quarta-feira, outubro 03, 2012

Francisco de Assis morreu há 786 anos

Mosaico de Maria Ludgera Haberstroh ilustrando o Cântico das Criaturas, na Liebfrauenkirche, Innenhof

Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho de 1182  - 3 de outubro de 1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo costumavam fixar-se em mosteiros, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação num tempo em que o mundo era visto como essencialmente mau, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
Dante Alighieri disse que ele foi uma "luz que brilhou sobre o mundo", e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus, mas a despeito do enorme prestígio de que ele desfruta até os dias de hoje nos círculos cristãos, que fez sua vida e mensagem serem envoltas em copioso folclore e darem origem a inumeráveis representações na arte, a pesquisa académica moderna sugere que ainda há muito por elucidar quanto aos aspectos políticos de sua atuação, e que devem ser mais exploradas as conexões desses aspectos com o seu misticismo pessoal. Sua vida é reconstituída a partir de biografias escritas pouco após sua morte mas, segundo alguns estudiosos, essas fontes primitivas ainda estão à espera de edições críticas mais profundas e completas, pois apresentam contradições factuais e tendem a fazer uma apologia de seu caráter e obras; assim, deveriam ser analisadas sob uma óptica mais científica e mais isenta de apreciações emocionais do que tem ocorrido até agora, a fim de que sua verdadeira estatura como figura histórica e social, e não apenas religiosa, se esclareça. De qualquer forma, sua posição como um dos grandes santos da Cristandade se firmou enquanto ele ainda era vivo, e permanece inabalada. Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer, em 1228, e por seu apreço à natureza é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente.
   
in Wikipédia
   

Cântico das Criaturas - Francisco de Assis

Altíssimo, omnipotente, bom Senhor,
a ti o louvor, a glória, a honra e toda a bênção.
A ti só, Altíssimo, se hão-de prestar
e nenhum homem é digno de te nomear.

Louvado sejas, ó meu Senhor, com todas as tuas criaturas,
especialmente o meu senhor irmão Sol,
o qual faz o dia e por ele nos alumias.
E ele é belo e radiante, com grande esplendor:
de ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem.
Louvado sejas, ó meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas:
no céu as acendeste, claras, e preciosas e belas.
Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão Vento
e pelo Ar, e Nuvens, e Sereno, e todo o tempo,
por quem dás às tuas criaturas o sustento.
Louvado sejas, ó meu Senhor, pela irmã Água,
que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.
Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão Fogo,
pelo qual alumias a noite:
e ele é belo, e jucundo, e robusto e forte.
Louvado sejas, ó meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra,
que nos sustenta e governa, e produz variados frutos,
com flores coloridas, e verduras.
Louvado sejas, ó meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor
e suportam enfermidades e tribulações.
Bem-aventurados aqueles que as suportam em paz,
pois por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas, ó meu Senhor, por nossa irmã a Morte corporal,
à qual nenhum homem vivente pode escapar:
Ai daqueles que morrem em pecado mortal!
Bem-aventurados aqueles que cumpriram a tua santíssima vontade,
porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei a meu Senhor, e dai-lhe graças
e servi-o com grande humildade…

terça-feira, outubro 02, 2012

Paul von Hindenburg nasceu há 165 anos

Paul Ludwig Hans Anton von Beneckendorff und von Hindenburg, mais conhecido como Paul von Hindenburg, (Posen, 2 de outubro de 1847 - Neudeck, 2 de agosto de 1934) foi um político e marechal alemão, importante figura durante a Primeira Guerra Mundial. Foi também presidente da Alemanha de 12 de maio de 1925 a 2 de agosto de 1934.
Hindenburg é comummente lembrado como o homem que, como Presidente alemão nomeou o líder nazi Adolf Hitler como Chanceler da Alemanha. Hitler e Hindenburg detestavam-se, ele referia-se a Hitler como um "cabo boémio". Hitler forçava com a sua força política e pressionava Hindenburg a nomeá-lo como chanceler, Hindenburg repetidamente recusou o pedido de Hitler.
 
Nasceu em Posen, no dia 2 de outubro de 1847. Era o primogénito de Robert von Beneckendorff und von Hindenburg, um conde e médico, e Louise Schwickart, de uma família aristocrática da Saxónia, descendente de Karl, o Grande. Foi casado com Gertrud von Sperling (prima de Araci von Sperling), de quem teve: Oskar von Hindenburg, major do Exército, Irmgard Pauline (religiosa na Espanha como Maria Eusébia de Jesús, casada com o conde Antonnio Faustino) e Annemarie von Hindenburg, casada com Christian von Pentz.
Educado na escola de cadetes de Berlim, Hindenburg entrou no exército prussiano em 1866, onde esteve cerca de 40 anos, servindo na Guerra das Sete Semanas e na Guerra Franco-Prussiana.
No início da Primeira Guerra Mundial, em agosto de 1914, já retirado da vida militar, aceitou comandar o 8º Exército Alemão na fronteira russa. Ele e o general Erich Ludendorff conseguiram uma estrondosa vitória sobre os russos na batalha de Tannenberg; nomeado marechal de campo em 1916, torna-se, com Ludendorff, responsável pela direcção de todas as forças alemãs. Em março de 1917, Hindenburg estabeleceu um sistema de trincheiras através do Norte de França, conhecido pelo nome de "Linha de Hindenburg", só ultrapassado pelos Aliados em outubro de 1918.
Depois da guerra, retirou-se do exército pela segunda vez. Em 1920, nas suas memórias (Mein Leben, "Minha vida") explica que a derrota alemã na guerra teve origem numa revolução interna que pôs fim ao império alemão e estabeleceu a república em 1919.
Em 1925 foi eleito presidente da República e, apesar de pretender a unidade da Alemanha, promoveu os interesses dos junkers prussianos, isto é, a aristocracia terratenente. Em 1932 voltou a concorrer às eleições presidenciais como o único candidato capaz de derrotar o partido nazi de Adolf Hitler, o que veio a acontecer.
Em fins de 1932 foi convencido por Franz von Papen a chamar Adolf Hitler à chancelaria. Em 30 de janeiro de 1933, Hindenburg nomeia Hitler chanceler, a quem o Reichstag (Parlamento) viria a dar poderes ditatoriais; a partir de então, Hindenburg passou a ser uma simples figura decorativa no governo germânico.
Faleceu em 2 de agosto de 1934. Encontra-se sepultado em Elisabethkirche, Marburg, Hessen na Alemanha.

Moeda de dois reichsmark de 1938

Curiosidades
  • Paul von Hindenburg era descendente direto de Martinho Lutero e de Catarina von Bora, através da filha destes, Margaretha, seguindo também o protestantismo.
  • O dirigível Hindenburg teve este nome em sua homenagem.
  • Em 1938 a Alemanha lança moeda comemorativa in memoriam a Paul von Hindenburg.

Mahatma Gandhi nasceu há 143 anos

Mohandas Karamchand Gandhi (Porbandar, 2 de outubro de 1869 - Nova Déli, 30 de janeiro de 1948), mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A Grande Alma") foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racismo, incluindo Martin Luther King e Nelson Mandela. Freqüentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).

(...)

Gandhi teve grande influência entre as comunidades hindu e muçulmana da Índia. Costuma-se dizer que ele terminava rixas comunais apenas com sua presença. Gandhi posicionou-se veementemente contra qualquer plano que dividisse a Índia em dois estados, o que efetivamente aconteceu, criando a Índia - predominantemente hindu - e o Paquistão - predominantemente muçulmano.
No dia da transferência de poder, Gandhi não celebrou a independência com o restante da Índia, mas ao contrário, lamentou sozinho a partilha do país em Calcutá.
Gandhi havia iniciado um jejum no dia 13 de janeiro de 1948 em protesto contra as violências cometidas por indianos e paquistaneses. No dia 20 daquele mês, ele sofreu um atentado: uma bomba foi lançada em sua direção, mas ninguém ficou ferido.
Entretanto, no dia 30 de janeiro de 1948, Gandhi foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por Nathuram Godse, um hindu radical que responsabilizava Gandhi pelo enfraquecimento do novo governo ao insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão. Godse foi depois julgado, condenado e enforcado, a desrespeito do último pedido de Gandhi que foi justamente a não-punição de seu assassino.
O corpo do Mahatma foi cremado e suas cinzas foram jogadas no rio Ganges.


Don McLean faz hoje 67 anos

Donald "Don" McLean (born October 2, 1945) is an American singer-songwriter. He is most famous for the 1971 album American Pie, containing the renowned songs "American Pie" and "Vincent".

Both McLean's grandfather and father were also named Donald McLean. The Buccis, the family of McLean's mother, Elizabeth, came from Abruzzo in central Italy. They left Italy and settled in Port Chester, New York, at the end of the 19th century. He has other extended family in Los Angeles and Boston.
As a teenager, McLean became interested in folk music, particularly the Weavers' 1955 recording At Carnegie Hall. Childhood asthma meant that McLean missed long periods of school, particularly music lessons, and although he slipped back in his studies, his love of music was allowed to flourish. He often performed shows for family and friends. By age 16 he had bought his first guitar (a Harmony acoustic archtop with a sunburst finish) and begun making contacts in the music business, becoming friends with folk singer Erik Darling, a latter-day member of the Weavers. McLean recorded his first studio sessions (with singer Lisa Kindred) while still in prep school.
McLean graduated from Iona Preparatory School in 1963, and briefly attended Villanova University, dropping out after four months. While at Villanova he became friends with singer/songwriter Jim Croce.
After leaving Villanova, McLean became associated with famed folk music agent Harold Leventhal, and for the next six years performed at venues and events including the Bitter End and the Gaslight Cafe in New York, the Newport Folk Festival, the Cellar Door in Washington, D.C., and the Troubadour in Los Angeles. Concurrently, McLean attended night school at Iona College and received a bachelor's degree in business administration in 1968. He turned down a scholarship to Columbia University Graduate School in favor of becoming resident singer at Caffè Lena in Saratoga Springs, New York.
In 1968, with the help of a grant from the New York State Council on the Arts, McLean began reaching a wider public, with visits to towns up and down the Hudson River. He learned the art of performing from his friend and mentor Pete Seeger. McLean accompanied Seeger on his Clearwater boat trip up the Hudson River in 1969 to raise awareness about environmental pollution in the river. During this time McLean wrote songs that would appear on his first album, Tapestry. McLean co-edited the book Songs and Sketches of the First Clearwater Crew with sketches by Thomas B. Allen for which Pete Seeger wrote the foreword. Seeger and McLean sang "Shenandoah" on the 1974 Clearwater album.

Early breakthrough
McLean recorded his first album, Tapestry, in 1969 in Berkeley, California during the student riots. After being rejected by 34 labels, the album was released by Mediarts and attracted good reviews but little notice outside the folk community.
McLean's major break came when Mediarts was taken over by United Artists Records thus securing for his second album, American Pie, the promotion of a major label. The album spawned two No. 1 hits in the title song and "Vincent". American Pie's success made McLean an international star and piqued interest in his first album, which charted more than two years after its initial release.

American Pie
McLean's magnum opus, "American Pie", is a sprawling, impressionistic ballad inspired partly by the deaths of Buddy Holly, Ritchie Valens and J. P. Richardson (The Big Bopper) in a plane crash on 3 February 1959. The song popularized the expression "The Day the Music Died" in reference to this event. WCFL DJ Bob Dearborn unraveled the lyrics and first published his interpretation on 7 January 1972, eight days before the song reached #1 nationally (see "Further reading" under American Pie). Numerous other interpretations, which together largely converged on Dearborn's interpretation, quickly followed. McLean declined to say anything definitive about the lyrics until 1978. Since then McLean has stated that the lyrics are also somewhat autobiographical and present an abstract story of his life from the mid-1950s until the time he wrote the song in the late 1960s.
The song was recorded on 26 May 1971 and a month later received its first radio airplay on New York’s WNEW-FM and WPLJ-FM to mark the closing of The Fillmore East, a famous New York concert hall. "American Pie" reached number one on the U.S. Billboard magazine charts for four weeks in 1972, and remains McLean's most successful single release. The single also topped the Billboard Easy Listening survey. With a running time of 8:36, it is also the longest song to reach No. 1. Some stations played only part one of the original split-sided single release.
In 2001 "American Pie" was voted No. 5 in a poll of the 365 Songs of the Century compiled by the Recording Industry Association of America and the National Endowment for the Arts. The top five were: "Over the Rainbow" written by Harold Arlen and E.Y. "Yip" Harburg (performed by Judy Garland in the 1939 film The Wizard of Oz), "White Christmas" written by Irving Berlin (best-known performance by Bing Crosby), "This Land Is Your Land" written and performed by Woody Guthrie, "Respect" written by Otis Redding (best-known performance by Aretha Franklin), and "American Pie".

Subsequent recordings
Personnel from the American Pie album sessions were retained for his third album Don McLean, including producer, Ed Freeman, Rob Rothstein on bass and Warren Bernhardt on piano. The song "The Pride Parade" provides an insight into McLean’s immediate reaction to stardom. McLean told Melody Maker magazine in 1973 that Tapestry was an album by someone previously concerned with external situations. American Pie combines externals with internals and the resultant success of that album makes the third one (Don McLean) entirely introspective."
Other songs written by McLean for the album included “Dreidel” (number 21 on the Billboard chart) and “If We Try” (number 58), which was subsequently recorded by Olivia Newton-John. “On the Amazon” from the 1920s musical Mr Cinders was an unusual choice but became an audience favorite in concerts and featured in “Till Tomorrow”, a documentary film about McLean produced by Bob Elfstrom. The film shows McLean in concert at Columbia University as he was interrupted by a bomb scare. He left the stage while the audience stood up and checked under their seats for anything that resembled a bomb. After the all-clear, McLean re-appeared and sang “On the Amazon” from exactly where he had left off. Don Heckman reported the bomb scare in his review for the New York Times entitled “Don McLean Survives Two Obstacles.”
The fourth album, Playin' Favorites was a top-40 hit in the UK in 1973 and included the Irish folk classic, "Mountains of Mourne" and Buddy Holly’s "Everyday", a live rendition of which returned McLean to the UK Singles Chart. McLean said, "The last album (Don McLean) was a study in depression whereas the new one (Playin' Favorites) is almost the quintessence of optimism, with a feeling of "Wow, I just woke up from a bad dream."
The 1974 album Homeless Brother, produced by Joel Dorn, was McLean’s final studio collaboration with United Artists. The album featured fine New York session musicians, including Ralph McDonald on percussion, Hugh McKracken on guitar and a guest appearance by Yusef Lateef on flute. The Persuasions sang the background vocals on “Crying in the Chapel” and Cissy Houston provided a backing vocal on “La La Love You”.
The album’s title song was inspired by Jack Kerouac’s book, The Lonesome Traveller in which Kerouac tells the story of America’s “homeless brothers,” or hobos. The song features background vocals by Pete Seeger.
The song “The Legend of Andrew McCrew” was based on an article published in the New York Times. concerning a black Dallas hobo named Anderson McCrew who was killed when he leapt from a moving train. No one claimed him, so a carnival took his body, mummified it, and toured all over the South with him, calling him the “The Famous Mummy Man.” McLean’s song inspired radio station WGN in Chicago to tell the story and give the song airplay in order to raise money for a headstone for Anderson McCrew’s grave. Their campaign was successful and McCrew’s body was exhumed and buried in the Lincoln Cemetery in Dallas. The tombstone had an inscription with words from the fourth verse of McLean’s song:
What a way to live a life, and what a way to die
Left to live a living death with no one left to cry
A petrified amazement, a wonder beyond worth
A man who found more life in death than life gave him at birth
Joel Dorn later collaborated on the Don McLean career retrospective Rearview Mirror released in 2005 on Dorn’s own label Hyena Records. In 2006, Dorn reflected on working with McLean:
Of the more than 200 studio albums I’ve produced in the past forty plus years, there is a handful; maybe fifteen or so that I can actually listen to from top to bottom. Homeless Brother is one of them. It accomplished everything I set out to do. And it did so because it was a true collaboration. Don brought so much to the project that all I really had to do was capture what he did, and complement it properly when necessary.
Also from the Homeless Brother album, "Wonderful Baby" was a number 1 on the AOR chart in 1975 and was later recorded by Fred Astaire. The song had been inspired by Joel Dorn’s son and reflected McLean’s interest in 1930s music.
1977 saw a brief liaison with Arista Records that yielded the Prime Time album and, in October 1978, the single "It Doesn’t Matter Anymore". This was a track from the Chain Lightning album that should have been the second of four with Arista. McLean had started recording in Nashville, with Elvis Presley’s backing singers, The Jordanaires, and many of Elvis’s musicians. However the Arista deal broke down following artistic disagreements between McLean and the Arista chief, Clive Davis. Consequently McLean was left without a record contract in the USA, but through continuing deals the Chain Lightning album was released by EMI in Europe and by Festival Records in Australia. In April 1980, the track "Crying” from the album began picking up airplay on Dutch radio stations and McLean was called to Europe to appear on several important musical variety shows to plug the song and support its release as a single by EMI. The song achieved number 1 status in Holland first, followed by the UK and then Australia.
Don’s number 1 successes in Europe and Australia led to a new deal in the USA with Millennium Records. They issued the Chain Lightning album two and a half years after it had been recorded in Nashville, and two years after its release in Europe. It charted on February 14th, 1981 and reached number 28 while "Crying" climbed to number 5 on the pop singles chart.
The early 1980s saw further chart successes in the US with "Since I Don't Have You", a new recording of "Castles in the Air" and "It's Just the Sun".
In 1987, the release of the country-based Love Tracks album gave rise to the hit singles "Love in My Heart" (a top-10 in Australia), "Can't Blame the Wreck on the Train" (US country No. 49), and "Eventually". The latter two songs were written by Houston native Terri Sharp.
In 1991, EMI reissued the "American Pie" single in the United Kingdom and McLean performed on Top of the Pops.
In 1992, previously unreleased songs became available on Favorites and Rarities while Don McLean Classics featured new studio recordings of "Vincent" and "American Pie".
Don McLean has continued to record new material including River of Love in 1995 on Curb Records and, more recently, the albums You've Got to Share, Don McLean Sings Marty Robbins and The Western Album on his own Don McLean Music label.
A new album, Addicted to Black, was released in May 2009 and is available for purchase at his North American concert performances and is available on his website. In addition, McLean is expecting to tour in Europe and Australia in 2010.

Other songs
McLean's other well-known songs include:
  • "And I Love You So" was covered by Elvis Presley, Helen Reddy, Shirley Bassey, Glen Campbell, Engelbert Humperdinck, Howard Keel and a 1973 hit for Perry Como
  • "Vincent", a tribute to the 19th century Dutch painter, Vincent van Gogh. Although it only reached #12 on the Billboard Hot 100, it proved to be a huge hit worldwide. It was a #1 hit single in the UK Singles Chart. This song was covered by NOFX on their album titled 45 or 46 Songs That Weren't Good Enough to Go on Our Other Records, and also appears on the Fat Wreck Chords compilation Survival of the Fattest. "Vincent" was also covered by Josh Groban on his 2001 debut album.
  • "Castles in the Air", which McLean recorded twice. His 1981 re-recording was a top-40 hit, reaching #36 on the Billboard Hot 100 in late 1981.
  • "Wonderful Baby", a tribute to Fred Astaire that Astaire himself recorded. Primarily rejected by pop stations, it reached #1 on the Billboard Easy Listening survey.
  • "Superman's Ghost", a tribute to George Reeves, who portrayed Superman on television in the 1950s
  • "The Grave", a song that McLean had written about the Vietnam War, was covered by George Michael in 2003 in protest against the Iraq War.
The American Pie album features a version of Psalm 137, entitled "Babylon". The song is based on a canon by Philip Hayes and was arranged by McLean and Lee Hays (of The Weavers). Boney M had a number one hit in the UK with a similar song in 1978 under the title Rivers of Babylon, which was not based on this one, although using the same text from Psalm 137.
"Babylon" was performed in the Mad Men episode of the same name Babylon_(Mad_Men) - episode 6 despite the fact that the song would not be released until 10 years after the time in which the episode is set.
In 1980, McLean had an international number one hit with a cover of the Roy Orbison classic, "Crying". It was only after the record became a success overseas that it was released in the U.S. The single hit #5 on the Billboard Hot 100 in 1981. Orbison himself once described McLean as "the voice of the century", and a subsequent re-recording of the song saw Orbison incorporate elements of McLean's version.
For the 1982 animated cult-movie The Flight of Dragons produced by Jules Bass and Arthur Rankin, Jr., McLean sang the opening theme. Unfortunately, no soundtrack has ever been released.
Another hit song associated with McLean (though never recorded by him) is "Killing Me Softly with His Song", which was written about McLean after Lori Lieberman, also a singer/songwriter, saw him singing his composition "Empty Chairs" in concert. Afterwards, Lieberman wrote a poem about the experience and shared it with Norman Gimbel, who had long been searching for a way to use a phrase he had copied from a novel badly translated from Spanish to English, "killing me softly with his blues". Gimbel and Charles Fox reworked the poem and the phrase into the song "Killing Me Softly with His Song", recorded by Roberta Flack (and later covered by The Fugees).

Hermínia Silva nasceu há 105 anos!

(imagem daqui)
Hermínia Silva (Lisboa, 2 de outubro de 1907 - 13 de junho de 1993) foi uma fadista portuguesa.

Biografia
Hermínia Silva nasceu em 1913, cinco anos depois de Ercília Costa, a primeira fadista que saiu das fronteiras de Portugal. Cedo se tornou presença notada nos retiros de Lisboa, que não hesitaram em contratá-la, pela originalidade com que cantava o Fado. A Canção dos Bairros de Lisboa estava-lhe nas veias, não fora ela nascida, ali mesmo junto ao Castelo de São Jorge. As "histórias" dos amores da Severa com o Conde de Vimioso estavam ainda frescas na memória do povo.
Rapidamente, a sua presença foi notada nos retiros, e passados poucos anos, em 1929, Hermínia Silva estreava-se numa Revista do Parque Mayer. Era a primeira vez que o Fado vendia bilhetes na Revista. Alguns jornais da época, referiam-se a ela, como a grande vedeta nacional, chegando a afirmar-se, que a fadista tinha "uma multidão de admiradores fanáticos". A sua melismática criativa, a inclusão no Fado, de letras menos tristes, por vezes com um forte cunho de crítica social, e o seu empenho em trazer para o Fado e para a guitarra portuguesa, fados não tradicionais, compostos por maestros como Jaime Mendes, compositores como Raul Ferrão, criando assim o chamado "fado musicado", aquele fado cuja música corresponde unicamente a uma letra, se bem que composto segundo a base do Fado, e em especial, tendo em atenção as potencialidades da guitarra portuguesa.
Hermínia Silva torna-se assim, sem o haver planeado, num dos vértices do Fado, tal qual ele existe, enquanto estilo musical: Alfredo Marceneiro foi o primeiro vértice, o da exploração estilística do Fado Tradicional, tendo em Ercília Costa o seu maior ícone; Hermínia viria a trazer o Fado para as grandes salas do Teatro de Revista, e viria a "inaugurar" a futura Canção Nacional, com acompanhamentos de grandes orquestras, dirigidas por maestros, que também eram compositores. A sua fama atingiu um tal ponto que o Cinema, quis aproveitar o seu sucesso como figura de grande plano.
Efectivamente, nove anos depois de se ter estreado na Revista, Hermínia integra o elenco do filme de Chianca de Garcia, Aldeia da Roupa Branca (1938), num papel que lhe permite cantar no filme. Nascera assim, a que viria a ser considerada, a segunda artista mais popular do século XX português, depois de Amália Rodrigues, o terceiro vértice do Fado, ainda por nascer.
Depois de várias presenças no estrangeiro, com especial incidência no Brasil e em Espanha, Hermínia aposta numa carreira mais concentrada em Portugal. O seu conhecido e parodiado receio em andar de avião, inviabilizou-lhe muitos contratos que surgiam em catadupa. Mas, Hermínia estava no Céu, na sua Lisboa das sete colinas.
Em 1943 é chamada para mais um filme, o Costa do Castelo, em 1946 roda o Homem do Ribatejo, passando regularmente pelos palcos do Parque Mayer, fazendo sucesso com os seus fados e as suas rábulas de Revista. Efectivamente, Hermínia consegue alcançar tal êxito no Teatro, que o SNI, atribui-lhe o "Prémio Nacional do Teatro", um galardão muito cobiçado na época. Até 1969, em "O Diabo era Outro", a popularidade da fadista encheu os écrans dos cinemas de todo o país. Vieram mais Revistas, mais recitais, muitos discos de sucesso.
Mas, para quem quisesse conhecer a grande Hermínia bem mais de perto, ainda tinha a oportunidade de ouro, de vê-la ao vivo e a cores, sem microfone, na sua Casa - o Solar da Hermínia, restaurante que manteve quase até ao fim da sua vida artística.
Felizmente, o Estado Português, o Antigo e o Contemporâneo, reconheceu Hermínia Silva. São vários os Prémios e Condecorações, as distinções e as nomeações, justíssimas para uma artista, que fez escola, e que hoje, constitui um dos três maiores nomes da Canção Nacional, ao lado de Marceneiro e de Amália, que por razões diferentes, pelos "apports", de forma e conteúdo distintos, que trouxeram à Canção de Lisboa, fizeram dela, o Fado, tal qual hoje é entendido, cantado, tocado e formatado.
A fadista cantou quase até falecer, em 13 de junho de 1993. Morria assim, uma das maiores vedetas do Fado e do Teatro de Revista Português.

Marcos principais da sua carreira
  • 1920 Canta para Alfredo Marceneiro e para os amigos, entre os quais Armandinho, que adoravam ouvir a "miúda".
  • 1926 Começa a cantar no Valente das Farturas, no Parque Mayer. Alfredo Marceneiro canta ao lado, no Júlio das Farturas.
  • 1929 Na Esplanada Egípcia, no Parque Mayer, interpreta Ouro Sobre Azul, De Trás da Orelha e Off-Side.
  • 1932 Ainda no Parque, muda-se para o Teatro Maria Vitória, onde actua na opereta A Fonte Santa.
  • 1933 Ingressa no Teatro Variedades, onde é segunda figura, logo a seguir a Beatriz Costa. Canta e representa em inúmeras revistas.
  • 1958 Inaugura o Solar da Hermínia, no Bairro Alto, ao qual se dedicará de tal forma que deixa o teatro de revista. Estará à frente desta casa durante 25 anos.
  • 1970 Faz uma digressão de 3 meses ao Brasil.
  • 1982 Fecha o Solar da Hermínia, o ponto de referência da sua carreira e onde inúmeros artistas despontaram.
  • 1987 Na discoteca Loucuras! dá um espectáculo memorável, na presença do então Presidente da República, Mário Soares.

Rock Hudson morreu há 27 anos

Roy Harold Scherer Jr., conhecido profissionalmente como Rock Hudson (Winnetka, 17 de Novembro de 1925 - Los Angeles, 2 de outubro de 1985), foi um ator norte-americano, famoso pelos dramas que fez com o diretor Douglas Sirk e pelas comédias românticas que estrelou ao lado de Doris Day.

Rock Hudson teve uma vida conturbada. Aos quatro anos foi abandonado pelo pai, Roy Harold Scherer, passando a ser educado com muita dificuldade pela mãe, Katherine Wood, uma empregada doméstica, na cama de quem dormiu até os quinze anos, no alojamento dos criados.
Estudou na New Trier High School, de Illinois. Ganhava algum dinheiro entregando jornais. Aos dezoito anos, alistou-se na Marinha dos Estados Unidos, servindo na lavandaria. Foi quando sua sexualidade despertou. No meio de tantos rapazes, sentia-se inteiramente à vontade. Tentou até manter um comportamento viril para se mostrar um deles. Entrou para a universidade e, orientado por um professor, tirou várias fotos e enviou-as para vários agentes de artistas de Hollywood.
Em 1946, após dar baixa na Marinha, Roy foi para Los Angeles, onde trabalhou como camionista durante dois anos para se sustentar, até que um encontro fortuito com o olheiro Henry Wilson em 1948 o tirou do anonimato. Wilson apresentou Roy para Ken Hodge, um produtor musical. Os dois tornaram-se amantes. E foi numa festa, no apartamento de Ken, que Roy Sherer se tornou Rock Hudson. Os convidados decidiram que, se ele queria se tornar ator, deveria "renascer" com um outro nome. Ken pronunciou aleatoriamente "Rock", por causa do som duro; "Hudson" foi escolhido na lista telefónica.
Hudson estreou no cinema como coadjuvante/secundário no filme Sangue, Suor e Lágrimas (Fighter Squadron, 1948), de Raoul Walsh e assinou um contrato com os Estúdios Universal que lhe garantia a realização de vinte e dois filmes em quatro anos. Seu primeiro grande papel a chamar atenção da crítica e do público foi no drama Sublime Obsessão (Magnificent Obsession, 1954), de Douglas Sirk, com quem faria alguns de seus melhores filmes.
Bem apessoado e com 1,93 m, sua carreira começou como galã em vários westerns, dramas de guerra e comédias principalmente, mas não só, ao lado de Doris Day. Recebeu uma indicação para o Óscar de Melhor Ator pelo clássico O Gigante (Giant, 1956), mas perdeu o prémio para Yul Brynner. O clássico, dirigido por George Stevens, foi coestrelado por James Dean e Elizabeth Taylor, que se transformaria em uma de suas melhores amigas fora das telas.
Liz Taylor admitiu que, durante as filmagens de O Gigante, sentiu-se atraída por Hudson. Tudo inútil, pois havia para o ator alguém bem mais atraente que ela - James Dean. Este era um bissexual assumido e extrovertido. Porém, de acordo com a última biografia autorizada por Rock Hudson (Rock Hudson - História de Sua Vida), escrita pelo próprio Rock Hudson & Sara Davinson, na página 122, Rock Hudson diz: "Eu não simpatizava com ele (James Dean) pessoalmente", confessa Rock, "mas isso não tem importância". Rock não se dava bem com James Dean porque, na sua opinião, Dean não era "profissional". Durante as filmagens de "O Gigante", Rock Hudson e Elizabeth Taylor tiveram que passar o dia inteiro maquilhados e vestidos, esperando James Dean, que não chegava, pois assistia a uma corrida em outra cidade.
Nas décadas de 1950 e 1960, figurou entre os dez astros de maior sucesso de bilheteira do cinema norte-americano. Quando os rumores começaram a circular em Hollywood que, ao contrário dos amantes românticos que ele interpretava no cinema, sua orientação sexual era outra, o seu agente cinematográfico arranjou um pseudo-casamento de Hudson com Phyllis Gates, a sua secretária. Eles passaram a lua-de-mel na Jamaica e em Manhattan. O divórcio se deu em 1958.
Na década de 1970, a carreira de Hudson no cinema parecia estar no fim. Assinou então contrato para uma longa série televisiva. Para um astro de sua grandeza, era uma queda enorme. E o pior é que teria de participar de cenas na cama com a atriz Susan St. James. Eles inclusive teriam um filho na série. Para ele, era demais. Começou a beber e descuidou-se. Era visto em meios homossexuais de Los Angeles, São Francisco e Nova Iorque. A sua imagem ficou seriamente abalada quando se espalharam boatos de que teria se "casado" com o apresentador de um show da televisão, o ator Jim Nabors. Este acabou perdendo o seu contrato quando o falatório chegou à CBS. Os dois não ousavam aparecer juntos e jamais se falaram novamente. Rock inclusive tinha medo de ir ao Havaí, pois sabia que Nabors tinha uma casa lá. Em 1982, uma revista anunciou seu "divórcio".
A sua última aparição no cinema foi em O Embaixador (The Ambassador, 1984), de J. Lee Thompson, coestrelado por Robert Mitchum. Desde o início da década de 1980, já com os primeiros indícios de que havia contraído SIDA, o ator passou a fazer mais séries para a TV, como O Casal McMillan (McMillan & Wife, 1971-1977). Os seus últimos trabalhos foram a participação em vários capítulos da série Dinastia (Dinasty).
Rock Hudson só assumiu a doença três meses antes de morrer, ao anunciar que doaria 250 mil dólares para uma fundação recém-aberta para cuidar de pesquisas sobre o vírus da SIDA. Também estava escrevendo uma biografia, cujo título provisório era A Minha História, e cujos lucros seriam para essa fundação. Faleceu em 2 de outubro de 1985, em Los Angeles, nos Estados Unidos; o seu corpo foi cremado e as cinzas atiradas ao mar.
Ganhou quatro vezes o Golden Globe.

Após 63 gloriosos dias, a Insurreição de Varsóvia terminou há 68 anos

Vítimas de massacres conduzidos por tropas do Eixo

A Revolta, Levantamento ou Insurreição de Varsóvia (em polaco Powstanie warszawskie) foi uma luta armada durante a Segunda Guerra Mundial na qual o Armia Krajowa (Exército Clandestino Polaco) tentou libertar Varsóvia do controle da Alemanha Nazi.
Teve início a 1 de agosto de 1944, às 17.00 horas, como parte de uma revolta nacional, a "Operação Tempestade", e deveria durar apenas alguns dias, até que o Exército Soviético chegasse à cidade. O avanço soviético no entanto foi interrompido, mas a resistência polaca continuou por 63 dias, até sua rendição às forças alemãs, em 2 de outubro.
A ofensiva começou quando o Exército Soviético aproximou-se de Varsóvia. Os principais objetivos dos polacos eram manter os alemães ocupados e ajudar nos esforços de guerra contra a Alemanha e as Forças do Eixo. Entre os objetivos políticos secundários estava a libertação da cidade antes da chegada dos soviéticos, conquistando assim seu direito de soberania e desfazendo a divisão da Europa Central em esferas de influência sob os poderes aliados. Os insurgentes esperavam reinstalar as autoridades de seu país antes que o Polski Komitet Wyzwolenia Narodowego (Comité de Liberação Nacional Soviético Polaco) assumisse o controle.
Inicialmente os polacos isolaram áreas substanciais da cidade, mas os soviéticos não se aproximaram de suas cercanias até meados de setembro. Em seu interior, uma luta aguerrida entre alemães e polacos continuava. Em 16 de setembro, as forças soviéticas conquistaram território a poucos metros das posições polacas nas margens do Rio Vístula, não avançando mais durante o restante da duração da Revolta. Isso levou a acusações de que o líder soviético Estaline esperava pelo fracasso da insurreição para que pudesse assim ocupar a Polónia de forma incontestável.
Embora o número exato de baixas permaneça desconhecido, estima-se que aproximadamente 16.000 integrantes da resistência polaca foram mortos e 6.000 gravemente feridos. Entre 150.000 e 200.000 civis morreram, a maioria vítima de massacres conduzidos por tropas do Eixo. As perdas alemãs totalizaram aproximadamente 16.000 soldados mortos e 9.000 feridos. Durante o combate urbano, perto de 25% dos prédios de Varsóvia foram destruídos. Após a rendição das forças polacas, as tropas alemãs destruíram sistematicamente, quarteirão a quarteirão, 35% da cidade. Juntamente com os danos provocados pela Invasão da Polónia, em 1939, e o Levantamento do Gueto de Varsóvia, em 1943, mais de 85% da cidade estava destruída em 1945, quando os soviéticos finalmente ultrapassaram suas fronteiras.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Luísa Todi morreu há 179 anos

Luísa Rosa de Aguiar (Setúbal, Nossa Senhora da Anunciada, 9 de janeiro de 1753 - Lisboa, Encarnação, 1 de outubro de 1833), Luísa Rosa de Aguiar Todi pelo casamento, foi uma cantora lírica portuguesa.

Filha de Manuel José de Aguiar (Lisboa, Paróquia - extinta - de Conceição Nova, batizado em 12 de janeiro de 1710 - ?), professor de música e instrumentista, e de sua mulher (casados em Setúbal, na Paróquia de Nossa Senhora da Anunciada, a 4 de setembro de 1745) Ana Joaquina de Almeida (Setúbal, Santa Maria da Graça, 19 de fevereiro de 1726 - ?) e irmã mais nova de Cecília Rosa de Aguiar (23 de Agosto de 1746 - ?) e de Isabel Ifigénia de Aguiar (5 de novembro de 1750 - ?), casada com Joaquim de Oliveira, em 1765 já se encontrava a viver em Lisboa. A sua mãe era filha de João de Almeida e de sua mulher Isabel da Esperança (filha de João da Frota e de sua mulher Luísa de Brito) e neta paterna por bastardia de Miguel Pessanha de Vasconcelos (filho do 8.º Senhor de Mossâmedes) e de Serafina de Almeida, "a Relojoeira", de Viseu.

Luísa começou a sua carreira pelo teatro musical, aos catorze anos, no Teatro do Conde de Soure, no Tartufo, de Molière. Com a sua irmã mais velha, Cecília Rosa de Aguiar (23 de agosto de 1946 - ?), cantou em óperas cómicas.
Casou em Lisboa, Mercês, 28 de julho de 1769, com o violinista napolitano e seu grande admirador, Francesco Saverio Todi, filho de Niccolò Todi e de sua mulher Mariana e viúvo de Teresa (? - Lisboa, Mercês, 1769), que lhe deu o apelido e a fez aprender canto com o compositor David Perez, o conceituado mestre de capela da corte portuguesa. Ao marido deveu o aperfeiçoamento e a dimensão internacional que a levariam a todas as cortes da Europa, como cantora lírica.
Estreou-se em 1771 na corte portuguesa da futura D. Maria I e cantou no Porto entre 1772 e 1777. Durante esse período aí nasceram o seu primeiro filho João Todi em 1772, e, em 1773, a sua primeira filha Ana José Todi. Em 1775 nasceria em Guimarães a sua filha Maria Clara Todi e, em 1777, em Aranjuez, o seu filho Francisco Xavier Todi, mais tarde casado com Maria Amália das Neves, filha de João das Neves Pereira e de sua mulher Maria Rosa das Neves, neta paterna de Caetano das Neves e de sua mulher Teresa Maria Clara e neta materna de Bernardo José e de sua mulher Joana Maria.

Em 1777 parte para Londres, para actuar no King's Theatre, sem particular aplauso por parte dos ingleses.
Em 1778 está em Paris, onde a 22 de novembro nasceria a sua filha Adelaide Todi, e Versalhes. Em 1780 é aclamada em Turim, no Teatro Régio, tendo assinado um contrato como prima-dona, e em 1780 era já considerada pela crítica como uma das melhores vozes de sempre. Nessa cidade veio a nascer o seu filho Leopoldo Rodrigo Ângelo Todi, a 24 de novembro de 1782, mais tarde casado em 1821 com Maria Germana Vasques, com geração.
Brilhou na Áustria, na Alemanha e na Rússia. Veio a Portugal em 1783 para cantar na corte portuguesa. Regressou a Paris, tendo ficado célebre o «duelo» com outra cantora famosa, Gertrud Elisabeth Mara, que dividiu a crítica e o público entre todistas e maratistas.
Convidada, parte com o marido e filhos para a corte de Catarina II da Rússia, em São Petersburgo (1784 a 1788), que a presenteou com jóias fabulosas. Em agradecimento o casal Todi escreveu para a imperatriz a ópera Pollinia. Berlim aplaudiu-a quando ia a caminho da Rússia e, no regresso, Luísa Todi foi convidada por Frederico Guilherme II da Prússia, que lhe deu aposentos no palácio real, carruagem e os seus próprios cozinheiros, sem falar do principesco contrato, tendo ali permanecido de 1787 a 1789.
Diversas cidades alemãs a aplaudiram como Mogúncia, Hanôver e Bona, onde Beethoven a terá ouvido. Cantou ainda em Veneza, Génova, Pádua, Bérgamo e Turim.
De 1792 a 1796 encantou os madrilenos novamente.
Em 1793 vem à corte de Lisboa por ocasião do baptizado de mais uma filha do herdeiro do trono, o futuro D. João VI, casado com D. Carlota Joaquina. A cantora precisou de uma autorização especial para cantar em público, o que era então proibido às mulheres, numa corte pouco esclarecida como a de D. Maria I.
Em 1799 terminou a sua carreira internacional em Nápoles.

Regressou a Portugal e cantou ainda no Porto, em 1801, onde enviuvou, em Santo Ildefonso, a 28 de abril de 1803. Viveu naquela cidade, onde viria a perder as suas famosas jóias no trágico acidente da Ponte das Barcas, por ocasião da fuga das invasões francesas de Portugal pelos exércitos de Napoleão, em 1809.
Viveu em Lisboa, de 1811 até ao final da vida, consta que com dificuldades económicas e cega.

Luísa Todi, que tinha a capacidade invulgar de cantar com a maior perfeição e expressão em francês, inglês, italiano e alemão, é considerada a meio-soprano portuguesa mais célebre de todos os tempos.
No seu Tratado da Melodia, Anton Reicha, considera Luísa Todi como «a cantora de todas as centúrias» melhor dizendo «uma cantora para a eternidade».
Setúbal não a esqueceu tendo-lhe erigido um monumento com a sua efígie e dado o seu nome a uma das principais artérias da cidade, a Avenida Luísa Todi.