sábado, agosto 09, 2008

Texto no DN sobre o fantástico PC português Magalhães

Embora raramente aprecie as opiniões deste senhor, desta vez parece que acertou, com poucos exageros, na mouche:


O 'MAGALHÃES'

João Miranda
investigador em biotecnologia
jmirandadn@gmail.com


O choque tecnológico está a chegar às escolas portuguesas. Os alunos portugueses vão ter direito ao Magalhães, um computador produzido pela Intel e subsidiado pelo Governo português. Os governantes acreditam que se juntarmos boa tecnologia (concebida nos Estados Unidos, produzida no Extremo Oriente e embalada em Portugal) a maus alunos, más escolas e maus professores vamos obter génios da física e da matemática.

Alguém anda a confundir as causas com as consequências. A tecnologia não produz físicos e matemáticos. Os físicos e os matemáticos é que produzem tecnologia. Os alunos portugueses têm hoje acesso a computadores baratos porque alguns dos melhores alunos americanos andaram durante décadas a estudar Física e Matemática. A tecnologia é o resultado de bons alunos. Não são os bons alunos que resultam da tecnologia.

E, de qualquer das formas, é um pouco tarde. Bill Gates e Paul Allen (fundadores da Microsoft) começaram a fazer experiências com computadores (inventados por engenheiros, físicos e matemáticos americanos) em 1968, quando um computador era uma raridade. Ao fazê-lo adquiriram uma vantagem comparativa e conseguiram 40 anos de avanço sobre os actuais alunos portugueses. Bill Gates e Paul Allen aprenderam a programar computadores quando eles não tinham programas pré-instalados nem interfaces gráficas. Para usar computadores foram forçados a programá-los. Quarenta anos depois, os alunos portugueses vão ter a oportunidade de utilizar os programas e as interfaces gráficas entretanto criadas por Bill Gates e Paul Allen. Não vão aprender a programar. Vão aprender a usar o rato para clicar em "janelas" e menus.

O Plano Tecnológico aplicado à educação não passa de pensamento mágico. A história de Bill Gates e Paul Allen sugere que a inovação não resulta da massificação de um produto de consumo. No caso da Microsoft, a inovação (essencialmente comercial) resultou do trabalho de um número reduzido de indivíduos dedicados e com acesso a uma tecnologia rara mas com grande potencial de crescimento.

in DN on-line - ler texto de opinião

Geologia no Verão em Moncorvo

O nosso Blog divulga e recomenda as seguintes actividades da Ciência Viva no Verão:

Entre os dias 26 de Agosto e 4 de Setembro de 2008, estão previstas várias acções em redor da geologia do concelho de Torre de Moncorvo, promovidas pela associação do Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo, em colaboração com o Museu do Ferro, e no âmbito do programa Ciência Viva/Geologia de Verão 2008.

Aqui fica o Cartaz:


NOTA: Recebemos o seguinte comentário, que agradecemos (é bom saber que a comunidade geológica portuguesa lê este Blog...):

O nosso agradecimento a Adelaide Martins e aos Geopedrados, pela divulgação das actividades do PARM e do Museu do Ferro, de Torre de Moncorvo.

A Exposição sobre Minas Transmontanas, já inaugurada, com numeroso público, estará patente até ao dia 21 de Setembro.

O encontro dos antigos mineiros da Ferrominas esteve também muito concorrida, com cerca de uma centena de antigos trabalhadores, que além de verem o Museu e a Exposição, visionaram um apresentação com centenas de fotografias antigas, dos anos 50 e 60 do séc. XX, recordando velhos tempos.

Apelamos a todos os interessados para que se inscrevam nas acções previstas para o concelho de Torre de Moncorvo, no âmbito do Ciência Viva, assim como gostávamos que não perdessem a conferência do Professor Fernando Noronha, no dia 23 de Agosto.

Contamos convosco, pois esta é uma bela ocasião para uma viagenzita até Trás-os-Montes, em fim de férias, pois as praias nessa altura já estão a ficar frias.

Abraço a todos e Obrigado!

A Direcção do PARM.

Palestra - Jazigos de Ferro Portugueses


Recebemos a informação e pedido de divulgação, via GEOPOR, que, no dia 23 de Agosto de 2008, está agendada uma Palestra, no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, sobre Jazigos de Ferro Portugueses, pelo Prof. Doutor Fernando Noronha (da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto).

É de louvar a realização destas actividades fora do círculo habitual das grandes cidades, até porque o sector mineiro português começa a estar em ebulição...

sexta-feira, agosto 08, 2008

Exposição "Escombros - Minas transmontanas"

Via mailing-list da GEOPOR:


É já amanhã, Sábado, dia 9 de Agosto, pelas 16.00 horas, que será inaugurada a Exposição de fotografia (a P&b), intitulada "Escombros – Minas transmontanas", de autoria de José Luís Gonçalves, e que terá lugar no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo.


No dia seguinte, dia 10 de Agosto (domingo), o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, promove ainda um Encontro dos antigos trabalhadores da ex-Ferrominas, a empresa mineira de explorou as minas de ferro de Moncorvo, entre 1951 e 1986. Por volta de 1992 esta empresa foi extinta e integrada na EDM (Empresa de Desenvolvimento Mineiro), a actual proprietária do depósito mineral de Moncorvo. O Museu do Ferro elaborou uma base de dados dos trabalhadores da Ferrominas, com cerca de 1300 registos, a qual será igualmente apresentada no dia deste Encontro.

Estes eventos revestem-se de especial interesse num momento em que o sector mineiro parece começar a agitar-se, com a retoma de prospecções em algumas minas trasmontanas, e quando sabemos que desde final do ano passado se encontram autorizadas novas prospecções nas minas de Moncorvo.
pectativa de uma nova “febre do ouro”, Portelo e Coelhoso no concelho de Bragança, e as famosas minas de Ferro de Torre de Moncorvo. Aí se exploraram diversos minerais, desde o volfrâmio, ouro, chumbo, chelite ou ferro.

Perante os problemas ambientais e sanitários de algumas dessas minas, a EDM (Empresa de Desenvolvimento Mineiro), uma das patrocinadoras desta iniciativa, encetou trabalhos de recuperação ambiental em várias minas transmontanas, entre as quais, algumas das que figuram nesta mostra. Assim, tendo, inclusivamente, já mudado a paisagem de algumas destas minas, podemos considerar que o olhar fotográfico de José Luís Gonçalves, como trabalho datado, se reveste também de alguma historicidade.

José Luís Gonçalves, o autor desta exposição, nasceu no Porto, em 1985, tendo passado a maior parte da sua vida em Bragança, onde concluiu o ensino secundário. Em 2003 ingressou na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, onde se licenciou em Design e Multimédia. Trabalha presentemente em Coimbra, na área de comunicação e multimédia.

Para saber mais sobre o autor, ver: http://imaginart.blogspot.com/

Aproveitando o contexto desta Exposição, o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, apresentará uma base de dados sobre Minas de Trás-os-Montes e Alto Douro, disponível no Centro de Documentação do Museu. Esta base foi elaborada pelo Museu do Ferro, com base em informação recolhida em diversas fontes, sobretudo do ex-IGM.


Já no dia seguinte, dia 10 de Agosto (domingo), o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, promove ainda um Encontro dos Antigos Trabalhadores da ex-Ferrominas, a empresa mineira de explorou as minas de ferro de Moncorvo, entre 1951 e 1986. Por volta de 1992 esta empresa foi extinta e integrada na EDM (Empresa de Desenvolvimento Mineiro), a actual proprietária do depósito mineral de Moncorvo. O Museu do Ferro elaborou uma base de dados dos trabalhadores da Ferrominas, com cerca de 1.300 registos, a qual será igualmente apresentada no dia deste Encontro.

Estes eventos revestem-se de especial interesse num momento em que o sector mineiro parece começar a agitar-se, com a retoma de prospecções em algumas minas trasmontanas, e quando sabemos que desde final do ano passado se encontram autorizadas novas prospecções nas minas de Moncorvo.

Os saldos by Antero

Grande campanha

Cartoon do Antero - Blog Anteróide: http://antero.wordpress.com/

Magallanes - humor do Antero

Momento cultural

Megalhões e migalinhos

Cartoons do Antero - Blog Anteróide: http://antero.wordpress.com/

Olimpíadas de Pequim, 2008

Só falta uma Leni Riefenstahl para se poder comparar estas Olimpíadas às de Berlim, em 1936. Uma vergonha e uma lástima...

Esperemos que a nossa delegação traga medalhas e se porte à altura, não pactuando com a vergonhosa política em termos de Direitos Humanos da grande potência que é a República Popular da China...


Sismo nos Açores


Ontem, dia 6 de Agosto de 2008, às 14.05 horas locais (UTC), ocorreu a noroeste do Faial um sismo com magnitude 3,8 na escala de Richter, sentido com intensidade IV (escala de Mercalli modificada) em Cedros. O hipocentro foi a uma profundidade de 9 quilómetros.

Fontes: IM e CVARG.

quarta-feira, agosto 06, 2008

Nunca mais...

Faz hoje 63 anos que uma pequena bomba nuclear - Little Boy - destruiu a cidade de Hiroshima...


Ney Matogrosso - Rosa de Hiroshima


A rosa de Hiroxima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexactas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioactiva
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atómica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Poema de Vinícius de Moraes

segunda-feira, agosto 04, 2008

Biologia no Verão - Noite dos Morcegos

No site da Ciência Viva da Biologia no Verão 2008 há, relativa à Noite dos Morcegos (que inclui a Noite Europeia dos Morcegos, referida em post anterior) do Centro Ciência Viva do Alviela, nos Olhos de Água do Alviela, estes dois cartazes:



DATAS DA ACTIVIDADE AINDA DISPONÍVEIS
  • 08 de Agosto
  • 09 de Agosto
  • 15 de Agosto
  • 16 de Agosto
  • 22 de Agosto
  • 23 de Agosto
  • 29 de Agosto
  • 30 de Agosto
HORÁRIO

Esta actividade inicia-se sempre às 19.30 horas.


DESCRIÇÃO

Sabia que os morcegos comem cerca de metade do seu peso em insectos por noite? E que formam colónias de 1000 a 2000 indivíduos por metro quadrado? Observe em directo a vida dos morcegos cavernícolas através de câmaras e acompanhe ao vivo a saída destas espécies para caçar. Com o apoio de técnicos especializados, descubra mais algumas curiosidades sobre morcegos e saiba quais as espécies presentes no Alviela.


LINK para os Cartazes em tamanho grande: 1 e 2

Viagem ao Centro da Terra - Filme 3D

Do Blog De Rerum Natura publicamos o seguinte post, do Doutor Carlos Fiolhais (o cientista português que tem o artigo científico mais citado em todo o mundo, segundo o Público):



Já está nos cinemas de todo o planeta (em breve também nos cinemas portugueses) uma nova versão do clássico de Júlio Verne de 1864 "Viagem ao Centro da Terra". Desta vez a novidade é o facto de ser um filme de acção com actores reais que pode ser visto em 3D (em Portugal há vários cinemas equipados para projecção 3D digital). O 3D já não é novo no grande ecrã, mas a tecnologia tanto da projecção de imagens como dos óculos melhorou a tal ponto que Hollywood promete para breve mais filmes do mesmo género.

O guião do filme de Eric Brevig, apesar de tomar as suas liberdades, é largamente inspirado no livro de Verne. No original era um cientista alemão que, com o seu sobrinho, entrava no interior da Terra na Islândia. Agora trata-se de um geólogo americano (Brendan Fraser), a história passa-se nos tempos de hoje - que faz o mesmo com o seu sobrinho (Josh Hutcherson). Em vez de um guia islandês, agora há uma guia islandesa (Anita Briem, uma jovem actriz da mesma nacionalidade) que, no fim, e como era fácil prever, se apaixona pelo cientista.

Boa parte da trama de Verne está lá, incluindo o grande oceano subterrâneo, o "mundo perdido" à la Conan Doyle com dinossauros e tudo, a jangada apanhada por uma tempestade e até a saída pela boca de um vulcão italiano. Vê-se já deste resumo que há muito mais ficção do que ciência (há grandes erros, como o trecho completamente delirante das pedras magnéticas que flutuam!), mas, de vez em quando, lá vêm uns apontamentos interessantes de geologia.

O filme é de acção, muita acção, o que lhe traz e vai trazer muito público juvenil. Parece que existe um parque de diversões no interior da Terra. A cena louca dos comboios mineiros faz lembrar o Indiana Jones. Os efeitos 3D aumentam a emoção por exemplo quando trazem para perto do espectador as mandíbulas do Tiranossaurus Rex ou a boca de uma feroz planta carnívora. Para os adultos, é um filme para levar os sobrinhos ou os filhos (a sala de cinema não é o interior da Terra mas também faz escuro), para além claro de mostrar a "novidade" do 3D. Mas é apenas um filme de férias e não se lhe peça mais do que isso...

O que fazer com os óleos alimentares?

Post adaptado a partir de outro post do Blog Dino_Geológico:


Pela primeira vez, vai passar a existir em Portugal, uma resposta de âmbito nacional para o destino dos óleos alimentares usados. A partir de dia 15 de Julho, a AMI lança ao público este projecto que conta já com a participação de milhares de restaurantes, hotéis, cantinas, escolas, Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais.

A AMI dá com este projecto continuidade à sua aposta no sector do ambiente, como forma de actuar preventivamente sobre a degradação ambiental e sobre as alterações climáticas, responsáveis pelo aumento das catástrofes humanitárias e pela morte de 13 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Os cidadãos que queiram entregar os óleos alimentares usados, poderão fazê-lo a partir de agora. Para tal, poderão fazer a entrega numa garrafa fechada, dirigindo-se a um dos restaurantes aderentes, que se encontram identificados e cuja listagem poderá ser consultada no site www.ami.org.pt.

Os estabelecimentos que pretendam aderir, recebendo recipientes próprios para a deposição dos óleos alimentares usados, deverão telefonar (gratuitamente) para o número 800 299 300.

Este novo projecto ambiental da AMI permitirá evitar a contaminação das águas residuais, que acontece quando o resíduo é despejado na rede pública de esgotos, e a deposição do óleo em aterro. Os óleos alimentares usados poderão assim ser transformados em biodiesel, fornecendo uma alternativa ecológica aos combustíveis fósseis, e contribuindo desta forma para reduzir as emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE). Ao contrário do que por vezes acontece com o biodiesel de produção agrícola, esta forma de produção não implica a desflorestação nem a afectação de terrenos, nem concorre com o mercado da alimentação.

São produzidos todos os anos em Portugal, 120 milhões de litros de óleos alimentares usados, quantidade suficiente para fabricar 170 milhões de litros de biodiesel. Este valor corresponde ao gasóleo produzido com 60 milhões de litros de petróleo, ou seja, o equivalente a cerca de 0,5% do total das importações anuais portuguesas deste combustível fóssil. A AMI dá assim a sua contribuição para favorecer a independência energética do país, conseguindo atingir este objectivo de forma sustentável e com uma visão de longo prazo, não comprometendo outros recursos igualmente fundamentais para o desenvolvimento da sociedade e para o bem-estar da população.

Segundo a União Europeia, o futuro do sector energético deverá passar pela redução de 20% das emissões de GEE até 2020, assim como por uma meta de 20% para a utilização de energias renováveis. Refere ainda uma aposta clara na utilização dos biocombustíveis, que deverão representar no mínimo 10% dos combustíveis utilizados.

A UE determina ainda que os Estados-Membros deverão assegurar a incorporação de 5,75% de biocombustíveis em toda a gasolina e gasóleo utilizados nos transportes até final de 2010 e o Governo anunciou, em Janeiro de 2007, uma meta de 10% de incorporação de biocombustíveis na gasolina e gasóleo, para 2010.

As receitas angariadas pela AMI com a valorização dos óleos alimentares usados serão aplicadas no financiamento das Equipas de Rua que fazem acompanhamento social e psicológico aos sem-abrigo, visando a melhoria da sua qualidade de vida.


Fundação AMI
Rua José do Patrocínio, 49
1949-008 Lisboa

Telefone: 218 362 100 | Fax: 218 362 199

E-Mail: reciclagem@ami.org.pt

Internet: www.ami.org.pt

Listagem das instituições que recebem os óleos

Mestrado em Ciências da Terra - Universidade de Coimbra


O Mestrado em Ciências da Terra foi estruturado, em particular, para os professores de Biologia e Geologia do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

O plano de estudos abrange muitos dos conteúdos dos programas das disciplinas de Ciências da Natureza, de Biologia e Geologia e de Geologia, bem como duas disciplinas de Seminário que facultam as bases para o trabalho de investigação em Ensino das Ciências da Terra.

O Mestrado em Ciências da Terra, com um total de 120 ECTS, tem uma duração mínima de 4 semestres e é dirigido aos professores que pretendam fazer formação ao longo da vida, que se traduza num grau académico, no âmbito das Ciências da Terra.

PLANO DE ESTUDOS DO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA TERRA

1.º ANO/ 1.º SEMESTRE
  • Actividades Práticas em Geociências (*)
  • Epistemologia das Geociências (*)
  • Geohistória de Portugal
  • Seminário I
  • Sistemas Terrestres (*)
  • Terra no Espaço (*)

1.º ANO/ 2.º SEMESTRE
  • Comunicação em Geociências
  • Geociências e Saúde (*)
  • Geodiversidade e Geoconservação (*)
  • Gestão Sustentável de Recursos (*)
  • Riscos Geológicos e Ordenamento do Território (*)
  • Seminário II

2.º ANO
  • Dissertação em Ciências da Terra
(*) Unidades curriculares opcionais (3 por semestre)


As candidaturas ao Mestrado devem ser feitas no sítio web da FCTUC

Fases de candidatura para o ano lectivo de 2008/2009:
30 de Abril a 18 de Maio, 2 de Julho a 4 de Agosto e 22 a 30 de Setembro

Coordenadora do Mestrado: Celeste Romualdo Gomes (E−mail: romualdo@dct.uc.pt)

Plano de Estudos: AQUI

Noite Europeia dos Morcegos 2008

Da mailing-list da Ciência Viva recebemos a seguinte informação:


No dia 30 de Agosto, entre as 19.30 e as 20.00 horas, o Centro Ciência Viva do Alviela comemora a Noite Europeia dos Morcegos.

Imagens de morcegos captadas em directo por câmaras de visão nocturna instaladas no sistema de grutas do Complexo das Nascentes dos Olhos de Água e uma palestra dada por especialistas vão ser transmitidas em directo pelo CvTv e pelo site e-bats - Morcegos on line.


Esta iniciativa insere-se no âmbito da Ciência Viva no Verão. Participe!

ASTROFESTA 2008

Via Blog AstroLeiria:



Nos próximos dias 8, 9 e 10 de Agosto decorre em Serpa (na ALDEIA NOVA DE S. BENTO) a 15ª edição da Astrofesta, um encontro nacional que reúne astrónomos amadores e profissionais para troca de experiências.

Palestras, observações astronómicas diurnas e nocturnas e workshops de astronomia são algumas das actividades em que poderá participar.

Este evento é organizado pelo Museu de Ciência da Universidade de Lisboa e pela Associação Rota do Guadiana e tem o apoio da Ciência Viva.

Eu, que já participei activamente numa (na 7ª Astrofesta, em Esposende, no ano de 2000) e estive na organização de outra (na 8ª Astrofesta, em S. Pedro de Moel - Marinha Grande, no ano de 2001) recomendo vivamente esta actividade...


Ficha de Inscrição (zipada) - AQUI

Página Oficial - AQUI

Para informações sobre alojamento e alimentação contacte
lojaciencia@museus.ul.pt

Música dos anos oitenta para Geopedrados

Heróis do Mar - Brava Dança dos Heróis




Oh grande tribo, nasces do cio
De bélicas Deusas à beira rio
Brava Dança dos Heróis
Sagras a vida quando guerreias
À luz macia das luas cheias
Brava Dança dos Heróis

Dos fracos não reza a história
Cantemos alta nossa vitória

Corpos caídos na selva ardente
A terra fértil do sangue quente
Brava Dança dos Heróis
Dos feitos a glória há de perdurar
Mesmo se a morte nos apagar
Brava Dança dos Heróis

Dos fracos não reza a história
Cantemos alta nossa vitória

domingo, agosto 03, 2008

Saudades de Coimbra - discoteca States

Para os apreciadores da discoteca States, onde muitos de nós, nos anos 80, fomos bons clientes, aqui fica uma pérola:


PS - Se houver por aqui clientes da Scotch interessados em alguma música é só dizerem... Já agora, não coloquei a letra da música por causa dos nossos leitores mais impressionáveis.

Governo faz propaganda e obriga os professores e realizar o trabalho logístico e operacional

Do Blog ProfAvaliação, de Ramiro Marques, publicamos o seguinte post:


A propósito das sessões contínuas de propaganda centradas nas escolas, de que são exemplos, a entrega de 500 mil portáteis e de 115 mil livros, dos prémios de 500 euros ao melhor aluno dos cursos científicos e humanísticos e ao melhor aluno dos cursos profissionais e a realização, no dia 12 de Setembro, em todas as escolas, do Dia do Diploma, recebi este comentário que merece ser lido:


É de facto lamentável que:
  • alunos com fome se continuem a sentar diariamente nas nossas salas de aula (desde o 1º ciclo ao secundário);
  • alunos sem posses tenham que ir para a escola sem material escolar;
  • sejam os professores que durante esta legislatura tem sido maltratados, insultados, privados de progredir e cuja carreira foi aniquilada, se vejam obrigados a ajudar os alunos com efectivas carências que o ME ignora;
  • se usem as verbas retiradas a esses mesmos professores, através de um ECD, concurso de Titulares e novas regras para a Aposentação, para se adquirirem 500 mil computadores e 115 mil livros, pondo desta forma em marcha a propaganda para as próximas legislativas.

Agora, exigir a esses mesmos professores que tenham o trabalho logístico de “distribuir os livros”, organizar os fantástico eventos do “dia do diploma” e da atribuição dos “500 Euros ao melhor aluno dos cursos científico-humanísticos e ao melhor aluno dos cursos profissionais ou tecnológicos “, coagindo-os a pactuar nessa vergonhosa propaganda, é demais!

M. José

Saudades de Coimbra - discoteca ETC

Para quem ficava até ao fim, na antiga Discoteca ETC, esta canção significava muito...



Woke up this morning
Singing an old, old Beatles song
We’re not that strong, my lord
You know we ain’t that strong
I hear my voice among others
In the break of day
Hey, brothers
Say, brothers
It’s a long, long, long, long… way

Os óio da cobra verde
Hoje foi que arreparei
Se arreparasse há mais tempo
Não amava quem amei

It’s a long, long, long, long… way

Arrenego de quem diz
Que o nosso amor se acabou
Ele agora está mais firme
Do que quando começou

It’s a long road, it’s a long, long, long, long…
It’s a long road, it’s a long and widing road…
Long and widing… road
It’s a long road, it’s a long, long, long, long…

A água com areia brinca na beira do mar
A água passa e a areia fica no lugar

It’s a hard… hard, long way

E se não tivesse o amor
E se não tivesse essa dor
E se não tivesse sofrer
E se não tivesse chorar
E se não tivesse o amor

No Abaeté tem uma lagoa escura
Arrodeada de areia branca…

Woke up this morning…

PS - Dedico este post aos nossos leitores que partilharam uma época maravilhosa em Coimbra (fantásticos anos oitenta...) e se lembram com saudade do ETC, em particular para a minha mana velha...

AAC - apresentação da equipa

A nossa Académica (a do futebol profissional - AAC/OAF) fez recentemente a apresentação da sua/nossa equipa deste ano. Na sequência do facto de este mês ser de eclipses, este Blog associa-se ao evento mostrando um postal alusivo à época transacta que a Briosa fez questão de fazer...



PS - Não haverá por aí um leitor caridoso que me explique o significado deste postal...?

;:)

Explorando virtualmente as Berlengas


Na sequência do post (musical) anterior, uma pista através de um site sobre uma visita virtual ao Reino Encantado das Berlengas:

Lista pesoal musical de um geopedrado...!

Ora adivinhem lá de quem é esta lista de músicas...?


Façam o Trabalho de Casa...

Do Blog A Educação do meu Umbigo, de Paulo Guinote, publicamos o seguinte post:

Eu sei que é Agosto, que muita gente acha que a manifestação de 8 de Março e o Memorando de Entendimento foram os momentos marcantes do ano e que agora chegará fazer uns comunicados e umas declarações mais ou menos inflamadas, assim como umas reuniões para o «acompanhamento» do processo e que não há muito mais que se possa apresentar como serviço.
Discordo e, não duvidando da existência de quem faz mais do que isso com toda a dedicação e empenho pela causa dos docentes, eu proporia que quem tem como missão exclusiva tratar desses assuntos perdesse umas horas ou dias a calcular o que o ME poupou em matéria de congelamento da progressão das carreiras dos professores e com o sistema de quotas na progressão para titular.
A seguir fazer as contas exactas de quanto o ME vai, efectivamente, gastar com as acções de propaganda a desenvolver no início do próximo ano lectivo. Porque a distribuição de livros será coisa para meio milhão de euros, quanto muito. Assim como os prémios de mérito. E perceber quantos computadores vão ser mesmo oferecidos e o que isso representa em investimento, não a preço de mercado, mas a preço de custo.
Obtidos esses números, compará-los uns com os outros e perceber se quem anda a pagar os brilharetes do senhor engenheiro e da tríade ministerial da 5 de Outubro não será a bolsa dos professores.
E depois trabalhar para fazer passar essa mensagem, com firmeza, mas com com calma e sem a estridência do costume. Fazer passar o argumento e a sua demonstração e não os slogans que só convence mos convencidos e satisfaz os do costume. E guardem lá as vigílias e os batuques que servem bastante para conviver mas cada vez tendem mais a valer zero para a opinião pública.
Esse é que seria um trabalhinho bem feito para apresentar no início de Setembro.
Não se acanhem. Eu tentarei fazer a minha parte. Mas faltam-me os recursos, humanos e técnicos, que as estruturas sindicais ainda têm.
Deixem estar que ainda sobra tempo para apresentarem um bom bronzeado na chamada rentrée.

Interlúdio musical para Geopedrados

Delfins - Nasce Selvagem




Mais do que a um país
que a uma família ou geração
Mais do que a uma passado
Que a uma história ou tradição
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
Mais do que a um patrão
A uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não és de ninguém

Vive selvagem
E para ti serás alguém
Nesta viagem

Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém

Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
De ninguém

Evolução e Criacionismo - uma relação impossível

Do Blog Lusodinos, do Doutor Octávio Mateus, publicamos, pela sua pertinência, actualidade e sugestão de livro para férias, o seguinte post:

Acabei por nunca fazer um post sobre um livro em que participei.
Aproveito parte do texto do site da Ciência Hoje e aqui vai:



Livro «Evolução e Criacionismo - uma relação impossível»

Editor: Quasi Edições
Colecção: dragões do éden
ISBN: 9789895523078
Ano de Edição/ Reimpressão: 2007
N.º de Páginas: 448
Encadernação: Capa mole
Dimensões: 16 x 23,5 x 3,5 cm

Os autores do livro - Augusta Gaspar, Teresa Avelar, Octávio Mateus e Frederico Almada - explicam a sua razão de ser no seguinte texto: «Porquê, no início do século XXI, um livro em Portugal sobre a aceitação da evolução? Não é a Evolução já suficientemente conhecida, uma realidade que dá unidade às ciências biológicas? Sim, claro que sim! Há ainda realmente na nossa sociedade quem acredite que os organismos vivos foram criados em 6 dias como relata o livro do Génesis? A resposta é sim. Mas isso não seria um problema para a ciência e para a sociedade se os actuais movimentos de Criacionismo Científico, não estivessem empenhados em redefinir e subjugar a ciência a uma percepção da realidade baseada nas Escrituras, tendo tomado como principal alvo a derrubar - a evolução das espécies! Tentando fazer passar religião por ciência, usam como máscara teorias alegadamente científicas que oferecem como alternativas à teoria da evolução.


Comprometem a ciência, pois esta explica a realidade por processos naturais. Alguns dos seus patrocinadores nos EUA, já assumiram publicamente ser o seu fim último, promover uma sociedade, onde leis, ensino e ciência (!) se baseiam na Bíblia. Ou seja, reverter as conquistas da secularização. Socorrem-se de toda a espécie de recursos e meios de divulgação. Têm criado muitos problemas no ensino da Biologia nos EUA, invadiram a Europa há alguns anos e começam agora a movimentar-se em Portugal.


Neste livro relata-se a a história do Criacionismo Científico até à conclusão da escrita do livro em Junho de 2007. Descrevem-se os vários movimentos criacionistas e apresentam-se alguns dos seus principais proponentes, ideias e estratégias de divulgação. Por outro lado, apresenta-se uma síntese da evolução darwiniana, como é entendida actualmente, incluindo as modificações e debates mais recentes em biologia evolutiva.


Esclarecem-se as principais objecções levantadas publicamente pelos movimentos criacionistas contra a Teoria da evolução, repondo a realidade com factos e exemplos que ao mesmo tempo tornam a compreensão da evolução acessível a todos. Analisam-se deturpações comuns da evolução darwiniana usadas para justificar práticas moralmente condenáveis como a discriminação baseada na raça, no género ou na espécie. E, dado que para muitos, a resistência em aceitar a evolução, resulta sobretudo de um receio de perda das referências morais (que só poderiam ser ditadas pela religião), mostra-se como as ciências do comportamento e a Antropologia acumulam evidência de que os humanos têm disposições naturais para a moral, desenvolvidas durante a sua evolução biológica. E é em consequência disto que não é preciso ter medo da evolução».


Ver http://www.webboom.pt/ficha.asp?ID=165436

Pode obter um dos capítulos (GASPAR, A., AVELAR, T. & MATEUS, O. 2007. Criacionismo e Sociedade no Séc. XX. In pp.133-160, Evolução e Criacionismo: Uma Relação Impossível. Quasi ed.) em PDF, aqui.

As mais profundas grutas portuguesas

Do Blog Profundezas... publicamos outro post (em inglês - a língua em que está escrito):


Nacional RANKING:

TOP 5 - Maciço Calcário Estremenho

1º- Algar dos Alecrineiros (Sul), (-220m), Serra de S. Bento
2º- Algar da Manga Larga, (-186m), Mendiga
3º- Gruta de Moinhos Velhos, (-183m), Mira d’Aire
4º- Algar da Pena Traseira, (-152m), Casal Velho
5º- Algar da Lomba, (-150m), Covão do Coelho

More info: Blog do NALGA




Top 5 -
Serras Calcárias de Sicó-Condeixa e Alvaiázere

Foto: Abismo de Sicó, © Gustavo Medeiros

1º- Abismo de Sicó (-107m), Pombal, Pombal
2º- Algar do Sancho (- 92m), Vila Cã, Sicó
3º- Algar das Quintas (-85m), Redinha, Sicó
4º- Algar da Pena Só, (-73m), Abiúl, Sicó
5º- Algar da Terra Cimeira, (-70m), Pombalinho, Soure

Sources: Noticias do Centro.net


Top 5 -
Underwater Caves

Foto: Olhos de Água do Alviela, © Francis Lavaud, 2007

1º- Olhos de Água do Alviela (-130m), Alcanena, Maciço Calcário Estremenho
2º- Alandroal (-80m), Évora
3º- Nascente do Rio Anços (-63m), Redinha, Sicó
4º- Morenas, (-60m), Beja
5º- Olhos de Água de Ansião, (-55m), Ansião

Source: SnoopyLoop


Top - Arrábida
1º- Gruta da Garganta do Cabo (-80m)


Top -
Montejunto

1º - Algar da Maria Pia (-62m)

Top - Algarve
1º - Algar Maxila (-91m)



Top -
Azores

Foto: Algar do Montoso © GESPEA

1º - Algar do Montoso (=Algar do Morro Pelado) (-140m), São Jorge, Açores



Top - Madeira

1º - Gruta dos Cardais (= Grutas de São Vicente)

Pesquisas em Turismo e Paisagens Cársicas (Brasil)

Do Blog Profundezas... publicamos o seguinte post:


A Secção de Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SeTur/SBE) acaba de disponibilizar o primeiro número do periódico científico:

Pesquisas em Turismo e Paisagens Cársticas
(ISSN 1983-473X)

O periódico é a primeira publicação científica dedicada ao assunto e pode ser acedido gratuitamente em PDF na página abaixo:

Esta edição especial de lançamento comemora os 50 anos do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR), localizado no sul do Estado de São Paulo:

ARTIGOS

Narrativa Sobre a Efetivação de um Parque e Algumas de suas Humanidades
Cláudio Eduardo de Castro & Ana Maria Lopez Espinha
"Mal para nós, Bom para o Mundo?" Um Olhar Antropológico Sobre a Conservação Ambiental no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR)
Pedro Castelo Branco Silveira

Estudo das Transformações da Estrutura Física do Bairro da Serra, Entorno do PETAR, em Decorrência da Atividade Turística
Isabela de Fátima Fogaça

Níveis de Radônio em Cavernas do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR)
Simone Alberigi & Brigitte R. S. Pecequilo

Espeleoturismo e Educação Ambiental no PETAR - SP
Zysman Neiman & Andréa Rabinovici

Ecoturismo e Percepção de Impactos Socioambientais sob a Ótica dos Turistas no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - PETAR
Heros Augusto Santos Lobo

Inclusão Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Prática do Turismo em Áreas Naturais: Avaliação de Seis Cavidades Turísticas do Estado de São Paulo
Érica Nunes, Cláudia Santos Luz, Daniela Tomochigue dos Anjos, Aymoré Cunha Gonçalves, Luiz Afonso Vaz de Figueiredo & Robson Almeida Zampaulo


RESUMOS DE TESES E DISSERTAÇÕES

Plano de Manejo Para Cavernas Turísticas: Procedimentos Para Elaboração e Aplicabilidade
Ricardo José Calembo Marra

Caracterização do Carste da Região de Cordisburgo, Minas Gerais
Luiz Eduardo Panisset Travassos

A (Des)Ordem dos Professores

Do Blog De Rerum Natura publicamos, com a devida vénia, o seguinte post:


O nosso colaborador habitual Rui Baptista, na continuação do seu post anterior, esclarece sobre a necessidade de uma Ordem dos Professores:

Acabo por achar sagrada a desordem do meu espírito”.
Jean Rimbaud

Um dos óbices levantados à criação de uma Ordem dos Professores tem residido no facto de ser entendido que o professorado não encaixa na tipologia das profissões havidas como liberais “lato sensu”, porque exercidas exclusivamente por conta própria. Contudo, uma simples consulta à Enciclopédia Portuguesa e Brasileira não se mostra tão restritiva: “Liberal, diz-se da profissão como a magistratura, a medicina, a advocacia, o ensino por oposição a profissões industriais e comerciais”.

No desejo de encontrar o fio de Ariadne de uma controversa questão, afadiguei-me como postulante em buscas aturadas em fontes merecedoras de confiança. Deparei-me então com um parecer do Dr. Lopes Cardoso, à época bastonário da Ordem dos Advogados: “É necessário que, mesmo quando exercida em regime de contrato de trabalho, essa profissão seja reconhecida socialmente como relevando de grande valor precisamente porque exigindo, pelo menos, uma independência técnica e deontológica incompatível com uma relação laboral de pleno sentido. Com efeito, como tem sido definido doutrinalmente, a noção jurídica de subordinação aparece no direito moderno como perfeitamente compatível com a independência técnica do assalariado" (Cadernos de Economia, Publicações Técnico-Económicas, ano II, Abril/Junho de 1994). Assim, o professor com uma licenciatura satisfaz o requisito de produzir trabalho de natureza intelectual que deve ser reconhecido e valorizado socialmente.

Surge agora a Fenprof na Net, em 20 de Junho deste ano, a formular a pergunta: “Contribuirá uma ‘ordem’ para valorizar a profissão docente e unir a classe?” Considerando eu que sim e a Fenprof que não, devem ser colhidos dados de fontes mais credenciadas que meras opiniões pessoais ou ao serviço de interesses institucionais ou mesmo políticos. Um mero, mas elucidativo exemplo: “A Fenprof admitiu hoje repetir no próximo ano, por altura das eleições legislativas, a grande manifestação de docentes de Maio passado, prometendo apresentar uma ‘carta reivindicativa’ aos partidos políticos candidatos” (Sol, 31/Julho/2008). Ou seja, para além da tentativa em pôr novamente os professores ao serviço de uma certa orientação socioprofissional, assiste-se, outrossim, à desvalorização do contributo de outras forças da plataforma sindical e de movimentos de docentes não alinhados na manifestação dos 100 mil professores. Hoje, mais do que nunca, é pretendida a proletarização da classe docente, através da renúncia a uma deontologia profissional que salvaguarde as boas práticas da profissão e a sua “legis artis”, a exemplo de outras profissões, de idêntica responsabilidade e, por vezes, de menor exigência académica (v.g., Ordem dos Enfermeiros), tuteladas por ordens profissionais mesmo levando em linha de conta o facto de a nova Lei-Quadro das Ordens Profissionais ter amputado às futuras associações públicas a acreditação de cursos reconhecidos oficialmente.

Mas regressemos à pergunta da Fenprof. Segundo um estudo nacional de 2006, elaborado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, cerca de 80% dos professores inquiridos “consideram importante a existência de uma Ordem”. Por outro lado, as 7857 assinaturas de professores na petição apresentada na Assembleia da República, em 2004 para a criação de uma Ordem dos Professores parecem não suscitar dúvidas sobre o interesse de uma parte substancial da classe docente na criação da Ordem.

Com o mesmo direito que assiste à Fenprof em fazer a pergunta, cabe-me perguntar: Não será o momento de pôr em causa a contribuição dos sindicatos para valorizar a profissão docente e unir a classe? Se não nos ativermos a meras questões salariais e horários de trabalho cometidos na Constituição aos sindicatos a resposta será sim. A dignidade docente não se compadece, por exemplo, com manifestações de rua pautadas por comportamentos incompatíveis com o estatuto de educadores.

O Prof. António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, numa conferência realizada no Brasil, em Outubro de 2006, a convite do Sindicato dos Professores de São Paulo, intitulada “Desafios do trabalho do professor no mundo contemporâneo”, teceu valiosas considerações, de que faço o seguinte extracto:

“O primeiro desafio é a ideia de uma melhor organização da profissão. Os modelos de organização dos professores, e em particular dos modelos sindicais – falo da Europa que conheço melhor -, não têm sido capazes de atender aos grandes debates da profissão e aos grandes debates da escola. Isto é, eles não se renovaram suficientemente ao logo dos últimos 30 ou 40 anos. Ficaram um pouco prisioneiros de um combate num plano mais macro, que é um plano importante, sobre questões salariais, sobre determinadas conquistas dos professores, um plano absolutamente essencial. Mas eles não conseguiram criar um modelo de organização mais centrado nas escolas.

A profissão tem um deficit grande de organização no interior das escolas. Enquanto outras profissões conseguiram manter as duas camadas, uma mais macro, a exemplo das grandes ordens dos médicos, dos farmacêuticos ou engenheiros, que conseguiram manter um nível de debate político macro muito forte, mas isso não os impediu de terem modelos de organização nas instituições muito mais fortes do que os nossos. Os modelos de organização dentro das escolas são muito débeis, muito burocráticos. E isso tem-nos prejudicado muito”.

Pela analogia com outras profissões de igual merecimento social e igual exigência académica, só através de uma ordem profissional serão os docentes capazes de se libertarem de uma acção sindical projectada para além de competências plasmadas na Constituição Portuguesa.

sábado, agosto 02, 2008

Uma gota no oceano (raros são os casos em que há queixa)

Professores e auxiliares são as principais vítimas
Ministério Público registou 57 casos de violência nas escolas de Lisboa desde o início do ano
02.08.2008 - 13h48 PÚBLICO

Nos primeiros seis meses do ano, o Ministério Público registou 57 casos de violência nas escolas de Lisboa, avança hoje o “Correio da Manhã”, citando dados oficiais divulgados pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. As principais vítimas são professores e auxiliares, agredidos por encarregados de educação.

Dos 57 casos – o que corresponde a uma média de duas agressões por semana - 34 ocorreram nos primeiros três meses. A incidência foi maior em Almada, com 21 casos.

Estes dados são o primeiro balanço oficial sobre violência no meio escolar, resultado da Lei de Política Criminal que entrou em Janeiro em vigor. Mas até ao momento só são públicos os dados do distrito judicial de Lisboa.


in Público - ler notícia

Apresentação do maior dinossauro carnívoro do Jurássico em Portugal

O Museu da Lourinhã, convida todos os associados e população em geral a comparecer à apresentação do maior dinossauro carnívoro do Jurássico em Portugal que decorrerá na sequência do acto público abaixo, no próximo sábado, dia 2 de Agosto, pelas 15.00 horas,no Auditório Municipal da Lourinhã.

Com a participação de:
  • Prof. Doutor Miguel Telles Antunes da Academia das Ciências de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa e Museu da Lourinhã
  • Doutor Octávio Mateus do Museu da Lourinhã e Universidade Nova de Lisboa

Dentre os dinossauros, Torvosaurus – "lagarto selvagem", 150 milhões de anos, aproximadamente – é o maior carnívoro do Jurássico. Com efeito, os maiores carnívoros são mais recentes. São exemplos o Spinosaurus – "lagarto com espinhos" que data de há cerca de 95 milhões de anos – e o famoso Tyrannosaurus – "lagarto tirano" de há cerca de 66 Ma; ambos datam do Período Cretácico.



Torvosaurus, descoberto em 1972 no Colorado, Estados Unidos, e descrito por Peter Galton e James Jensen, em 1979, era o maior dinossauro carnívoro do Jurássico até então conhecido.

Em Portugal, o primeiro Torvosaurus foi identificado a partir de um osso da perna pelos paleontólogos do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa, Octávio Mateus e M. Telles Antunes. Estes anunciaram em 2006 a descoberta de parte de um crânio, incluindo o maxilar, que serviu de base para reconstituir o crânio – reconstituição que passa, agora, a integrar a exposição do Museu da Lourinhã.

O espécime foi encontrado em 27 de Julho de 2003 por um rapaz holandês, então com 10 anos, Jacob Walen, quando passeava com o pai, experiente colector de fósseis. Este, entregou o exemplar ao Museu da Lourinhã.

O espécime português tem dimensões que excedem ligeiramente as do norte-americano; é, por isso, o maior predador terrestre do Período Jurássico actualmente conhecido.

O crânio, com um metro e quarenta de comprimento, está munido de dentes cortantes, achatados lateralmente em forma de lâmina, com 13 cm. Estará exposto ao público a partir de sábado, 2 de Agosto.



in Museu da Lourinhã - www.museulourinha.org (via Blog Lusodinos)

Lourinhã - notícia no Público

Museu da Lourinhã apresenta hoje crânio do maior dinossauro do Jurássico
02.08.2008 - 09h07 Lusa

O Museu da Lourinhã apresenta hoje o crânio de um dinossauro Torvosaurus, considerado o maior carnívoro terrestre do Jurássico (com aproximadamente 150 milhões de anos), construído a partir do fóssil de um osso original encontrado no concelho.

O fóssil pertence ao maxilar e conserva ainda os dentes cortantes em forma de faca, com 13 centímetros, adaptados para cortar as presas, disse o especialista em dinossauros do Museu da Lourinhã, Octávio Mateus.

A partir deste achado e de descobertas de outros animais idênticos nos Estados Unidos da América, os especialistas do Museu da Lourinhã construíram uma réplica do crânio que será hoje mostrada pela primeira vez ao público.

O Torvosaurus, espécie que significa 'lagarto selvagem' foi o maior predador terrestre do período do Jurássico.

"Os achados de ossos do crânio são extremamente raros porque são muito finos e separam-se entre si com muita facilidade", explicou o paleontólogo. "É uma descoberta extraordinária", considerou Octávio Mateus.

O Museu da Lourinhã estuda e expõe espécies de dinossauros desde 1984 e tornou-se conhecido pelos achados de ovos de carnívoro que receberam o nome de Lourinhanosaurus.

O museu alberga ainda vários esqueletos e pegadas de outros dinossauros herbívoros e carnívoros descobertos na Lourinhã e que têm sido alvo de estudos científicos por equipas locais e da Universidade Nova de Lisboa.

Hoje, os especialistas do museu - Octávio Mateus e Miguel Telles Antunes - apresentam o novo crânio numa sessão pública que vai decorrer no auditório municipal da vila da Lourinhã, pelas 15h00.

O primeiro Torvosaurus foi descoberto em 1972 no Colorado (Estados Unidos) e descrito por Peter Galton e James Jensen, em 1979, como o maior dinossauro carnívoro do Jurássico até então conhecido.

O espécime português, encontrado na Lourinhã, e que teria um comprimento de 14 metros, tinha um crânio que media cerca de metro e meio, dimensões que excedem ligeiramente as do norte-americano e, por isso, "é o maior do período Jurássico actualmente conhecido", concluiu Octávio Mateus.

O achado foi encontrado a 27 de Julho de 2003 por uma criança de 10 anos que passeava com o pai e o entregou ao Museu da Lourinhã.


in Público - ler notícia

Água em Marte - diz a NASA

Robô conseguiu tocar-lhe e provou-a
A sonda Phoenix da NASA encontrou finalmente água em Marte
31.07.2008 - 22h54 Ana Gerschenfeld

A Phoenix, que poisou em Marte a 25 de Março, é um autêntico geólogo robotizado

“Temos água”, declarou, simplesmente, William Boynton, responsável pelo TEGA (Thermal and Evolved-Gas Analyzer), um dos instrumentos da sonda Phoenix da NASA, actualmente em missão no pólo norte de Marte. E acrescentou: “já tínhamos provas de que existe água gelada através das observações da sonda orbital Mars Odyssey e a sonda Phoenix tinha visto, no mês passado, pedrinhas de gelo a desaparecer. Mas esta é a primeira vez que tocamos e provamos água marciana.”

Foi no TEGA que uma amostra de solo marciano foi depositada hoje pelo braço da Phoenix e a seguir analisada. O TEGA é um minúsculo forno que permite aquecer as amostras para identificar os vapores produzidos. A amostra em questão, explica um comunicado da NASA, provinha de uma minúscula vala com cerca de cinco centímetros de profundidade. Mas, nos últimos dias, o braço tinha tido dificuldades para fazer a recolha de amostras de solo gelado e duas tentativas anteriores tinham falhado: as amostras ficavam coladas à espátula – algo que os responsáveis da missão não tinham previsto. Entretanto, como o solo permaneceu exposto dois dias à atmosfera, tornou-se mais fácil de manipular.

“Marte está a oferecer-nos algumas surpresas”, declarou Peter Smith, investigador principal da missão, da Universidade do Arizona, citado pelo comunicado. “É excitante porque quando surgem surpresas, as descobertas acontecem. Uma das surpresas é a maneira como o solo reage. As camadas ricas em gelo colam-se à espátula quando ficam ao sol, o que não corresponde àquilo que esperávamos com base nas nossas simulações. Foi um desafio introduzir as amostras [no TEGA], mas estamos a descobrir maneiras de o fazer e a recolher imensa informação que nos vai permitir perceber o solo de Marte.”

Face aos resultados, a NASA anunciou que a missão da Phoenix, que deveria terminar em finais de Agosto, vai ser prolongada até 30 de Setembro – mais cinco semanas do que o inicialmente previsto (90 dias). “A Phoenix está de boa saúde e as previsões em termos de energia solar parecem boas, portanto vamos aproveitar ao máximo as suas capacidades”, disse Michael Meyer, responsável pelo programa de exploração do planeta.

A Phoenix, que poisou em Marte a 25 de Março, é um autêntico geólogo robotizado e a sua missão é determinar se terá havido naquele planeta, nos últimos dez milhões de anos, condições para a existência de alguma forma de vida.

Com o seu braço robotizado de 2,35 metros de comprimento, consegue escavar o solo até meio metro de profundidade. As amostras colhidas pelo braço passam depois para outros instrumentos: para além do TEGA, um outro, o MECA (Microscopy, Electrochemistry and Conductivity Analyzer) analisa as suas propriedades físico-químicas e examina ao microscópio os seus minerais. A panóplia de instrumentos científicos da sonda inclui ainda uma estação meteorológica, que permite medir a água, as poeiras e a temperatura presentes na atmosfera. Uma câmara colocada no braço robotizado recolhe imagens do solo escavado, enquanto uma outra, num mastro, fotografa a paisagem.

in Público - ler notícia

sexta-feira, agosto 01, 2008

É hoje! - música alusiva à data para Geopedrados

1º de Agosto (homenagem aos Xutos nos 15 anos da banda)





É amanha dia 1º de Agosto
E tudo em mim é um fogo posto
Sacola às costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
É tanto o sol pelo caminho
Que vendo um, não me sinto sozinho
Todos os anos, em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes

Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo p'ra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada dizer
Sorriso aberto de puro prazer

NOTA: para puristas, em seguida a versão original. Dedico este post ao amigo, colega e ganda maluco Rui de Condeixa, do qual não sei nada há muito tempo...



Mais uma Geologia no Verão recomendada pelos Geopedrados

O GPS – Grupo Protecção Sicó (associação ambientalista e espeleológica) irá realizar, em dois sábados, 9 de Agosto e 13 de Setembro de 2008, uma actividade da Geologia no Verão que recomendamos vivamente.

Intitulada À descoberta do património geológico e geomorfológico na Unidade Territorial de Alvaiázere, pretende dar a conhecer aos participantes uma série de locais representativos do património geológico e geomorfológico da Unidade Territorial de Alvaiázere, desde alguns dos maiores megalapiás do Maciço de Sicó até locais como as Fórnias da Cruz e Ucha e Fósseis da Serra da Ameixieira.

A não faltar - eu ainda não se poderei ir, mas estou a tentar...

Mais informações AQUI.

O eclipse em directo - II

Estive a ver, em directo, o eclipse, com uns fantástico comentários em japonês. A fase de totalidade foi fantástica!


Agora outro site que está mostrar o eclipse:

O eclipse em directo!

Via Blog AstroLeiria:

Começou às 10.41 horas (hora oficial portuguesa de Verão) e pode ser visto excelentemente (fraco remedeio para os pobres que não podem ir vê-lo para a Sibéria ou China...) neste site:


Dia 1 de Agosto 2008 - Eclipse solar total

Do Blog astroPT publicamos o seguinte post:


Infelizmente ele terá lugar em terras bem distantes… Nem sequer o parcial chegará a Portugal. Assim veja a seguinte lista de webcasts a serem transmitidos amanhã.

A partir das 10.10 horas (hora portuguesa) comecem a visitar os webcasts:

http://sunearthday.nasa.gov/2008eclipse/

http://exploratorium.edu/eclipse/china2008.html

http://www.sems.und.edu/

http://novosibirskguide.com/eclipse-2008/live-broadcasting/ (onde estará uma equipa de portugueses a testemunhar o evento)

http://www.live-eclipse.org/


NOTA: recebido via Blog AstroLeiria.