. O geiser mais famoso do mundo, denominado Old Faithful, encontra-se neste parque. A cidade mais próxima do parque Yellowstone é Billings, Montana.
Muito antes de haver presença humana em Yellowstone, uma grande erupção vulcânica ejetou um volume imenso de cinza vulcânica que cobriu todo o oeste dos Estados Unidos, a maioria do centro-oeste, o norte do México e algumas áreas da costa leste do Oceano Pacífico. Esta erupção foi muito maior que a famosa erupção do Monte Santa Helena, em 1980, e deixou uma enorme caldeira vulcânica (70 km por 30 km) assentada sobre uma câmara magmática. Yellowstone registou três grandes eventos eruptivos nos últimos 2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640.000 anos. Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas na Terra durante esse período de tempo, provocando alterações no clima nos períodos posteriores à sua ocorrência.

  

  
in Wikipédia

quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Há coisas muito estranhas perto de vulcões ativos...

Sim, este lago em forma de coração é real – mas tem uma história mortal

 

 

 

Pode parecer o cenário de um filme ou uma imagem concebida no Photoshop, mas o Spirit Lake é bem real.

Trata-se de um lago em forma de coração, mas com uma história muito pouco romântica a si associada.

Recuando no tempo… o Spirit Lake nem sempre teve o aspeto que atualmente é possível observar nas imagens de satélite.

O lago costumava ser mais parecido com a metade superior de um coração, com os braços leste e oeste apenas estritamente ligados, de acordo com o IFL Science.

O Spirit Lake foi também, em tempos, um destino turístico popular, repleto de nadadores, marinheiros e pescadores que se alojavam nas cabanas e pousas ao seu redor.

Tudo isso mudou com a erupção mortal do Monte St. Helens, que se situa a sudoeste do lago, que ocorreu no dia 18 de maio de 1980.

A erupção levou a um aumento da superfície do lado em cerca de 60 metros e o consequente deslizamento de detritos forçou as suas águas para terras próximas.

Com o tempo e gradualmente, a água voltou a fluir por cima dos detritos, tornando-se um lago mais largo, mais raso e em forma de coração - tal que pode ser visto atualmente.

Para além da sua “anatomia” alterada, o Spirit Lake alberga um tapete de troncos flutuantes arrancados pela erupção e que servem de lembrança do que aconteceu há mais de quatro décadas.

Longe vão os dias em que as águas do lago estavam cheias de turistas, uma vez que agora o acesso é limitado, sendo que a pesca e a natação são estritamente proibidas - embora exista um miradouro que está aberto quando as condições meteorológicas o permitem.

Atualmente, o Spirit Lake está a ser preservado como um laboratório natural para estudar a recuperação de paisagens depois das erupções vulcânicas, sendo o seu tapete de troncos intacto de particular interesse para os investigadores.

“Mais lagos teriam tapetes de troncos, mas muitas vezes os troncos são retirados para recreio e extração de madeira”, disse Jim Gawel, engenheiro ambiental, que estuda o lago.

“Gostaríamos de saber se existem outros lagos no mundo com um grande número de troncos flutuantes para comparar com o Spirit Lake“, concluí.

 

in ZAP

domingo, fevereiro 11, 2024

Mais uma variante de uma teoria da origem da vida na Terra...

Relâmpagos resultantes de erupções vulcânicas podem ter estado na origem da vida na Terra

 

 

 
Uma série de relâmpagos resultantes de erupções vulcânicas, nos primórdios do planeta, podem ter provocado vida na Terra, ao fornecerem o nitrogénio fundamental.
 
Um novo estudo a rochas vulcânicas, publicado esta segunda-feira na PNAS, detetou grandes quantidades de compostos de azoto que terão sido formados por relâmpagos vulcânicos.
O cientistas sugerem que tal fenómeno poderá ter fornecido o nitrogénio necessário para a evolução das primeiras formas de vida.
Como explica a New Scientist, o nitrogénio é um componente essencial dos aminoácidos que são encadeados para fazer as proteínas das quais a vida depende.

Apesar da abundância de nitrogénio, na atmosfera, as plantas não conseguem dar-lhe utilidade, ao contrário do que acontece, por exemplo, com o dióxido de carbono. Em vez disso, as plantas obtêm grande parte do seu azoto através bactérias que são capazes de “fixar” o gás, convertendo-o em compostos de azoto.

Contudo, uma vez que as bactérias capazes de fixar nitrogénio não existiam, quando a vida surgiu pela primeira vez, é provável que, naquele período, tenha havido uma fonte não biológica de nitrogénio.

   

A teoria do “relâmpago vulcânico”

Em 1950, a icónica experiência de Miller-Urey já tinha mostrado que os relâmpagos na atmosfera primitiva da Terra poderiam ter produzido compostos de nitrogénio, incluindo aminoácidos.

Agora, os investigadores “de 2024” teorizam que os relâmpagos resultantes das erupções vulcânicas poderão ter sido uma das fontes de vida.

Rochas vulcânicas recolhidas no Peru, Turquia e Itália surpreenderam pelas grandes quantidades de nitratos, nalgumas camadas.

Apesar de uma análise isotópica dos fragmentos ter revelado que os nitratos eram de origem atmosférica e não vulcânica, o líder da investigação acha que as quantidades eram demasiado grandes para terem sido criadas por relâmpagos durante tempestades.

“Foi a quantidade que realmente surpreendeu. É realmente massiva. Há muitos relâmpagos quando há erupções vulcânicas massivas”, explica Slimane Bekki, investigador da Universidade Sorbonne, de Paris. “Olhando para as diferentes possibilidades, a mais provável é a de um relâmpago vulcânico“.

   
in ZAP

sábado, fevereiro 10, 2024

Terceira erupção do vulcão Grindavik na Islândia...!

Vulcão na Islândia volta a entrar em erupção e deixa população sem água quente e aquecimento

 


 

Uma nova erupção vulcânica na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, deixou a população sem água quente e aquecimento e obrigou a evacuar um famoso spa termal do país.

O vulcão na península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, voltou a entrar em erupção esta quinta-feira, pela terceira vez desde dezembro, e já causou estragos. 

Uma estrada desapareceu e um rio de lava engoliu uma conduta de água, deixando a população da região sem água quente e aquecimento.

A primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, já admitiu que a situação está a evoluir mais rápido do que se esperava, garantindo que estão a ser tomadas medidas para assegurar a segurança da população

Mas o fenómeno é de grande imprevisibilidade, tal como atesta o vulcanólogo Dave McGarvie.

"Houve algumas erupções no mar, ao largo da península, mas em terra não aconteceu nada durante quase 800 anos. E durante esse tempo, o resto da Islândia experienciou provavelmente 150, 200 erupções. Por isso, naturalmente, as pessoas pensaram que esta área era bastante segura e começaram a construir", refere o cientista especialista em vulcões.

Para já a quantidade de cinzas expelidas não é suficiente para ameaçar o tráfego aéreo na Islândia e na Europa. No entanto, a erupção já obrigou ao encerramento da Lagoa Azul, um spa termal conhecido como um dos destinos turísticos mais famosos da Islândia e que fica a cerca de quatro quilómetros do vulcão.

A última vez que o vulcão entrou em erupção, a lava chegou à portas da cidade piscatória de Grindavik, incendiando mesmo algumas casas, e obrigando à retirada de quatro mil pessoas da região. Até agora não puderam voltar e não há previsão de quando isso poderá acontecer.

 

in Euronews

sexta-feira, fevereiro 09, 2024

Mais um estudo sobre a fronteira KTB e a sua extinção

Novo estudo iliba o asteroide: foram os vulcões que assassinaram os dinossauros

 

 

 

Afinal, o mítico asteroide Chicxulub, que ganhou a fama de ter dizimado os dinossauros não-avianos, pode estar inocente. Foram os vulcões, aponta uma nova análise computacional de dados.

Um novo estudo em geologia computacional sugere que foram erupções vulcânicas massivas, e não um impacto de asteroide, as responsáveis pelo evento de extinção em massa que ocorreu há 66 milhões de anos.

O evento levou à extinção dos dinossauros não-avianos e de quase três quartos de toda a vida na Terra, dando por terminado o período Cretácico.

Recentemente, as geólogas computacionais Laura Mydlarz, da Universidade do Texas, e Erinn M. Muller, do Mote Marine Laboratory, nos EUA, usaram um modelo estatístico chamado Método de Monte Carlo em Cadeias de Markov para realizar uma análise computacional de dados - e identificar as causas deste evento.

O estudo, que foi publicado esta quinta-feira revista Science, analisou sistematicamente a probabilidade de diferentes cenários de emissão de gases, convergindo gradualmente para soluções prováveis que coincidissem com os dados geológicos.

Os investigadores usaram 128 processadores para executar múltiplos cenários simultaneamente, usando dados de núcleos de sedimentos do fundo do mar de há 67 a 65 milhões de anos para calibrar o modelo.

Estes núcleos contêm microorganismos conhecidos como foraminíferos, cujas conchas fornecem pistas sobre a composição química do oceano e, portanto, sobre as temperaturas globais da época.

De acordo com as simulações computacionais, as massivas emissões de gases das erupções vulcânicas de Deccan Traps, na atual Índia ocidental, foram suficientes para explicar as mudanças de temperatura e nos ciclos de carbono determinadas a partir dos dados de foraminíferos.

Estas erupções expeliram grandes volumes de dióxido de carbono, que aquece o planeta, e dióxido de enxofre, que acidifica os oceanos.

Por outro lado, o estudo concluiu que o impacto do asteroide, que formou a cratera Chicxulub no atual México, provavelmente não produziu quantidades significativas destes gases - pelo que é pouco provável que tenha sido a causa do evento de extinção em massa.

No entanto, o estudo enfrenta ceticismo de alguns cientistas, que argumentam que os modelos de computador são tão bons quanto os dados em que se baseiam.

“As conchas de foraminíferos não são indicadores ideais para temperaturas antigas”, realça Sierra Petersen, geoquímica da Universidade de Michigan, citada pela Science News.

Também Clay Tabor, paleoclimatologista da Universidade do Connecticut, alerta que o estudo não capturou as rápidas mudanças ambientais potencialmente causadas pelo impacto do asteroide, como nuvens massivas de fuligem e poeira que poderiam ter levado a um inverno catastrófico.

Embora a investigação lance uma nova perspetiva no longo debate cobre as causas do evento de extinção em massa que nos privou dos dinossauros, não resolve a questão de forma definitiva.

E a dúvida persiste. Afinal quem é o culpado?

 

in ZAP

quinta-feira, fevereiro 01, 2024

Hoje é dia de recordar uma erupção histórica no Pico...!

(imagem daqui)
  
Santa Luzia é uma freguesia portuguesa do concelho de São Roque do Pico, com 30,69 km² de área e 422 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 13,8 hab/km². Localiza-se a uma latitude 38.55 (38°33') Norte e a uma longitude 28.4 (28°24') Oeste, estando a uma altitude de 118 metros.
Esta localidade foi em 1617 elevada à categoria de freguesia, sob a invocação de Santa Luzia, tendo-se na altura construído uma ermida que durante 101 anos, até 1718, guardou a imagem da referida santa.
No dia de 1 de fevereiro de 1718 iniciou-se uma crise sísmica e eruptiva que destruiu praticamente tudo o que era construção humana e cobriu a terra com uma espessa camada de lava que se estendeu em grande largura e por uma extensão de nove quilómetros até ao mar, destruindo o templo então ali existente, datado de 1617 e dedicado à evocação da referida Santa Luzia. 
     

    

Lava encordoada na Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da ilha do Pico, lajido de Santa Luzia

   

Os Mistérios de Santa Luzia são uma localidade da Freguesia de Santa Luzia, Concelho de São Roque do Pico, ilha do Pico, arquipélago dos Açores.

Na origem desta local estiveram duas erupções vulcânicas, uma ocorrida no século XVI e uma outra nos princípios do século XVIII, mais precisamente em 1718. Esta última erupção teve grande violência, tendo procedido à expulsão de grandes quantidades de lava, cujas escoadas de lava, em alguns casos, chegaram a percorrer distâncias de nove quilómetros até atingirem o mar entre o Porto do Cachorro e o Lajido.

Estes campos de lava negra, tem sido ao longo dos séculos locais de cultivo de vinha, de cujos vinhos de elevadas qualidades se destaca o Verdelho

 


in Wikipédia

domingo, janeiro 14, 2024

Nova erupção na Islândia...

Vulcão entra em erupção na Islândia deixando cidade piscatória em risco

Atividade sísmica na Islândia tem aumentado nos últimos meses, deixando as autoridades em alerta. “Não há vidas em perigo”, garante Presidente do país.

 

Erupção de vulcão na Islândia

 
Um vulcão entrou em erupção no sudoeste da Islândia, neste domingo, representando uma ameaça imediata para uma pequena cidade piscatória próxima, Grindavik, apesar de ter sido evacuada mais cedo e de não haver pessoas em perigo, segundo as autoridades locais. 

As imagens de vídeo registadas ao início da manhã no local mostram fontes de rocha derretida a jorrar de fissuras no solo, com o fluxo de lava cor de laranja brilhante a contrastar com o céu cada vez mais escuro com o passar das horas. "Não há vidas em perigo, embora as infra-estruturas possam estar ameaçadas", declarou o Presidente da Islândia, Gudni Johannesson, na rede social X, acrescentando que não houve interrupções nos voos. 

A erupção começou na madrugada de domingo a norte da cidade de Grindavik, que no dia anterior tinha sido evacuada pela segunda vez num mês devido ao receio de que estivesse iminente uma erupção no meio de uma vaga de atividade sísmica naquela região. As autoridades têm vindo a construir barreiras de terra e rocha nas últimas semanas para tentar impedir que a lava chegue a Grindavik, cerca de 40 quilómetros a sudoeste da capital Reiquiavique, mas a última erupção parece ter penetrado nas defesas da cidade.

"De acordo com as primeiras imagens do voo de vigilância da Guarda Costeira, abriu-se uma fissura em ambos os lados das defesas que começaram a ser construídas a norte de Grindavík", declarou o Gabinete Meteorológico Islandês (IMO). A lava estava a fluir em direcção à cidade e tinha chegado a uma distância estimada de apenas 450 metros.

Com base nos modelos de fluxo, a lava poderá demorar algumas horas a chegar a Grindavik se continuar a fluir em direção à cidade, disse um porta-voz da OMI à estação pública RUV.

 

Atividade vulcânica
Foi a segunda erupção vulcânica na península de Reiquiavique, no sudoeste da Islândia, em menos de um mês e a quinta erupção desde 2021. No mês passado, uma erupção começou no sistema vulcânico Svartsengi a 8 de Dezembro, após a evacuação completa dos 4.000 residentes de Grindavik e o fechamento do spa geotérmico Blue Lagoon, um ponto turístico popular naquela região.

Segundo as autoridades locais, mais de 100 residentes de Grindavik tinham regressado nas últimas semanas, antes da nova ordem de evacuação de sábado. Situada entre as placas tectónicas euro-asiática e norte-americana, duas das maiores do planeta, a Islândia é um ponto quente sísmico e vulcânico, uma vez que as duas placas se movem em direções opostas.

Em 2010, as nuvens de cinzas resultantes das erupções do vulcão Eyafjallajokull, no sul da Islândia, espalharam-se por grande parte da Europa, paralisando cerca de 100 000 voos e obrigando centenas de islandeses a evacuar as suas casas.


in Público

terça-feira, dezembro 19, 2023

Começou ontem a erupção do vulcão Grindavik na Islândia...!

 

   

Diques de seis metros para conter a força da lava: como a Islândia preparou defesas para o vulcão Grindavik

 

As imagens da erupção do vulcão Grindavik, na Islândia, têm impressionado em todo o mundo, depois de intensa atividade sísmica, sentida na região, a península de Reykjanes, a sul de Reiquiavique, no inicio de novembro. Apesar do cenário aterrador, e da preocupação levantada com diversas populações, as autoridades admitem que estavam preparadas para este cenário. Uma das soluções encontradas foi a construção de barreiras para travar o avanço da lava do Grindavik.

“A questão não era se iria explodir. A questão era quando, diz Ármann Höskuldsson, vulcanologista da Universidade da Islândia, citado pelo El Confidencial. O quando foi esta segunda-feira à noite, com o vulcão a expelir uma quantidade de lava suficiente para encher uma piscina olímpica a cada 13 segundos (100 a 200 metros cúbicos de lava por segundo).

A preparação foi feita ao longo dos últimos meses. Para além das medidas ‘tradicionais’ de evacuação das populações e formação destas para situações de emergência, a Islândia encetou a construção de diques de contenção com cerca de seis a oito metros de altura e vários quilómetros de comprimento, de forma a conter a lava e impedi-la de chegar a infraestruturas, como a central energética próxima, e casas.

“As fortificações defensivas que recentemente começamos a construir terão um impacto significativo ao lidar com a erupção vulcânica”, disse a primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir.

O país está, aliás, habituado a lidar com este tipo de problema, tendo trinta e três sistemas vulcânicos considerados ativos, a região mais vulcânica da Europa.

A erupção mais significativa aconteceu em 2010, quando o vulcão Eyjafjallajokull causou enormes nuvens de cinza que durante dias afetaram o ar e os voos em toda o continente.

Depois da atividade sísmica de novembro, vila mais próxima, com 4 mil habitantes, foi logo evacuada, esperando-se erupção, mas até já estavam a ser feitos pedidos para as famílias poderem regressar a casa no Natal. Vieram a concretizar-se as previsões.

Foi depois declarado o estado de emergência, e lançados avisos da proteção civil para a população, pedindo a evacuação de Grindavík, pela estrada junto à costa “para sair da cidade”.

Já no início do ano, a Proteção Civil tinha apresentado o plano para a construção das ‘barragens’ para lava com até quatro quilómetros de comprimento e entre seis a oito de largura, em forma curva, desenhadas para proteger concentrações populacionais e infraestruturas essenciais.

A ideia não é “parar” realmente a lava (a força da Natureza não o permite), explica o geólogo Mendez Chazarra ao mesmo jornal, mas sim “desviá-la para outros locais”.

Outras tentativas, como a construção de enormes buracos, como trincheiras, não resultaram: a lava continua a o seu caminho.

O projeto começou a ser pensado logo em 2021, com a erupção do Fagradalsfjall, criado por uma equipa de especialistas de várias universidades, da Proteção Civil, engenheiros e elementos do Instituto Meteorológico e Geológico local, que estudaram cenários de futuras erupções, apurando quais as que poderiam ser mais prováveis de sofrer uma erupção, e atualizando a localização das potenciais barragens a construir, com os dados apurados.

O plano, portanto, tem um horizonte a longo-prazo. “As recomendações dos cientistas indicam para um período prolongado de terramotos e erupções vulcânicas em Reykjanes, e as barragens não serão apenas construídas para o cenário que estamos agora a ver, mas seriam sim construídas para parte de todos os cenários que foram propostos. Pensamos no longo prazo”, disse Víðir Reynisson, diretor de Segurança Pública da Polícia Nacional,

Vários vulcanólogos islandeses apontam que “foi bom a instalação destas defesas” e que “com ‘sorte’ se demonstrarão úteis”.

Fica no entanto o dilema de para onde ‘desviar’ o fluxo de lava. Dependendo do tempo que a erupção durar, a prioridade para as autoridades islandesas é proteger a Central Elétrica de Svartsengi e a zona da Blue Lagoon (Lagoa Azul), uma dos pontos turísticos mais visitados do país.

No entanto, nem todas as construções do ambicioso projeto estão já concluídas. O período, de apenas 45 dias, revelou-se curto, e estavam os trabalhadores no local quando a erupção começou. No entanto, segundo comunicado oficial “não estiveram em perigo e saíram da zona em segurança”.

Espera-se agora, com ansiedade para ver os diques de desvio de lava em ação e ver se os que já estão concluídos cumprem o seu efeito, numa altura em que as autoridades islandesas já indicaram que “a potência da erupção está a diminuir com o tempo, bem como a sismicidade”.

 

in Executive Digest

segunda-feira, dezembro 04, 2023

Notícia interessante sobre vulcanismo em Marte...

Marte, um planeta morto? Cientistas descobriram que está geologicamente mais ‘vivo’ do que se pensava

 

Marte, um planeta morto? Cientistas descobriram que está geologicamente mais ‘vivo’ do que se pensava

 

Investigadores identificaram uma zona com quatro mil quilómetros de diâmetro, do tamanho de toda a Europa, que possui atividade vulcânica

Marte é frequentemente descrito como um planeta ‘morto’, por se pensar que está desprovido de atividade geológica há milhares de milhões de anos, mas um artigo publicado na revista científica “Nature Astronomy” aponta que o vulcanismo pode estar bem mais ‘vivo’ do que se julgava.

Os autores do estudo, Adrien Broquet e Jeff Andrews-Hanna, investigadores do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, encontraram provas geofísicas de uma pluma ativa no manto do planeta vermelho.

“Ter uma pluma ativa no manto de Marte é uma mudança de paradigma para a nossa compreensão da evolução geológica do planeta”, enaltece Adrien Broquet.

Em geologia, as plumas são grandes bolhas de rocha quente e flutuantes que se erguem das profundezas de um planeta, atravessam o manto e atingem a crosta. Este fenómeno é responsável por provocar terramotos, falhas geológicas e erupções vulcânicas.

A missão InSight, da NASA, já tinha detetado atividade sísmica em Marte, quando captou registos de dezenas de terramotos numa planície marciana conhecida como Elysium Planitia, uma região onde grandes erupções vulcânicas terão ocorrido ao longo dos últimos 200 milhões de anos.

E foi precisamente na Elysium Planitia que os cientistas descobriram, no subsolo marciano, uma zona com 4 mil quilómetros de diâmetro, do tamanho de toda a Europa e que possui atualmente atividade vulcânica.

Essa pluma gigantesca ativa no manto do planeta vermelho é suficiente para afetar uma área equivalente ao território dos Estados Unidos.

As novas provas geofísicas mostram que, nessa planície marciana, uma erupção vulcânica terá ocorrido há apenas 53 mil anos, o que em termos geológicos é bastante recente.

O vulcanismo está intrinsecamente ligado ao surgimento da vida, uma vez que os movimentos das placas tectónicas moldam a superfície de um planeta e criam um interior dinâmico, o que origina erupções vulcânicas e atividade sísmica.

Esses processos podem derreter gelos de água em Marte e causar inundações na superfície, desencadeando reações químicas que permitam sustentar vida no subsolo. “Os micróbios na Terra florescem em ambientes assim, e isso também pode ser verdade em Marte”, observa Andrews-Hanna.

 

in MSN Notícias

sexta-feira, dezembro 01, 2023

O vulcanismo ativo da Islândia e as surpresas que ele nos dá...

O mistério por trás da não-erupção do vulcão na Islândia

 

As autoridades da Islândia estão em estado de alerta há mais de um mês por causa de uma possível e quase certa erupção vulcânica.

A questão é que, até o momento, não se tem certeza de onde exatamente a lava será expelida, do impacto de destruição e nem do porquê de tanta demora, o que aumenta a aflição da população local.

Todo o mistério por trás da não-erupção, até ao momento, do vulcão da Islândia começou no dia 25 de outubro, quando milhares de terramotos foram registados na cidade de Grindavík, no sudoeste do país. São cerca de 80 km de distância da capital Reykjavik.

Com a escalada do movimento sísmico e a abertura de fendas na crosta terrestre, no dia 10 de novembro, os moradores que estavam em áreas de risco em Grindavík foram evacuados - a cidade abrigava cerca de 3 mil pessoas. Além disso, há risco de que a erupção atinja uma importante central geotérmica local, a Svartsengi.

 

Risco de erupção na Islândia

Na última atualização divulgada na segunda-feira (27) pelo Gabinete de Meteorologia da Islândia (IMO), as autoridades consideravam que a erupção é “considerada provável”, enquanto o fluxo de magma continuar.

A questão é que “os dados sísmicos e de deformação sugerem que o magma continua a acumular-se abaixo da [central] Svartsengi”, afirma o IMO. Neste cenário, a avaliação é que a erupção ocorra em algum lugar entre Hagafell e Sýlingarfell, dois pontos próximos da cidade islandesa.

Em paralelo, o número de terramotos está a diminuir. “A atividade sísmica tem estado relativamente estável nos últimos dias, com uma taxa diária de cerca de 500 terramotos”, pontua o gabinete.

Esta poderia ser uma boa notícia para os moradores locais, mas não é. Antes de uma erupção, é possível que ocorra uma redução nas atividades sísmicas, como ocorreu nas erupções anteriores do Fagradalsfjall — é o principal vulcão da região, mas não deve ser ele a entrar em erupção desta vez.

 

Onde começará a erupção?

Se olharmos para as últimas erupções do país, como as de 2021 e de 2022, todas ocorreram a partir do Fagradalsfjall. Inclusive, chegou-se a cogitar que este vulcão fosse o foco da possível erupção, mas este não parece ser mais o caso. Segundo os especialistas, o que deve ocorrer é uma erupção fissural, também conhecida como fissura vulcânica.

Basicamente, a lava será expelida a partir de fissuras no solo, criadas pela pressão do magma no seu caminho para a superfície, enquanto causa ruturas na crosta. Então, a lava é vazada pelas fissuras, o que implica baixa atividade explosiva na maioria das vezes. Por isso, só é possível estimar a área da possível erupção, mas não o local exato, já que não se trata de um vulcão tradicional.

 

Acompanhar o vulcão

Para monitorizar a situação, os vulcanologistas usam diferentes instrumentos que medem as mudanças no solo conforme o magma se desloca. Inclusive, adaptaram um cabo de comunicação de fibra ótica para detetar terramotos em tempo real. Os cientistas também instalaram sensores de gás para detetar dióxido de enxofre e outros gases que emergem do magma. Dessa forma, esperam evitar mais danos provocados pelo vulcão.

 

in ZAP

terça-feira, novembro 21, 2023

Pode estar a começar uma nova erupção vulcânica na Islândia...!

   
Grindavík
é uma pequena cidade piscatória na península de Reykjanes, localizada na costa sudoeste da Islândia. Pertence ao município de Grindavíkurbær, na região de Suðurnes

É uma das poucas cidades com porto na sua costa. A maioria dos seus 3.666 habitantes vivem da indústria da pesca. 

Nesta cidade nasceu um escritor islandês famoso: Guðbergur Bergsson. Há um centro esotérico na cidade. UMFG é o clube desportivo da cidade.

Está geminada com as cidades portuguesas de Ílhavo e Abrantes

Uma das maiores atrações turísticas da cidade (e também da Islândia) é a Lagoa Azul. Com suas águas quentes e vaporosas, recebe mais de 10.000 turistas por ano e é uma das maiores riquezas industriais da cidade.

 Abalos sísmicos e ameaça vulcânica em novembro de 2023

Em 10 de novembro de 2023, a cidade foi evacuada por precaução, devido a preocupações com a possibilidade crescente de uma erupção vulcânica na zona. Esta medida foi tomada depois de a península de Reykjanes ter sido repetidamente abalada por centenas de sismos e de o centro da atividade sísmica se ter deslocado em direção a Grindavík. Entretanto, foi descoberto um dique de magma subterrâneo, que também se estende até à cidade.
  

segunda-feira, novembro 13, 2023

Hoje é dia de recordar o início da agonia de uma menina chamada Omayra Sánchez...

Uma erupção do vulcão Nevado del Ruiz matou vinte e três mil pessoas em Armero há 38 anos...

Lahars que cobrem a cidade de Armero
   
A Tragédia de Armero foi uma das maiores consequências da erupção do estratovulcão Nevado del Ruiz, em Tolima, Colômbia, a 13 de novembro de 1985. Depois de 69 anos de repouso, a erupção do vulcão apanhou as cidades próximas desprevenidas, mesmo tendo o governo recebido advertências de diversos Observatórios Vulcanológicos para evacuar a área, quando a atividade vulcânica foi detectada, em setembro de 1985.
   
Quando o fluxo piroclástico irrompeu da cratera vulcânica, derretendo os glaciares da montanha e enviando quatro enormes lahars (deslizamentos de terra vulcânica) montanha abaixo, a uma velocidade de 60 km/h. Os lahars aumentaram a sua velocidade nos barrancos, dirigindo-se para os seis principais rios na base do vulcão, envolvendo a cidade de Armero e matando mais de 20.000 pessoas, de um total de 29.000 habitantes. As perdas noutras cidades, em particular Chinchiná, trouxeram o número total de mortos para cerca de 23 mil. Filmagens e fotografias de Omayra Sánchez, uma jovem vítima da tragédia foram publicadas ao redor do mundo. Outras fotografias dos lahars e do impacto do desastre chamaram a atenção mundial, abrindo uma controvérsia sobre o grau de responsabilidade do governo colombiano pelo desastre. Um cartaz no funeral em massa, em Ibagué, dizia; O vulcão não matou 22.000 pessoas. Foi o governo que as matou.
Os esforços de socorro foram dificultados pela composição da lama, o que tornava quase impossível andar pela região sem ficar preso. quando os socorristas chegaram a Armero cerca de 12 horas depois da erupção, muitas das vítimas com ferimentos graves já estavam mortas. Os trabalhadores ficaram horrorizados com a paisagem de árvores caídas, corpos humanos desfigurados e pilhas de escombros de casas inteiras. Essa foi o segundo maior desastre vulcânico do século XX, atrás apenas da erupção do Monte Pelée, em 1902, o quarto evento vulcânico desde o século XVI em número de mortos. O evento foi uma catástrofe previsível, agravada pelo desconhecimento da população da história destrutiva do vulcão. Geólogos e outros especialistas tinham alertado as autoridades e meios de comunicação sobre o perigo ao longo das semanas e dias que antecederam a erupção e mapas de risco foram preparados para a zona, porém foram mal distribuídos. No dia da erupção, foram feitas várias tentativas de evacuação, mas uma forte tempestade restringiu as comunicações. Diversas vítimas ficaram em suas casas, como haviam sido instruídas, acreditando que a erupção tinha terminado. O barulho da tempestade pode ter impedido muitos de ouvir os sons do vulcão até que fosse tarde demais.
   
Armero, após a tragédia
 
O Nevado del Ruiz entrou em erupção diversas vezes desde o desastre e continua a ameaçar 500.000 pessoas que vivem próximas, em Combeima, Chinchina, Coello-Toche e nos vales do rio Guali. Um lahar (ou um conjunto de lahars) similares em tamanho aos do evento de 1985 poderiam atingir  até 100 km do vulcão e podem ser espoletados por uma erupção menor. Para conter essa ameaça, o governo colombiano estabeleceu um escritório especializado na monitorização das ameaças naturais. O Serviço Geológico dos Estados Unidos também criaram o Programa de Assistência aos Desastres de Vulcão e a Equipa de Assistência a Crises Vulcânicas evacuou cerca de 75.000 pessoas da área em redor do Monte Pinatubo antes da erupção de 1991. Em 1988, três anos após a erupção, o Dr. Stanley Williams da Universidade do Estado da Luisiana declarou que, "Com a possível exceção do Monte Santa Helena no estado de Washington, nenhum outro vulcão no Hemisfério Ocidental é vigiado de forma tão elaborada como o Nevado del Ruiz". Diversas das cidades colombianas possuem programas de monitorização de catástrofes naturais, desenvolvendo planos para salvar vidas em situações extremas. Próximo do Nevado del Ruiz em particular, os habitantes locais tornaram-se cautelosos com a atividade vulcânica: quando o vulcão entrou em erupção em 1989, mais de 2.300 pessoas que viviam ao redor foram evacuadas.
   
Nevado del Ruiz visto do espaço - a calota de gelo do cume e glaciares cercam a escura cratera Arenas
   
 
As zonas mais afetadas pela erupção do Nevado del Ruiz

Armero é o nome de uma antiga cidade da Colômbia, no departamento de Tolima, sepultada devido à erupção do vulcão Nevado del Ruiz, nos Andes, que deu origem a um lahar que transportou lama e rochas que, nalguns locais, chegou a formar uma camada com 104 metros de espessura. Isto sucedeu na manhã do dia 13 de novembro de 1985.
Provocou a morte da quase totalidade da população e os poucos sobreviventes fugiram antes do acidente, vivendo hoje em cidades próximas. O resto, cerca de 23.000 pessoas, jaz debaixo das ruínas, tal como sucedeu em Pompeia e Herculano. O mais triste é que a população da cidade podia ter sido avisada, na noite anterior, do perigo, mas o presidente da câmara, não querendo assustar as pessoas, não o fez e deu-se a tragédia.
   

Omaira Sanchez
Esta adolescente da cidade de Armero, de 13 anos, que caiu no meio das lamas e nos escombros, agonizou durante 60 horas e morreu vítima de gangrena gasosa, converteu-se no símbolo mundial de uma das piores tragédias ocasionada por um vulcão no século XX; durante o tempo que sobreviveu falou com jornalistas e enviou, constantemente, uma mensagem de fé e esperança. As suas fotos e filmes correram o mundo inteiro.
 

quinta-feira, novembro 09, 2023

Notícia sobre os melhores amigos das mulheres...

Cientistas descobrem como os diamantes chegam à superfície (e onde os podemos encontrar)

 

 

“Um diamante é para sempre.” Este slogan icónico, cunhado para uma campanha publicitária altamente bem-sucedida na década de 40, vendeu estas pedras como um símbolo de compromisso eterno e unidade.

Mas uma nova pesquisa publicada na Nature, sugere que os diamantes também podem ser um sinal de separação – das placas tectónicas da Terra, isto é. E pode até dar pistas sobre onde é melhor procurá-los.

Os diamantes, sendo as pedras naturais mais duras, requerem pressões e temperaturas intensas para se formarem. Essas condições são alcançadas apenas profundamente na Terra. Então, como é que eles chegam até à superfície?

Os diamantes são transportados em rochas fundidas, ou magmas, chamados quimberlitos. Até agora, não sabíamos que processo fazia com que os quimberlitos disparassem repentinamente através da crosta terrestre, após milhões, ou mesmo milhares de milhões, de anos escondidos sob os continentes.

  

A maioria dos geólogos concorda que as erupções explosivas que libertam diamantes acontecem em sincronia com o ciclo de supercontinentes: um padrão recorrente de formação e fragmentação de massas de terra que tem definido milhares de milhões de anos da história da Terra.

No entanto, os mecanismos exatos subjacentes a esta relação são debatidos. Surgiram duas teorias principais.

Uma propõe que os magmas quimberlíticos exploram as “feridas” criadas quando a crosta terrestre é esticada ou quando as placas tectónicas se separam. A outra teoria envolve plumas mantélicas, que são colossais ascensões de rocha fundida a partir da fronteira entre o núcleo e o manto, localizadas a cerca de 2900 km de profundidade.

Ambas as ideias, no entanto, não estão isentas de problemas. Em primeiro lugar, a parte principal da placa tectónica, conhecida como litosfera, é incrivelmente forte e estável. Isto dificulta a penetração das fraturas, que permitem que o magma escoe.

Além disso, muitos quimberlitos não têm os “sabores” químicos que esperaríamos encontrar em rochas derivadas de plumas mantélicas.

Em contraste, pensa-se que a formação de quimberlitos envolve graus extremamente baixos de fusão de rochas mantélicas, muitas vezes menos de 1%. Então, é necessário outro mecanismo. O novo estudo oferece uma possível resolução para este enigma de longa data.

Os autores usaram análises estatísticas, com a ajuda da inteligência artificial (IA) – para examinar forensemente a ligação entre a separação continental e o vulcanismo quimberlítico. Os resultados globais mostraram que as erupções da maioria dos vulcões qimberlíticos ocorreram entre 20 e 30 milhões de anos após a separação tectónica dos continentes da Terra.

Além disso, o estudo regional que visou o os três continentes onde estão a maioria dos quimberlitos – África, América do Sul e América do Norte – apoiou esta descoberta e acrescentou uma grande pista: as erupções de quimberlitos tendem a migrar gradualmente das extremidades continentais para os interiores ao longo do tempo, a uma taxa que é uniforme nos continentes.

Isso levanta a questão: que processo geológico poderia explicar estes padrões? Para responder a essa questão, os cientistas usaram vários modelos de computador para capturar o comportamento complexo dos continentes.

 

Efeito dominó

Os autores sugerem que um efeito dominó pode explicar como a separação dos continentes acaba por levar à formação de magma quimberlítico. Durante a separação, uma pequena região da raiz continental – áreas de rocha espessa localizadas sob alguns continentes – é perturbada e afunda no manto subjacente.

Aqui, há um afundamento de material mais frio e a ascensão do manto quente, causando um processo chamado convecção orientada pelo limite. Os modelos mostram que essa convecção desencadeia padrões de fluxo semelhantes que migram sob o continente próximo.

Os modelos mostram que, enquanto varrem ao longo da raiz continental, estes fluxos disruptivos removem uma quantidade substancial de rocha, com dezenas de quilómetros de espessura, da base da placa continental.

Vários outros resultados dos modelos de computador mostram que este processo pode reunir os ingredientes necessários nas quantidades certas para provocar apenas a fusão suficiente para gerar quimberlitos ricos em gás. Uma vez formados, e com grande flutuabilidade fornecida pelo dióxido de carbono e água, o magma pode subir rapidamente à superfície.

 

Encontrar novos depósitos de diamantes

Este modelo não contradiz a associação espacial entre quimberlitos e plumas mantélicas. Pelo contrário, a separação das placas tectónicas pode ou não resultar do aquecimento, afinamento e enfraquecimento da placa causados pelas plumas.

No entanto, a pesquisa mostra claramente que os padrões espaciais, temporais e químicos observados na maioria das regiões ricas em kimberlitos não podem ser adequadamente explicados apenas pela presença de plumas.

Os processos que desencadeiam as erupções que trazem diamantes à superfície parecem ser altamente sistemáticos. Eles começam nos limites dos continentes e migram para o interior a uma taxa relativamente uniforme.

Essa informação pode ser usada para identificar os possíveis locais e momentos de erupções vulcânicas passadas ligadas a este processo, dando pistas que poderiam permitir a descoberta de depósitos de diamantes e outros elementos raros necessários para a transição para as energias verdes.

 

in ZAP

terça-feira, outubro 10, 2023

Há 62 anos, uma forte erupção provocou a evacuação da ilha mais remota do mundo...

   

Em agosto e setembro de 1961 a ilha de Tristão da Cunha teve a única erupção histórica desde que a ilha começou a ser habitada, no século XIX.

Assim, em 10 de outubro de 1961 os seus habitantes decidiram abandonar a sua ilha (mais exatamente a sua única localidade, Edimburgo dos Sete Mares, assim chamada em homenagem ao Duque de Edimburgo, o príncipe Alfredo, segundo filho da Rainha Victoria, que visitou a ilha em 1867), partindo nos barcos pesqueiros até serem recolhido por um barco que ia buscar alunos para o Reino Unido e que acabou por levar os cerca de 300 habitantes para a Cidade do Cabo (e daqui foram levados para o Reino Unido).

Depois da erupção terminar, em 1962, o governo do Reino Unido não queria que eles regressassem, mas os insulares resolveram voltar e recomeçar a sua vida na ilha, após votação democrática, em 1963.

Hoje tem uma população de cerca de 251 cidadãos britânicos, orgulhosos de viveram na ilha mais inacessível da Terra (nisto rivalizam com Pitcairn, pois não têm aeroporto e/ou televisão - e a ilha ou cidade mais próximas são a ilha de Santa Helena, 2.420 km a norte, e estão a 2.800 km da Cidade do Cabo, a leste).

Vivem agora na única ilha habitada do arquipélago cerca de oitenta famílias, que se dedicam à pesca, agricultura e venda dos selos da ilha, num estilo de vida único...
     

 





Selos comemorativos da erupção e evacuação de dos habitantes de Tristão da Cunha em outubro de 1961