sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Música nova para aquecer corações gelados

Emmy the Great - The Hypnotist's Son (live)





You made me fall over
Then I hit my head
Now I can't remember
Anything that you said
But I dreamed I was you
And I dreamed I was dead
When I woke up, I carved your face
Into my bed
It's like I missed all the memos
And I missed the boat
And a meteor shower
Is heading for my throat
Bang, bang. Smack. Ouch.
I thought romance was pretty
Then you went and spoiled it
Every time that I think of you
Have to go to the toilet
Can't tell if this is love
Or a stomach disorder
Or a massive grade A typhoon
Inside my aorta
And I want to jump in it
Wanna give it a voice
Wanna cut to the finish
Deny your lizards for boys
And you don't know paranoia
Till it bites you in the balls
Till somebody is under a bus
Cos he hasn't called
Cos I think that you are leaving
Before you've arrived
Need to know that you're breathing
And you know you're alive
Oh Bang, bang. Smack. Ouch.
I can't shake this feeling
That I'm down on my luck
You're an animated anvil
And I'm an animated duck
That they world's made of numbers
And I am a three
And you are nine hundred and eight
And you're sitting on me
That I'm single cell matter
And you are the sea
But I'm evolution
Finally
Because I didn't know who I was before
Now my mind is wide open
But my body is old
Bang, bang. Smack. Ouch.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

António Gedeão/Rómulo de Carvalho - 12 anos

Fala do Homem Nascido - Adriano Correia de Oliveira



Fala do Homem nascido

Venho da terra assombrada
do ventre de minha mãe
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém

Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci

Trago boca para comer
e olhos para desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr

Venho do fundo do tempo
não tenho tempo a perder
minha barca aparelhada
solta rumo ao norte
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada

Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham
nem forças que me molestem
correntes que me detenham

Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu

Com licença com licença
que a barca se fez ao mar
não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar
com licença com licença
com rumo à estrela polar


NOTA: faz hoje 12 anos que António Gedeão/Rómulo de Carvalho morreu. Será que alguma vez poderemos dizer que de facto morreu se o continuarmos a recordar, a cantar e a ler...?!?

terça-feira, fevereiro 17, 2009

SOS Choupal no De Rerum Natura

SOS CHOUPAL


Há uma velha canção de Coimbra que canta "Do Choupal até à Lapa". A "Lapa" é um belo parque-jardim desconhecido da cidade e do país pois, embora visitável, se encontra dentro de um quartel, na margem esquerda do Mondego. Um pouco mais à frente, na margem direita do Mondego, o Choupal ainda se pode visitar, mas talvez por pouco tempo. Está previsto um novo atravessamento por um enorme viaduto (já há um outro, além de uma ponte ferroviária e de se falar de uma travessia pelo TGV), não se sabendo se as acções em curso de muitos cidadãos, nomeadamente o "abraço" de 1500 pessoas ao Choupal no domingo passado, serão suficientes para impedir a anunciada tragédia.

Segundo o botânico Jorge Paiva, um dos nossos maiores divulgadores de ciência, se se consumar essa obra (que as motas-engis do país já dão como adquirida) na mata do Choupal, esta, que tem vindo a diminuir nos últimos anos, desaparecerá pura e simplesmente dentro de poucas décadas. Transcrevo do "Diário de Coimbra" de 14 de Fevereiro:

"Mata cor­re o ris­co de desa­pa­re­cer nes­te sécu­lo "O bió­lo­go Jor­ge Pai­va aler­tou que a mata do Chou­pal cor­re o ris­co de desa­pa­re­cer nes­te sécu­lo, recor­dan­do que nos últi­mos anos suces­si­vas obras públi­cas des­tru­í­ram 20% da sua área. «O Chou­pal tinha 89 hec­ta­res e ficam ape­nas 73», decla­rou à agên­cia Lusa o cate­drá­ti­co da Uni­ver­si­da­de de Coim­bra. Jor­ge Pai­va expli­ca­va, numa visi­ta gui­a­da, a impor­tân­cia ambien­tal da mata do Chou­pal, de que ele pró­prio é fre­quen­ta­dor assí­duo. «Temos aqui uma ele­va­da bio­di­ver­si­da­de e uma bio­mas­sa vege­tal enor­me», dis­se, numa alu­são à exis­tên­cia de milha­res de árvo­res de dife­ren­tes espé­ci­es, sen­do «mui­tas cen­te­ná­ri­as e de gran­de por­te». O Chou­pal «é a mai­or fábri­ca de oxi­gé­nio natu­ral que Coim­bra tem», onde «há ani­mais pro­te­gi­dos por lei», como a lon­tra e a rapo­sa, além de águias e outras aves. «Ain­da por cima, está a Oci­den­te da cida­de e os ven­tos marí­ti­mos empur­ram esse oxi­gé­nio para den­tro da cida­de», sali­en­tou o ambien­ta­lis­ta. Jor­ge Pai­va lamen­tou que, em três décadas, diver­sas obras públi­cas tenham sub­tra­í­do 16 dos 89 hec­ta­res que cons­ti­tu­í­am o Chou­pal. Em cau­sa, recor­dou, estão a regu­la­ri­za­ção do Mon­de­go, o canal de rega, estra­das jun­to ao rio, o sis­te­ma muni­ci­pal de tra­ta­men­to de esgo­tos, as con­du­tas do gás natu­ral e a Pon­te-Açu­de."
Lembro que se trata da mesma cidade onde, no século XIX, se cortou um bocado de uma igreja românica na Baixa coimbrã, a Igreja de S. Tiago, para passar uma avenida (Camilo escreveu que o progresso "é gordo - alarga ruas e deita casas abaixo")! Agora, quer-se cortar um bocado de uma mata nacional para passar uma IC2. Admiro-me como é que a Câmara, tão activa no caso da co-incineração de Souselas, não tenha agora um papel proeminente de oposição ao desvario. Posso ser só mais um, mas junto-me às muitas vozes, já são mais de 7000, dos que querem salvar o Choupal.

in De Rerum Natura - post do Doutor Carlos Fiolhais

Acção dos Açores - novidades


Alguns aspectos que podemos referir já aqui...

1. Acção de Formação

A sessão teórica será em Leiria, na Escola Correia Mateus, no dia 14.03.2009, sábado, das 09.30 às 12.30 e das 14.30 às 17.30 horas. Esta é obrigatória para formandos (podendo estes faltar a 1/3 das sessões...) e facultativa para acompanhantes.


2. Subida ao Pico

O nosso guia talvez não possa vir até ao continente para fazer o brefing previsto: assim devem mandar-me as vossas questões para que possam ser devidamente explicadas aos interessados - isto para além do facto de deverem informar-me do vosso interesse em fazer a subida...


3. Pagamentos

Devem pagar a 1ª tranche até à próxima 4ª, pois caso não o façam há suplentes muito interessados - amanhã indico aqui no Blog quem ainda não enviou ficha ou fez o 1º pagamento. Já agora, o custo total baixou para menos de 720 euros por adulto (nalguns casos ainda menos, pela circunstância de haver quartos triplos a baixarem os custos), embora ainda não sejam valores definitivos. Nos jovens e crianças, os valores são muito variáveis e direi caso a caso.


4. Distribuição de quartos

Tenho feita a minha proposta de distribuição de quartos - se alguém quer fazer propostas nesta área, deve fazê-lo com urgência.


5. Aluguer de carros para os dias livres

Os participantes da acção terão uma tarifa especial na empresa 296: Açor Rent (27,50 euros diários em carro de classe A e carrinhas de 9 lugares 79,07 euros por dia). Era bom que começassem a organizar grupos (e quem tem crianças pode pensar em levar o assento de carro até aos Açores...).


NOTA: os nossos agradecimentos aos amigos açoreanos que estão ajudar-nos em alguns aspectos práticos neste actividade: o Doutor Felix, o Carlos, o Valter e o geopedrado Rui...!

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Em defesa do património industrial de S. Pedro da Cova


Recebemos, via mailing-list da GEOPOR, o seguinte e-mail, com um pedido de divulgação:

Prezados Colegas:

Criou-se finalmente um movimento cívico em S. Pedro da Cova para defesa do património industrial, mais particularmente o emblemático cavalete do Poço de S. Vicente das minas de carvão que, como sabem, há anos aguarda a conclusão do processo de classificação.

Foi criado um blogue com várias informações em: http://patrimoniospc.blogspot.com, que contém também um link para uma petição on-line.

No próximo dia 28 de Fevereiro haverá uma conferência de imprensa junto ao cavalete para divulgar o movimento à comunicação social .

Cumprimentos.

J. Brandão

NOTA: a petição tem o seguinte site:
http://www.pnetpeticoes.pt/cavaletesvicente


Música à espera que a dor de cabeça passe

Estou com uma brutal dor de cabeça há 9 dias - a minha cavidade nasal (os sinus...) conspira com a cabeça para me deixar doido...

Enquanto espero que passe, uma musiquinha de que gosto muito!

Regina Spektor - Better



If I kiss you where it's sore
If I kiss you where it's sore
Will you feel better, better, better
Will you feel anything at all
Will you feel better, better, better
Will you feel anything at all

Born like sisters to this world
In a town where blood ties are only blood
If you never say your name out loud to anyone
They can never ever call you by it

If I kiss you where it's sore
If I kiss you where it's sore
Will you feel better, better, better
Will you feel anything at all
Will you feel better, better, better
Will you feel anything at all

You're getting sadder, getting sadder, getting sadder, getting sadder
And I don't understand, and I don't understand
But if I kiss you where it's sore
If I kiss you where it's sore
Will you feel better, better, better
Will you feel anything at all
Will you feel better, better, better
Will you feel anything at all
Anything at all
Will you feel anything at all
Anything at all
Will you feel anything at all
Anything at all...



NOTA: mais logo novidades sobre a Acção dos Açores...

domingo, fevereiro 15, 2009

IV Concurso de Fotografia Geológica



O Núcleo de GeoCiências da UC (com a Associação Académica de Coimbra) anuncia o IV Concurso de Fotografia Geológica sob o tema:


“Património Geológico e o Bem-Estar humano”


O concurso é aberto á população em geral podendo cada participante concorrer no máximo com 3 fotografias até dia 16 de Março, em suporte fotográfico e digital.

O IV Concurso de Fotografia Geológica tem como objectivo desafiar e divulgar!

Desafiar todos os que têm um “bichinho” geológico dentro de si, passando pelo geólogo, geógrafo, engenheiro geológico, etc, estudante ou simplesmente amante destas ciências.

Cada vez mais a maquina fotográfica nos acompanha em saídas de campo, tal como a bússola ou caderneta de campo. Ferramenta esta que nos facilita, em muito, o armazenamento de dados e avivar a memória para as nossas observações.

Desta vez o Núcleo de Geociências desafia, não só a comunidade científica, mas também a população em geral, porque todos nós temos um olhar diferente.

Divulgar a geologia, ciência conectada a muitas outras áreas científicas, tal como a geografia, biologia, antropologia, etc. Queremos que a geologia cresça , queremos expandir a nossa visão sobre o mundo, queremos mais participação activa e integração por parte de todos. E pelo percurso divulgar a geologia junto da população estudantil pré-Universitária.

Divulgar o Departamento de Ciências da Terra - FCTUC, porque queremos continuar a crescer sem fim.

Estas são algumas das preocupações do nosso núcleo, apelar pela consciência geológica.


“Em todas as coisas da natureza existe algo de maravilhoso” (Aristóteles), mais um motivo para participar neste concurso, mostre-nos o que de mais belo tem para mostrar através de uma objectiva.

Participação gratuita.

Resultados do concurso divulgados dia 26 de Março.

Prémios, datas e outros locais de exposições a definir.

Para mais informações consulte-se o regulamento do concurso.


sábado, fevereiro 14, 2009

Para o meu namorado

Marisa Monte - Amor (I love you)

Cupid's Day


Quem és tu

Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar branco dos caminhos,
Sob o rumor das folhas inspiradas?

A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas.

A história da noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento a tua juventude,
E o teu andar é a beleza das estradas.

in Poesia I (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen

Uma canção para minha Namorada...

Para a minha Namorada (e Esposa...) e para as namoradas, companheiras e/ou esposas dos Geopedrados e leitores, uma bonita canção...

André Sardet - Adivinha quanto gosto de ti



Já pensei dar-te uma flor,
com um bilhete,
mas nem sei o que escrever,
sinto as pernas a tremer
quando sorris pra mim,
quando deixo de te ver...

Vem jogar comigo um jogo,
eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha,
quanto é que eu gosto de ti.

Gosto de ti desde aqui até à Lua,
Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto,
e é tão bom viver assim...

Ando a ver se me decido,
como te vou dizer,
como te hei-de te contar,
até já fiz um avião com um papel azul,
mas voou da minha mão...

Vem jogar comigo um jogo,
eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha,
quanto é que eu gosto de ti.

Gosto de ti desde aqui até à Lua,
Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto,
e é tão bom viver assim...

Quantas vezes parei à tua porta,
quantas vezes nem olhaste para mim,
quantas vezes eu pedi que adivinhasses,
o quanto eu gosto de ti.

Gosto de ti desde aqui até à Lua,
Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto,
e é tão bom viver assim...


PS - Peço desculpa pela repetição da música, mas eu quando gosto, gosto mesmo...

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Música para preparar o dia de amanhã

Acção dos Açores - novidades


Aqui ficam as novidades fresquinhas:
  • a partida e regresso serão feitas a partir da Escola Correia Mateus, em Leiria, podendo os interessados deixar os seus carros dentro do recinto escolar (de dia terá funcionários e à noite tem guarda nocturno);
  • será também nesta Escola que iremos fazer a sessão teórica, em data ainda a determinar (ver localização no mapa interactivo no final deste post);
  • embora ainda não tenhamos apoios para a Acção de Formação (o Governo Regional dos Açores apenas agiliza certos contactos e fornecerá materiais de apoio) a última ronda negocial, a crise na indústria turística e a baixa do preço dos combustíveis permitiram-nos obter uma significativa redução dos valores a pagar pelos participantes (mais de 150 euros, no caso dos adultos);
  • só dentro de dias saberemos o valor final relativo de cada pessoa participante - logo que o tenhamos divulgá-lo-emos aqui;
  • fizemos algumas pequenas alterações no Programa - nomeadamente acrescentámos uma refeição e temos mais algumas possíveis modificações - se alguém tem ainda alguma sugestão deve comunicar-no-la o mais rapidamente possível;
  • recordamos que está a pagamento a 1ª tranche, no valor de 180 euros (adultos) ou de 20% do total (grupos familiares) podendo ser feita por cheque (pedindo-me a minha morada por e-mail - fernando.oliveira.martins@gmail.com), pessoalmente ou por transferência bancária (v.g. via Multibanco) para a minha conta com o NIB 0010 0000 1801 3600 0025 3 do BPI.
Quanto à localização da Escola Correia Mateus, está no seguinte mapa da GoogleMaps; como este é interactivo, clicando por baixo, onde diz "Ver mapa maior", podem abri-lo, colocar o vosso ponto de origem e traçar a rota até nós...

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Notícia no Público sobre Darwin - II

A exposição da Gulbenkian

Micos, escorregas e os olhos azuis de Charles Gulbenkian
12.02.2009 - 07h30 Nicolau Ferreira

A exposição segue a vida de Darwin

Num dos momentos mais injustos da sua vida, Charles Darwin foi retratado numa caricatura pitoresca como um homem-macaco cheio de barbas brancas. Mas na recta final da exposição A Evolução de Darwin que é hoje, às 19.00 horas, inaugurada na Gulbenkian, em Lisboa, nem nos lembramos do sentimento de raiva com que grande parte da sociedade do final do século XIX recebeu a "notícia" de Darwin de que o chimpanzé e o homem tinham tido um antepassado comum.

É o "I think" escrito por Darwin no primeiro caderno em que começa a descrever a teoria da evolução que continua a vibrar depois de sairmos da exposição: o seu pensamento arrojado, ao mesmo tempo humilde, mas com uma solidez que ainda hoje nos permite redescobrir o significado da vida à luz da evolução.

Na última sala da exposição com a árvore da evolução humana, vemos a nossa história integrada na história de um planeta. Os fósseis de crânios dispostos numa longa cronologia com milhões de anos desembocam em nós, Homo sapiens, e confrontam-se (e confrontam-nos) com um painel enorme que mostra a evolução da Terra. Dois séculos depois do seu nascimento, a consciência de sermos um pormenor na evolução da vida terrestre é um dos maiores legados deixados por Darwin, e conforta-nos sairmos da exposição com os olhos já velhos do cientista a proteger-nos as costas.

A origem da exposição

Há 200 anos, a 12 de Fevereiro de 1809, quando Charles Darwin nasceu em Inglaterra, já se discutia a origem das espécies. Por isso, quando o jovem Darwin de 18 anos nos aparece na exposição como se estivesse vivo – cabelo loiro, pele branca, patilhas até às queixadas, mala a tiracolo onde uma ave está presa e com os seus olhos azuis a olharem intensamente para um escaravelho que passeia pela sua mão esquerda –, já o espectador está embrenhado no contexto em que a imutabilidade das espécies criadas por Deus começa a ser posta em causa. Ficaram para trás Lineu, que em 1735 agrupou o mundo natural em três reinos atribuindo essa organização a um plano de Deus, e Jean-Baptiste de Lamarck, que no início do século XIX formulou a primeira teoria sobre a evolução.

A exposição da Gulbenkian inspirou-se na que o Museu de História Natural de Nova Iorque fez em 2006, intitulada Darwin, tendo mesmo a fundação comprado dois módulos dessa exposição e utilizado parte do conhecimento científico produzido pelos norte-americanos. Mas a versão portuguesa não se limita a uma biografia do Darwin, porque mostra o contexto histórico onde as ideias apareceram e faz uma ponte para o que se conhece hoje.

O Jardim Zoológico de Lisboa ajudou a trazer para a exposição a natureza observada por Darwin durante a sua famosa viagem de barco. E isto não é uma metáfora, há animais vivos nas salas de exposição da Gulbenkian, tal como havia em Nova Iorque. "Trouxemos a natureza para a Gulbenkian. Acho que era isto que Darwin queria que fizéssemos", disse ao P2 José Feijó, comissário da exposição, professor na Faculdade Ciências da Universidade de Lisboa e chefe de um grupo de investigação em desenvolvimento de plantas no Instituto Gulbenkian de Ciência.

Quando visitámos a exposição, os animais do zoo ainda não tinham chegado à Gulbenkian, mas Feijó prometeu que veríamos micos-dourados, uma boa constritora, piranhas, papagaios, uma família de suricatas, iguanas e tartarugas. "Uma das coisas que atraíam mais as pessoas na exposição americana eram os animais vivos", contou Feijó. E não é só por show-off, disse o comissário, mas porque "Darwin foi um amante e um observador da natureza" e queremos dizer, neste espaço museológico, que "a natureza é a obra de arte". Da exposição americana vêm réplicas de emas, de tartarugas do arquipélago das Galápagos ou o fóssil de um Gliptodonte (uma versão gigante do tatu moderno) – tudo exemplos do que Darwin teve oportunidade de observar durante a sua expedição pelo mundo fora.

Diário original

O navio Beagle saiu do porto de Plymouth em Inglaterra a 27 de Dezembro de 1831 e foi o lar de Darwin durante uma viagem de cinco anos. Na exposição, a viagem começa com o primeiro diário de bordo do naturalista. É mesmo o diário original e Feijó disse que foi uma sorte enorme ter conseguido o empréstimo neste ano de todas as comemorações – além do bicentenário do nascimento faz 150 anos que o livro A Origem das Espécies (edição D. Quixote) foi publicado pela primeira vez. Para Portugal, o interesse do primeiro diário é duplo, porque Darwin tinha chegado à ilha de Santiago, em Cabo Verde, o primeiro local visitado pelo cientista na sua viagem e que na altura era território português. "Ninguém deve ter reparado que era o primeiro diário do Darwin, nem que era o original", brincou José Feijó, sublinhando a importância de a exposição mostrar o documento manuscrito.

Um mapa enorme apresenta o percurso do Beagle, cujo objectivo principal durante a viagem era cartografar a costa. Mas foi em terra que Darwin fez a maioria das observações essenciais para desenvolver a Teoria da Evolução e Selecção Natural e onde capturou milhares de espécies de plantas e animais que ia enviando para Inglaterra, produzindo uma grande colecção.

O Beagle voltou a Inglaterra em 1836. Darwin ficou por Londres durante um ano, onde se casou. No caderno B, iniciado em 1837, começou a desenvolver a teoria da transmutação, que marcou o início de uma nova fase que durou 20 anos e culminou na publicação em 1859 do livro em que formulou a teoria da evolução e com a qual revolucionou o pensamento científico do século XIX. Afinal, as espécies descendem uma das outras, a variabilidade que uma população apresenta e a selecção do meio ambiente permitem às populações evoluírem, tornando-as mais adaptadas. Noutros casos, não conseguem manter-se adaptadas e desaparecem. É aqui que aparece o "I think", "eu acho" ou "eu penso que", escrito pelo naturalista por cima da primeira árvore evolutiva desenhada no caderno B. Posteriormente, Darwin vai dizer que falar sobre a teoria da evolução "era como se estivesse a confessar um crime", mas 200 anos mais tarde, no escritório de Darwin da Gulbenkian, entre laboratórios de orquídeas e insectos, a grande ideia do naturalista parece a coisa mais natural do mundo.

"Darwin ao descrever o mecanismo da selecção natural e ao descrever a origem das espécies, pela sua sequência narrativa, da forma como é escrita, fez com que desde cientistas até homens do povo que leram o livro achassem que isto é uma explicação tão pungente que provavelmente é assim", afirmou o comissário. Em 1871, 11 anos antes de morrer, Darwin ainda teve tempo de lançar mais uma bomba com o seu livro The Descent of Man, onde aplica a teoria da evolução à história do Homem.

Três toneladas de ADN

O naturalista inglês fica para trás à medida que atravessamos a ponte para o século XX, para a hereditariedade, para a síntese da teoria evolutiva e para a dupla hélice de ADN. A descoberta do código genético e a biologia molecular "só tem validado tudo o que já se pensava sobre a evolução", assegurou José Feijó.

No meio da penúltima sala da exposição está uma molécula de ADN gigante que sobe até ao tecto e pesa três toneladas. O visitante pode trepar escada acima e descer num escorrega de ARN. "A exposição americana era kid unfriendly, não tinha praticamente pontos interactivos. Tivemos a preocupação que não houvesse nenhum módulo sem um ponto interactivo", explicou José Feijó. Quem sai do escorrega ainda vai a tempo de escrever uma carta a Darwin, como o próprio comissário o fez.

No final, há um vídeo com David Attenborough sobre Darwin. "O objectivo da exposição é contar a história da biologia. Darwin é utilizado como charneira que nos leva à ciência do século XXI", referiu Feijó.

A exposição foi montada para se instalar definitivamente no Museu de História Natural, mas posteriormente, por uma questão de fundos, foi a Câmara de Oeiras que a comprou. Durante os próximos dois anos A Evolução de Darwin vai andar em "digressão" e só volta em 2011.

Na Gulbenkian, pode revisitar-se a vida de Darwin até 24 de Maio.

in Público - ler notícia

Notícia no Público sobre Darwin

Livro defende que horror à escravatura foi o motor da investigação de Darwin
A longa viagem de Darwin para provar que os humanos são todos da mesma espécie
12.02.2009 - 07h30 Clara Barata


A evolução do Homem na exposição da Gulbenkian

Foi já no fim da sua viagem marítima de cinco anos à volta do mundo, no navio da Real Marinha Britânica HMS Beagle, que Charles Darwin ouviu um grito que não deixou de ouvir toda a vida. Foi na zona de Pernambuco, no Brasil. "Ouvi os gemidos mais inspiradores de pena, e só posso suspeitar que algum pobre escravo estivesse a ser torturado", relata no seu Journal, o diário de viagem a bordo do Beagle.

Se Darwin não viu o que se passou dessa vez, tinha já visto muitos exemplos da forma como os escravos eram tratados no Brasil. "Perto do Rio de Janeiro vivi frente a uma velha senhora que tinha um instrumento para esmagar os dedos das suas escravas. E fiquei numa casa onde um jovem mulato era insultado, espancado e perseguido todos os dias e todas as horas. Era o suficiente para quebrar o espírito até do animal mais baixo", escreveu no mesmo livro. "Agradeço a Deus por nunca mais ter de visitar um país esclavagista", concluía.

Darwin, antiesclavagista? Não é essa a história que costumamos ouvir contar sobre o homem que desenvolveu a teoria da evolução das espécies através da selecção natural. Mas esse é o foco de um novo livro lançado no Reino Unido, poucos dias antes de se comemorar, hoje, o nascimento de Charles Darwin – 12 de Fevereiro de 1809, o mesmo dia em que nasceu Abraham Lincoln, o Presidente dos Estados Unidos ligado à luta pela abolição da escravatura.

Darwin's Sacred Cause – Race, Slavery and the Quest of Human Origins (em tradução literal, A Causa Sagrada de Darwin – Raça, Escravatura e a Busca das Origens Humanas) foi escrito por Adrian Desmond e James Moore, também autores de uma biografia de Charles Darwin. Desta vez analisam o meio cultural e familiar do homem que se tornou um herói da ciência.

A escola americana

Quando Darwin publicou o livro que o transformou num ícone da ciência moderna – Sobre a Origem das Espécies através da Selecção Natural (tradução literal da obra publicada em Portugal pela D. Quixote com o título A Origem das Espécies) –, propondo um mecanismo natural como o motor da evolução, em 1858, discutia-se se os seres humanos seriam apenas uma espécie única, em todo o mundo, ou se negros, asiáticos e demais tipos humanos eram espécies separadas. A visão de um mundo em que cada espécie foi criada autonomamente, no local onde se encontra hoje, estava a vingar nos Estados Unidos – e favorecia a política esclavagista, que em breve viria a desencadear a Guerra Civil Americana (1861-1865).

Se negros e brancos fossem de facto espécies separadas, e não apenas diferentes raças, poder-se-ia justificar a visão do mundo dos supremacistas brancos, como os proprietários de plantações no Sul dos Estados Unidos. O homem branco era visto como o pináculo da criação. E os negros como criaturas inferiores, naturalmente destinados a servirem o homem branco. A ciência em que se baseavam estas ideias partia de coisas como o estudo de crânios – para analisar as suas mossas, que revelariam a dimensão dos vários órgãos do cérebro, como o da justiça ou da consciência – e o tamanho dos cérebros.

Havia algumas gradações nesta escola antropológica americana. Samuel Morton, que era apenas uma década mais velho que Darwin e tinha passado pela Universidade de Edimburgo, tal como o autor da teoria da evolução, era o expoente da abordagem positivista: não deixava que Deus entrasse nos seus estudos de crânios, cuja capacidade mediu, enchendo-os primeiro com sementes de mostarda e depois com bolinhas de chumbo. Mas introduziu uma série de desvios estatísticos que distorcia as suas obras monumentais, como Crania Americana, relatava o historiador da ciência e biólogo Stephen Jay Gould no livro A Falsa Medida do Homem (Quasi Edições).

Outros, como o suíço Louis Agassiz, radicado nos Estados Unidos e professor na Universidade de Harvard, introduziam uma dimensão mística no estudo das raças e espécies. Agassiz, que aliás muito irritava Darwin, garantem Desmond e Moore – um dos capítulos do livro chama-se Oh for shame Agassiz, pegando num comentário escrevinhado por Darwin –, acreditava que a vida na Terra tinha sido recriada muitas vezes, depois de cataclismos cíclicos. Mas não tolerava a ideia de que as espécies se fossem transformando, evoluindo e espalhando pelo mundo. "Embora tivesse havido uma sucessão de tipos 'mais elevados', dos peixes aos humanos, explicava-os como a revelação dos pensamentos de Deus – não havia ligações materiais ou evolutivas entre um fóssil e outro, relacionavam-se apenas através da Mente Divina, que criava miraculosamente cada nova espécie", escrevem Desmond e Moore.

Homens e irmãos

Darwin, entre o seu regresso da viagem do Beagle, em 1836 (tinha apenas 22 anos quando ela começou), e o casamento com a prima Emma Wedgwood, em 1839, encheu muitos caderninhos de notas sobre a sua convicção cada vez maior de que as espécies "se transmutavam" – mudavam, ao longo dos tempos, transformando-se noutras, espalhando-se pelo mundo. Em apontamentos telegráficos reflectia sobre os possíveis mecanismos para explicar que as espécies não eram fixas, imutáveis.

Esta ideia da "transmutação" das espécies já andava a germinar na cultura europeia há décadas, embora sem que ninguém tivesse proposto um mecanismo convincente. Mas não era propriamente senso comum, e Darwin manteve-se calado, reflectindo, fazendo experiências – construindo a sua reputação, e sofrendo com o fervilhar de ideias que tinha dentro de si. Porque ele, que acreditava na unidade da espécie humana, apesar de todas as suas variações, tinha uma ideia herética: acreditava na unidade de todas as espécies, que foram evoluindo e transformando-se a partir de um antepassado comum.

Esta crença na unidade da espécie humana era sustentada pela sua vivência familiar, entre as famílias Darwin e Wedgwood, que se casaram várias vezes entre si. Ambas eram activistas na luta pela abolição do comércio de escravos, primeiro, e depois pela abolição da escravatura. Os Wedgwood, fabricantes de louça, criaram um medalhão que se tornou o símbolo dessa luta – um negro de joelhos e com correntes, com a inscrição "Não serei eu um homem e vosso irmão".

Na sua viagem de cinco anos no Beagle, Darwin contactou muitas vezes com escravos, negros e mulatos. Destes últimos duvidava-se que pudessem até ter filhos, como as mulas, que resultam do cruzamento de espécies diferentes, de cavalos e burros. Mas a ele não lhe faziam confusão nenhuma. "Nunca vi ninguém tão inteligente como os negros, especialmente as crianças negras ou mulatas", escreveu depois de chegar à Praia, em Cabo Verde, a primeira paragem da viagem do Beagle, iniciada a 27 Dezembro de 1831.

E também viu muitos índios sul-americanos, representantes das tribos de aparência primitiva com que os europeus da época se confrontaram, muitas vezes em encontros inéditos – foi o momento em que os exploradores europeus começaram a chegar mesmo a todos os cantos da Terra.

Pombos e sementes

O caminho pelo qual chegou à prova de que as espécies podem de facto espalhar-se pelo mundo e mudar, ao longo dessa viagem, acabou por incluir pombos e sementes postas a marinar em água salgada.

Para estas experiências, durante a década de 1850, conseguiu mobilizar a sua enorme rede de correspondentes em todo o mundo, e também o apoio da estrutura consular e comercial do Império Britânico – aquele onde o Sol nunca se chegava a pôr, de tal forma era grande. Mandavam-lhe sementes e peles de ossos de pombo, de variedades locais, para ele estudar. E foi a irritação que as ideias de Agassiz lhe despertavam que o levou a lançar-se nesta aventura, defendem Desmond e Moore.

O que lhe interessava era mostrar que as espécies se modificam – e podem ser modificadas pela acção do homem, que pode simplesmente gostar de pombos com a cauda mais larga ou o bico mais curto, sem que crie espécies novas. E provar que as espécies animais e vegetais podiam viajar pelo mundo, adaptando-se localmente. Para tal, demonstrou que a água salgada não matava as sementes, como toda a gente admitia (sem provas experimentais), e que portanto podiam fazer longas viagens por mar e germinar numa nova terra.

Com estas experiências, Darwin demonstrou os mecanismos da transmutação das espécies – a evolução através da selecção natural. E também de um outro factor, o da selecção sexual: as fêmeas preferem certas características nos machos, que podem não ter valor evolutivo, mas são passadas à geração seguinte. O mesmo mecanismo pode explicar que existam homens negros e brancos, se cada cor preferir ter como parceiro sexual alguém com a mesma tonalidade de pele.

Da origem e dispersão das espécies Darwin colheu uma farpa que apontou ao coração do racismo, que ganhava expressão durante a década de 1850, nos Estados Unidos mas não só. Só que, em 1858, Darwin tinha pressa de publicar – por causa da carta que recebeu de Alfred Russel Wallace, um jovem naturalista que estava na Indonésia e que lhe enviou as suas reflexões sobre a origem e transformação das espécies que tanto se assemelhavam à sua própria teoria, desenvolvida ao longo de duas décadas. Por isso, acabou por deixar a evolução humana de fora de A Origem das Espécies.

Entendia-se que nessa obra ele colocava a humanidade em pé de igualdade com os outros animais. Mas Darwin sentia que precisava de mais provas, de ser verdadeiramente esmagador, para falar sobre a evolução humana, num momento em que a campanha dos que viam os negros como uma espécie separada era tão forte, e em que a ameaça de guerra nos EUA estava a agigantar-se.

Cartas e outros escritos mostram que Darwin tinha esperança que Charles Lyell, o seu mentor científico, o ajudasse, falando da evolução humana no livro que estava a preparar sobre o tema. Mas Lyell tinha dificuldade em aceitar que o homem branco fosse retirado do pináculo da evolução e até algumas simpatias pelos plantadores do Sul dos EUA (embora não propriamente pela escravatura), e não conseguia dar esse passo.

Só anos mais tarde, em 1871, já depois de ter terminado a guerra nos EUA, Darwin ganhou coragem para publicar o livro em que fala mesmo sobre a evolução humana – A Ascendência do Homem, e Selecção relativamente ao Sexo (não disponível em edição portuguesa). Nele expõe então a sua teoria da selecção sexual, para explicar as diferenças que criam as raças.

in Público - ler notícia

Um bolo para Darwin


Alunos do 1º ano da escola Vasco Martins Rebolo, da Amadora, cantam os parabéns a Charles Darwin. A iniciativa, promovida pelo Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, quis marcar o bicentenário do nascimento do naturalista com uma prenda muito especial: um bolo inglês segundo a receita de Emma Darwin, sua mulher...

Fotografia: Daniel Rocha

in Público on-line - sem link

O aniversário de Darwin no Blog "Ciência ao Natural"

Parabéns, pá!



Soltas, no meio da miríade de acções comemorativas:




Imagens - daqui, daqui


E não falhem a música de Darwin!


in Blog Ciência Ao Natural - post de Luís Azevedo Rodrigues

Soneto de Antero alusivo à data

O naturalista Charles Darwin

Evolução


Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paul, glauco pascigo...

Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.

Antero de Quental

Palestras no DGM/INETI - adiamento (Doutor Vitor Hugo Forjaz)

Por motivos de índole profissional, o Doutor Vitor Hugo Forjaz adiou a sua vinda ao continente, pelo que já não será possível a realização da sua palestra agendada para hoje e por nós aqui anunciada.

Deste modo, e assim que houver uma data futura definida, publicaremos essa informação aqui no Blog.

Charles Darwin nasceu há 200 anos

Hoje o Google tem esta figura:


Quando clicada, faz uma pesquisa sobre o maior naturalista do século XIX e um dos maiores de sempre, um senhor que estudou Geologia, Biologia, Sistemática e criou o conceito de evolução tal como hoje o entendemos.

Este é o Ano de Darwin - entre o dia de hoje, em que se celebra o seu nascimento (12 de Fevereiro de 1809) e a data em que se recordam os 150 anos da publicação do livro "A Origem das Espécies" - On the Origin of Species by Means of Natural Selection - publicado a 22 de Novembro de 1859, haverá imensas actividades, textos jornalísticos e homenagens às quais nos queremos associar.

Happy birthday Mr. Charles Darwin!

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

O contributo do Carso para o conhecimento do passado humano

Do Blog GeoLeiria publicamos o seguinte post, de Sofia Reboleira:




Conferência intitulada «O contributo do Carso para o conhecimento do passado humano», por Francisco Almeida, esta sexta-feira (13), às 21h30, no anfiteatro do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro.


"Francisco Almeida é arqueólogo desde 1992 tendo-se especializado na arqueologia de contextos Cársicos – Grutas e Abrigos da Estremadura Portuguesa. Licenciado em História-Variante de Arqueologia (1992), Mestre em Arqueologia (1996) e Doutor em Arqueologia (2000). É Bolseiro Pós-doc da Fundação para a Ciência e Tecnologia e o actual responsável pelo Projecto de Investigação e Valorização do Património Arqueológico dos Vales do Lapedo e da Ribeira das Chitas, tendo sido o Comissário Científico do Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho. Desde 1997 é o Responsável Científico pelos trabalhos arqueológicos na Lapa dos Coelhos (rede cársica da nascente do Rio Almonda). Conselheiro da Comissão Científica da Federação Portuguesa de Espeleologia, é Co-investigador e Investigador principal de vários projectos de arqueologia pré-histórica. É autor de 40 publicações científicas, 26 comunicações em congressos, e mais de 25 palestras em Portugal e no Estrangeiro."


Mais detalhes sobre o ciclo de conferências "Descoberta das Profundezas", podem ser consultados no site do NEUA em: www.neua.org.

Um evento integrado no Ano Internacional do Planeta Terra (http://www.anoplanetaterra.org/), “Ciências da Terra para a Sociedade”.