terça-feira, fevereiro 25, 2014

Alfredo Marceneiro nasceu há 123 anos


(imagens daqui)

Alfredo Rodrigo Duarte (Lisboa, 25 de fevereiro de 1891 - Lisboa, 26 de junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro, devido à sua profissão, foi um fadista português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível tornando-se um marco deste género da canção em Portugal. Embora o bilhete de identidade refira a data acima, o seu nascimento pode ter acontecido, de facto, a 29 de fevereiro de 1888.

Vida
Alfredo Marceneiro nasceu na freguesia de Santa Isabel em Lisboa, e foi-lhe posto o nome de batismo de Alfredo Rodrigo Duarte.
Era filho de uma família muito humilde, oriunda do Cadaval. Com a morte do pai teve que deixar a escola primária. Começou então a trabalhar como aprendiz de encadernador para ajudar o sustento da sua mãe e irmãos.
Desde pequeno, sentia grande atracção para a arte de representar e para a música. Junto com amigos começou a dar os primeiros passos cantando o fado em locais populares começando a ser solicitado pela facilidade que cantava e improvisava a letra das canções.
Um dia, conheceu Júlio Janota, fadista improvisador, de profissão marceneiro que o convenceu a seguir esse ofício que lhe daria mais salário e mais tempo disponível para se dedicar à sua paixão.
Alfredo Marceneiro era um rapaz vaidoso. Andava sempre tão bem vestido que ganhou a alcunha de Alfredo Lulu. Era, também, muito namoradeiro; apaixonou-se por várias raparigas, chegando a ter filhos com duas delas. As aventuras terminaram quando conheceu Judite, amor que durou até à sua morte e com o qual teve três filhos.
Em 1924, participa no Teatro São Luiz, em Lisboa, na sua primeira Festa do Fado e ganha a medalha de prata num concurso de fados.
Nos anos 1930, Alfredo Marceneiro trabalhou nos estaleiros da CUF, onde fazia móveis para navios. Dividia o seu tempo entre as canções e o trabalho. A sua presença nas festas organizadas pelos operários era sempre motivo de alegria.
Em 3 de janeiro de 1948, foi consagrado o Rei do Fado no Café Luso.
Reformou-se em 1963, após uma carreira recheada de sucessos, numa grande festa de despedida no Teatro São Luiz.
Dos muitos temas que Alfredo Marceneiro cantou destaca-se A Casa da Mariquinhas, de autoria do jornalista e poeta Silva Tavares.
Faleceu no dia 26 de junho de 1982, com 91 anos, na mesma freguesia que o viu nascer.
No dia 30 de julho de 1984, foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República Portuguesa, General Ramalho Eanes.


segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Poema de Mourão-Ferreira cantado por Amália


Amália Rodrigues - Espelho Quebrado
David Mourão-Ferreira - Alain Oulman

Com o seu chicote, o vento
Quebra o espelho do lago.
Em mim, foi mais violento o estrago
Porque o vento, ao passar
Murmurava o teu nome
Depois de o murmurar, deixou-me.

Tão rápido passou,
Nem soube destruir-me
As mágoas em que sou tão firme.
Mas a sua passagem
Em vidro recortava
No lago a minha imagem de escrava.

Ó líquido cristal dos meus olhos sem ti
Em vão um vendaval pedi
Para que se quebrasse
O espelho que me enluta
E me ficasse a face enxuta.

Ai, meus olhos sem ti...
Em mim, foi mais violento, o vento!

Poema de aniversariante de hoje...

David, Amália e Alain (imagem daqui)

Soneto do Cativo

Se é sem dúvida Amor esta explosão
de tantas sensações contraditórias;
a sórdida mistura das memórias,
tão longe da verdade e da invenção;

o espelho deformante; a profusão
de frases insensatas, incensórias;
a cúmplice partilha nas histórias
do que os outros dirão ou não dirão;

se é sem dúvida Amor a cobardia
de buscar nos lençóis a mais sombria
razão de encantamento e de desprezo;

não há dúvida, Amor, que te não fujo
e que, por ti, tão cego, surdo e sujo,
tenho vivido eternamente preso!

 

in Os Quatro Cantos do Tempo (1958) - David Mourão-Ferreira

David Mourão-Ferreira nasceu há 87 anos

(imagem daqui)

David de Jesus Mourão-Ferreira (Lisboa, 24 de fevereiro de 1927 - Lisboa, 16 de junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta.

Biografia
Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde em 1957 foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do século XX.
Na sua obra, são famosos alguns dos poemas que compôs para a voz de Amália Rodrigues, como Sombra, Maria Lisboa, Nome de Rua, Fado Peniche e sobretudo Barco Negro, entre outros.
Mourão-Ferreira trabalhou para vários jornais, dos quais se destacam a Seara Nova e o Diário Popular, para além de ter sido um dos fundadores da revista Távola Redonda. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores. No pós-25 de Abril, foi director do jornal A Capital e director-adjunto do O Dia.
No governo, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura (de 1976 a janeiro de 1978, e em 1979). Foi por ele assinado, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado.
Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a RTP.
A 13 de julho de 1981 é condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Em 1996 recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, no mesmo ano, a 3 de junho, é elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de Carvalho, teve dois filhos, David João e Adelaide Constança, que lhe deram 11 netos e netas.


Elegia do Ciúme 

A tua morte, que me importa,
se o meu desejo não morreu?
Sonho contigo, virgem morta,
e assim consigo (mas que importa?)
possuir em sonho quem morreu.

Sonho contigo em sobressalto,
não vás fugir-me, como outrora.
E em cada encontro a que não falto
inda me turbo e sobressalto
à tua mínima demora.

Onde estiveste? Onde? Com quem?
— Acordo, lívido, em furor.
Súbito, sei: com mais ninguém,
ó meu amor!, com mais ninguém
repartirás o teu amor.

E se adormeço novamente
vou, tão feliz!, sem azedume
— agradecer-te, suavemente,
a tua morte que consente
tranquilidade ao meu ciúme.

 

in Tempestade de Verão (1954) - David Mourão-Ferreira

Bettino Craxi nasceu há 80 anos

Um político português visitando o fugitivo Craxi, depois de condenado a várias dezenas de anos prisão por corrupção

Bettino Craxi (Milão, 24 de fevereiro de 1934 - Hammamet, 19 de janeiro de 2000) foi um político italiano. Foi líder do Partido Socialista Italiano (PSI) de 1976 a 1993 e ocupou o cargo de primeiro-ministro da Itália de 1983 a 1987. Foi o primeiro socialista, na história da República Italiana a ocupar o cargo de primeiro-ministro.

Benedetto "Bettino" Craxi

Permaneceu durante a maior parte de sua vida no PSI. Ascendeu rapidamente no partido. Em 1968 foi eleito deputado e imediatamente foi nomeado vice-secretário nacional.
Em 1976, em plena crise interna, foi eleito secretário-geral em substituição de Francesco De Martino. Inicia assim a sua longa liderança do PSI, embora inicialmente fosse considerado um "secretário de transição" pela velha guarda socialista.
Em 1983 foi eleito primeiro-ministro com o apoio da aliança formada pelo PSI, DC, PSDI, PRI e PLI. Entre suas principais políticas destacaram-se a assinatura de uma nova concordata com a Santa Sé, em 1984, em que o catolicismo deixou de ser a religião oficial de Itália, e ainda a entrada de Itália no G7 e uma nova política de impostos.
A corrente política de Craxi dominava completamente o PSI, havendo uma pequena corrente mais esquerdista do PSI, dirigida por Riccardo Lombardi, que o acusava de ser de direita. Este domínio quase absoluto permitiu a Craxi levar o partido às suas posições moderadas dentro da social-democracia.
A sua queda ocorreu em 1992, com a iniciativa judicial denominada Operação Mãos Limpas, que tentou acabar com a corrupção imperante na política italiana. Craxi, apontado entre os corruptos, teve que se demitir de seu cargo, num PSI que não demoraria a desaparecer.
Craxi muda-se para a Tunísia, fugindo da justiça italiana, morrendo em 2000 numa cidade junto ao mar, Hammamet.


Pablo Milanés - 71 anos

(imagem daqui)

Pablo Milanés (Bayamo, 24 de febrero de 1943) es un compositor, cantante, guitarrista y cantautor cubano, uno de los fundadores - junto con Silvio Rodríguez y Noel Nicola - de la Nueva Trova Cubana.
Pablo Milanés nació en la ciudad de Bayamo (capital de la provincia de Granma), Cuba. Estudió música en el conservatorio municipal de La Habana.
En sus comienzos estuvo muy influenciado por la música tradicional cubana y por el feeling (sentimiento en idioma Español). El feeling es un estilo musical que se inició en Cuba en los años cuarenta y suponía una nueva manera de afrontar la canción, donde el sentimiento definía la interpretación y estaba influenciado por las corrientes estadounidenses de la canción romántica y del jazz. El feeling se acompañaba de una guitarra, al estilo de los viejos trovadores pero enriquecido por armonizaciones jazzísticas. Así se establecía esta nueva forma de comunicación o "feeling" con el público.
Como intérprete, Pablo Milanés se incorporó posteriormente al cuarteto Los Bucaneros, con quienes colaboró en sus primeros trabajos. También probó suerte como solista ocasional, diversificando de esta manera sus experiencias que más tarde le llevarían a trabajar en solitario. En 1965 Pablo Milanés publica Mis 22 años, considerada por muchos el nexo de unión entre el feeling y la Nueva Trova Cubana, incluyendo nuevos elementos musicales y vocales que serían precursores de la música cubana que vendría después. La colaboración con Los Bucaneros alcanza hasta 1966. En 1967 se incorpora al servicio militar obligatorio. Era la época de la guerra de Vietnam y Pablo Milanés comienza a tomar partido por las causas sociales, surgiendo en sus temas la preocupación por lo que le rodea. En 1968, Milanés ofrece su primer concierto con Silvio Rodríguez en la Casa de las Américas. Ésta sería la primera muestra de lo que más tarde, en 1972, surgiría como el movimiento musical popular de la Nueva Trova. En ese mismo lugar conocería a los miembros de la élite cultural y musical de otros países americanos con los que compartía sus preocupaciones sociales. Violeta Parra, Mercedes Sosa, Daniel Viglietti, Chico Buarque, Simone, Vinícius de Moraes, Milton Nascimento, Víctor Jara entre otros muchos, pasaron por la Casa de las Américas en aquella época. Como compositor, Pablo Milanés ha tocado diversos estilos, entre ellos el son cubano y la canción protesta a finales de los sesenta. Ha pertenecido al Grupo de Experimentación Sonora y ha compuesto temas para el cine. A través del GESICAIC, tanto Pablo Milanés como otros destacados músicos cubanos, incluyendo a Silvio Rodríguez, participan en un taller creativo donde se formaba a jóvenes talentos cinematográficos cubanos enseñándoles lo mejor de la música cubana, que posteriormente quedaría plasmado en una generación de cineastas que fundían a la perfección música y cine. Esta etapa de Pablo Milanés abarca desde finales de los sesenta hasta mediados de los setenta, y va repleta de temas del artista: Yo no te pido, Los años mozos, Cuba va, Hoy la vi, Yolanda, No me pidas, Los caminos, Pobre del cantor, Hombre que vas creciendo, Yo pisaré las calles nuevamente, y otras.
A principio de los años ochenta, Pablo Milanés forma su propio grupo, con la colaboración de varios amigos que estuvieron con él en el GESICAIC. Esta etapa se caracteriza por la riqueza de los recursos musicales utilizados y por la variedad de los géneros entremezclados, aunque sus contenidos siguen teniendo un fuerte trasfondo social. Un álbum importante en la vida de Pablo Milanés fue el titulado Querido Pablo, un disco homenaje grabado con algunos de sus grandes amigos, y en el que participan gente de la talla de Víctor Manuel y Ana Belén, Luis Eduardo Aute y Mercedes Sosa, entre muchos otros. Este disco tuvo una secuela en 2001, que llevaba el título de Pablo Querido. Veinte años después, un buen puñado de artistas se vuelven a reunir para cantar al son de Pablo Milanés. En esta ocasión, además de amigos "clásicos" de Pablo, se unen artistas de la nueva música pop, como Fher (el cantante del grupo mexicano de rock Maná), Marco Antonio Muñiz o Armando Manzanero.
En 2005 compone una parte de la banda sonora de la película Siempre Habana dirigida por Ángel Peláez. De entre sus muchas canciones, son especialmente famosas: Yolanda, Yo me quedo, Amo a esta isla y El breve espacio en que no estás, Para vivir y Cuánto gané, cuánto perdí.
Pablo Milanés se ha caracterizado por mantener una posición de crítica pública a los errores que, a su juicio, se han cometido en la conducción de la Revolución Cubana, sin dejar de defender por ello la Revolución. En marzo de 2010, preguntado sobre la huelga de hambre de Guillermo Fariñas, Milanés respondió: «Hay que condenar desde el punto de vista humano. Esas cosas no se hacen. Las ideas se discuten y se combaten, no se encarcelan». En la misma entrevista, abogó por un cambio en Cuba, conservando a los Castro pero «con arreglos».
La discografía de Milanés cuenta con más de 40 álbumes en solitario, a lo que debe sumarse una quincena de trabajos con el GESI, más su gran cantidad de trabajos en álbumes colectivos y colaboraciones con otros artistas.

Chris Fehn, dos Slipknot, faz hoje 41 anos

Christopher Michael "Chris" Fehn (Des Moines, Iowa, 24 de fevereiro, 1973) é um músico dos Estados Unidos, integrante da banda de new metal Slipknot.

Fehn, nasceu em Des Moines, Iowa. Antes de entrar nos Slipknot, ele jogou como jogador de futebol americano na equipa da Wayne State University. Ele juntou-se à banda em abril de 1997, substituindo o percussionista Greg Welts, que foi forçado a sair do Slipknot após devido a conflitos pessoais com o baterista Joey Jordison, por causa de Welts namorar a irmã de Jordison.
Bem como emprestar o seu talento à percussão na banda, Fehn faz coros nos Slipknot e também é fundamental no apoio executados ao vivo nos palcos. Fora do Slipknot, Fehn é um jogador muito forte, e estava em evidências sobre a banda do DVD de 2006, Voliminal: Inside the Nine, onde ele é entrevistado enquanto jogava golfe. Fehn descreve-se como um "grande fã da banda", e diz dos Slipknot, "o mundo precisava de algo assim."

(...)

Fehn usa uma máscara, que tem sido visto em várias cores e estilos, sempre com o nariz lembrando o do Pinóquio; o nariz tem cerca de 19 cm de comprimento. Ele usa seis variações de máscara, a sua mais conhecida é uma de couro, utilizada durante a época Iowa. Outra bem conhecida de Fehn é a vermelha, que foi utilizada principalmente durante o Vol. 3: (The Subliminal Verses) World Tour. Fehn atualmente usa duas variações para o All Hope Is Gone. A primeira é, como as outras máscaras, uma máscara com uma cabeça cheia e rosto vermelho. A segunda é uma que só cobre o rosto, mostrando o seu longo cabelo loiro.
A máscara do Fehn tem um design parecido com a usado pelos médicos durante a Peste Negra na Idade Média, onde o nariz estava cheio de ervas, para proteger os médicos que a usavam contra a inalação do fumo da morte. Outra influência amplamente discutida é a possibilidade da máscara a ser baseada na que foi usada por Alex e os seus amigos, durante a cena de violação, em 1971, no filme A Clockwork Orange (Laranja Mecânica). Uma terceira ideia sobre a origem da máscara é que vem da Commedia dell'Arte, um tipo de teatro italiano, que teve ampla popularidade entre os séculos XV e XVIII. A quarta ideia da origem da máscara é o personagem Pinóquio. Nos bastidores do segundo show dos Slipknot no Ozzfest, Fehn falou das características da máscara, dizendo: "Esta máscara reflete a minha personalidade cómica. Eu a escolhi para mostrar a ideia de cativeiro. Quando eu a coloco, levo-te para um outro local. Muito quente, é muito apertado, e que até a dor vai junto com a agressão que criamos." Em mais uma recente entrevista em Londres, Fehn alegou que, "O cheiro fica pior, cheira a vómito, suor e urina!" Numa entrevista a um programa de TV britânico, Fehn passou a ser apelidado de Cockface McGinty após os comentários de Mark Lamarr.
 

Marc-Antoine Charpentier morreu há 310 anos

Marc-Antoine Charpentier, né à Paris en 1643 et mort à Paris le 24 février 1704, est un compositeur et chanteur baroque français.

Il se rend en Italie (selon une légende, pour faire des études d'architecture), mais il tombe sous l'influence du compositeur Giacomo Carissimi. Il restera marqué par le style italien et sera le seul avec Jean-Joseph Cassanéa de Mondonville en France à aborder l'oratorio.
En 1672, Molière se brouilla avec Jean-Baptiste Lully. Il proposa à Charpentier de remplacer ce dernier pour composer la musique de ses comédies-ballets au Théâtre-Français. C'est ainsi que Charpentier composa de la musique pour les entractes de Circé et d'Andromède, ainsi que des scènes chantées dans le Mariage forcé, puis Le Malade imaginaire.
À la mort de Lully, en 1687, les compositeurs français peuvent enfin composer des opéras (Lully ayant « inventé » l'opéra français, il avait interdit aux autres compositeurs français d'en composer et d'en faire représenter tant qu'il serait vivant). En 1693-1694, Charpentier compose alors Médée, sur un poème de Thomas Corneille. C'est un échec, qui sera déterminant dans sa carrière de compositeur : il se consacrera désormais à la musique religieuse.
À la mort de Mademoiselle de Guise en 1688, Charpentier fut employé par les jésuites dans leurs établissements parisiens. Il devient maître de musique du collège Louis-le-Grand, puis de l'église Saint-Louis, rue Saint-Antoine. C'est à cette époque qu'il composa la majeure partie de son œuvre sacrée.
En 1698, Charpentier fut nommé maître de musique des enfants de la Sainte-Chapelle du Palais.
Sa musique issue d'un mélange des styles français et italien, auxquels elle emprunte de nombreux éléments.
Il a composé des œuvres sacrées telles que des oratorios, des messes, des psaumes, des magnificats. Il a également composé plusieurs opéras, des sonates, préludes pour orchestre, des noëls instrumentaux.
Sa sœur Madame Jean Edouard, habitait rue Saint-André-des-Arts, elle était paroissienne du père Mathieu, curé de l'Église Saint-André-des-Arts, italianiste qui donnait des concerts chez lui toutes les semaines, auxquels Marc-Antoine participait volontiers.
Marc-Antoine Charpentier fut presque complètement oublié jusqu'en 1953, lorsqu'il fut révélé par son Te Deum, dont l'ouverture orchestrale sert d'indicatif à l'Eurovision. C'est à Carl de Nys que l'on doit la redécouverte de ce Te Deum, qui devint également l'hymne du Tournoi des Six Nations. La firme naissante Erato avait accepté d'en assurer l'enregistrement.
À partir des années 1950, l'œuvre de Charpentier fut ainsi ressuscitée par Claude Crussard, Guy Lambert, Louis Martini et Jean-François Paillard. Dans les années 1970, Michel Corboz puis Jean-Claude Malgoire assurèrent à leur tour de nombreux enregistrements. Aujourd'hui, la moitié de son œuvre environ a été enregistrée. Catherine Cessac est, de nos jours, illustrée par ses meilleures études concernant ce compositeur, avec la collaboration du Centre de Musique Baroque de Versailles. En 2005, ils sortirent un DVD Marc-Antoine Charpentier, un Automne musical à Versailles (Armide classics) pour célébrer le tricentenaire de sa mort. Le ministère de la culture et de la communication consacre un site commémoratif à Charpentier.
L'œuvre complète de Charpentier comprend 28 volumes autographes, soit plus de 500 pièces qu'il a pris soin de classer lui-même. Cette collection, appelée Mélanges, est l'un des plus beaux ensembles de manuscrits autographes musicaux de tous les temps. À sa mort, ses neveux Jacques Édouard et Jacques-François Mathas en héritèrent. En 1727, Jacques-Édouard vendit l'ensemble des manuscrits à la Bibliothèque Royale. La collection intégra le fonds de la Bibliothèque Nationale de France.
L'édition critique de l'œuvre de Marc-Antoine Charpentier est actuellement en cours de publication au Centre de Musique Baroque de Versailles (http://www.cmbv.fr), collection «Monumentales».




Com a morte de D. José I, a era pombalina terminou há 237 anos

D. José I de Portugal (nome completo: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança; 6 de junho de 1714 - 24 de fevereiro de 1777), cognominado O Reformador, devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou, em 1729, com Mariana Vitória de Bourbon, infanta de Espanha.


Reinado
O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesas, transformando Portugal num país moderno. A 1° de novembro de 1755, José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no Terremoto de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Santa Maria de Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia de recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda em Lisboa. Outro ponto alto do seu reinado foi a tentativa de regicídio que sofreu a 3 de setembro de 1758 e o subsequente processo dos Távoras. Os Marqueses de Távora, o Duque de Aveiro e familiares próximos, acusados da sua organização, foram executados ou colocados na prisão, enquanto que a Companhia de Jesus foi declarada ilegal e os jesuítas expulsos de Portugal e das colónias.
Quando subiu ao trono, José I tinha à sua disposição os mesmos meios de acção governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do progresso económico realizado no país, na primeira metade do século XVIII.
Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas dos últimos anos do reinado de João V, vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida no reinado anterior.
Diogo de Mendonça, Corte Real Pedro da Mota e Silva e Sebastião José de Carvalho e Melo passaram a ser as personalidades em evidência, assistindo-se de 1750 a 1755 à consolidação política do poder central e ao reforço da posição do marquês de Pombal, com a consequente perda de importância dos outros ministros.
Uma segunda fase, de 1756 a 1764, caracteriza-se pela guerra com a Espanha e a França, pelo esmagamento da oposição interna - expulsão dos Jesuítas, reforma da Inquisição e execução de alguns nobres acusados de atentarem contra a vida do rei, entre os quais o duque de Aveiro e o marquês de Távora -, e pela criação de grandes companhias monopolistas, como a do Grão-Pará.
Uma terceira fase, até 1772 é marcada por uma grande crise económica e, até final do reinado, assiste-se à política de fomento industrial e ultramarino e à queda económica das companhias monopolistas brasileiras.
Todo o reinado é caracterizado pela criação de instituições, especialmente no campo económico e educativo, no sentido de adaptar o País às grandes transformações que se tinham operado. Funda-se a Real Junta do Comércio, o Erário Régio, a Real Mesa Censória; reforma-se o ensino superior, cria-se o ensino secundário (Colégio dos Nobres, Aula do Comércio) e o primário (mestres régios); reorganiza-se o exército. Em matéria de política externa, José conservou a política de neutralidade adoptada por seu pai. De notar ainda, o corte de relações com a Santa Sé, que durou 10 anos.
Sucedeu-lhe a filha, a futura rainha Maria I de Portugal (Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança); Lisboa, 17 de dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1816) que, antes de assumir o trono, foi Princesa do Brasil, Princesa da Beira e duquesa de Bragança. A continuidade dinástica da Casa de Bragança ficou assegurada com o seu casamento com o irmão do Rei e tio da princesa, o futuro rei Pedro III de Portugal. O casamento foi realizado no Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, em Lisboa, a 6 de julho de 1760. Dado o casal já ter filhos quando Maria ascendeu ao trono, passou a ser o rei-consorte D. Pedro III, sendo ainda o 19.º duque de Bragança, 16º duque de Guimarães e 14.º duque de Barcelos, 12.º marquês de Vila Viçosa, 20º conde de Barcelos, 16.º conde de Guimarães, de Ourém, de Faria, e de Neiva, 22.º conde de Arraiolos. Tiveram quatro filhos e três filhas.

domingo, fevereiro 23, 2014

Zeca Afonso morreu há 27 anos...

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, conhecido por Zeca Afonso (Aveiro, 2 de agosto de 1929 - Setúbal, 23 de fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português.

(...)

Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, acentua a sua defesa da liberdade, tendo realizado várias sessões de apoio a diversos movimentos, em Portugal e no estrangeiro; retoma, igualmente, a sua função de professor. Continuou a cantar, gravando o LP Coro dos Tribunais, ao mesmo tempo que se envolve em numerosas sessões do Canto Livre Perseguido, bem como nas campanhas de alfabetização do MFA. A sua intervenção política não pára, tornando-se um admirador do período do PREC. Em 1976 declara o seu apoio à campanha presidencial de Otelo Saraiva de Carvalho.
Os seus últimos espectáculos terão lugar no Coliseu de Lisboa e no do Porto, em 1983, numa fase avançada da sua doença. No final desse mesmo ano é-lhe atribuída a Ordem da Liberdade, mas o cantor recusa a distinção.
Em 1985, é editado o seu último álbum de originais, Galinhas do Mato, no qual, devido estado da doença, Zeca não consegue interpretar todas as músicas previstas. O álbum acaba por ser completado por José Mário Branco, Sérgio Godinho, Helena Vieira, Fausto e Luís Represas. Em 1986 apoia a candidatura de Maria de Lourdes Pintasilgo a Presidente da República.

Faleceu em 23 de fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às três horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica.


O compositor britânico Edward Elgar morreu há 80 anos

Sir Edward William Elgar, 1.º Baronete de Broadheath, (Broadheath, 2 de junho de 1857 - Broadheath, 23 de fevereiro de 1934) foi um compositor inglês de música clássica. Entre as suas composições mais conhecidas estão trabalhos orquestrais como Enigma Variations, as Pomp and Circumstance Marches, concertos para violino e violoncelo, e duas sinfonias. Também compôs trabalhos corais, incluindo The Dream of Gerontius, música de câmara e canções. Foi nomeado Master of the King's Musick em 1924.
Apesar de Elgar ser visto como um típico compositor inglês, a maioria das suas influências musicais tinham origem na Europa continental. Ele sentia-se um forasteiro, não apenas numa perspectiva musical, mas socialmente. Nos círculos musicais dominados por académicos, ele era um compositor auto-didacta; num Reino Unido protestante, o seu catolicismo era visto com alguma desconfiança; e num período vitoriano e eduardiano em que a sociedade estava dividida por classes, Elgar tinha plena consciência sobre as suas origens humildes, mesmo depois de ser reconhecido. Ainda assim, casou com a filha de um oficial do exército britânico. Ela inspirou-o tanto ao nível musical como social, mas trabalhou para atingir o sucesso até aos seus quarenta anos quando, depois de uma série de trabalhos menos bem-sucedidos, o seu Enigma Variations (1899) tornou-se muito popular, tanto na Grã-Bretanha, como além-mar. No seguimento deste trabalho, compôs um trabalho coral, The Dream of Gerontius (1900), com base num texto católico que tinha causado algum desconforto no sistema anglicano na Grã-Bretanha; no entanto, esta obra veio a tornar-se, e assim continua, parte do repertório coral deste país e não só. Os seus outros trabalhos corais religiosos também foram bem recebidos, mas sem o mesmo sucesso. A primeira das suas Pomp and Circumstance Marches (1901) é bem conhecida no mundo de língua inglesa.
Nos seus cinquenta anos de idade, Elgar compôs uma sinfonia e um concerto para violino que alcançaram um enorme êxito. A sua segunda sinfonia e concerto para violoncelo não obtiveram um êxito imediato junto do público, e demoraram alguns anos até serem incluídos, com regularidade, no repertório das orquestras britânicas. A música de Elgar, nos seus últimos anos de vida, foi tornando-se cada vez mais apelativa junto das audiências britânicas. Após a sua morte, e durante alguns anos, a sua música passou despercebida. Apenas da década de 1960, ajudada por novas gravações dos seus trabalhos, é que a sua música voltou a tocada com regularidade. Alguns dos seus trabalhos, em anos mais recentes, passaram a ser tocados a um nível internacional, mas a sua música continua a fazer mais parte do reportório britânico do que em outros países.
Elgar tem sido descrito como o primeiro compositor a levar a sério as gravações com um gramofone em disco de vinil. Entre 1914 e 1925, realizou uma série de gravações acústicas dos seus trabalhos. A introdução do microfone em 1925, tornou as gravações sonoras mais exactas, e Elgar fez novos registos da maioria dos seus principais trabalhos para orquestra e excertos de The Dream of Gerontius.

Biografia
Filho de um afinador de pianos, e rodeado de música e instrumentos musicais na loja do pai em na Worcester High Street, o jovem Edward foi auto-didacta em música. No Verão levava nos seus passeios música para estudar, iniciando uma forte ligação entre música e natureza.
Deixando a escola aos 15 anos, começou por trabalhar com um advogado local, mas, após um ano, enveredou por uma carreira musical, aprendendo piano e violino. Aos 22 anos tornou-se chefe de banda no Worcester and County Lunatic Asylum, perto de Worcerter. Foi primeiro violino nos festivais de Worcester e Birmingham, e chegou a tocar a Sexta Sinfonia e o Stabat Mater de Antonin Dvorak, sob a direcção do próprio compositor. Agradou-lhe especialmente, e influenciou-o bastante o estilo de orquestração de Dvorak.
Aos 29 anos, através da actividade de ensino, conheceu a sua futura mulher, Caroline Alice Robers, poetisa e escritora. Casaram-se três anos depois, contra a vontade da família dela, e a prenda de Edward para Caroline foi a peça para violino e piano, Salut d'amour. Os Elgars passaram a residir em Londres, centro da vida musical inglesa. Após algum tempo, constataram que não podiam subsistir apenas com o trabalho de compositor de Edward, pelo que ele retomou o ensino de música.
Durante a década de 1890, século XIX, Elgar construiu uma sólida reputação como compositor, especialmente de obra vocal para os festivais musicais das Midlands. The Black Knight, King Olaf (1896), The Light of Life e Caractacus tiveram algum sucesso, o que lhe permitiu obter um lugar de editor musical.
Em 1899, aos 42 anos de idade, compôs o seu primeiro grande trabalho orquestral, as Variações Enigma, estreadas em Londres dirigidas por Hans Richter. Recebendo o aplauso geral, Elgar tornou-se o compositor britânico mais conhecido da época. Este trabalho intitula-se Variations on an Original Theme (Enigma). O enigma é que, embora haja treze variações do tema original ('enigma'), este nunca é ouvido. Em 1900 estreou em Birmingham a versão coral do poema do Cardeal Newman The Dream of Gerontius. Apesar da desastrosa estreia, a obra foi posteriormente reconhecida como uma das maiores de Elgar.
Elgar é principalmente conhecido pelas Marchas de Pompa e Circunstância (1901). Após compô-las, foi-lhe pedido para adaptar a letra de A. C. Benson para uma Ode para a coroação do Rei Eduardo VII de Inglaterra. O resultado foi Land of Hope and Glory.
Entre 1902 e 1914 Elgar teve um sucesso estrondoso, visitou quatro vezes os Estados Unidos, e ganhou bastante dinheiro com os direitos da sua obra. Entre 1905 e 1908 foi Professor de Música na Universidade de Birmingham.
A sua Sinfonia No. 1 (1908) foi cem vezes tocada no primeiro ano. Com a chegada da I Guerra Mundial, a música de Elgar ficou um pouco fora de moda, e, depois de ficar viúvo, em 1920, pouco mais compôs. Pouco antes de falecer compôs o magnífico e elegíaco Concerto para Violoncelo, o que talvez sugira que Alice Elgar era a sua principal influência e impulsionadora do seu êxito.
Armado cavaleiro em 1904 e tornado baronete em 1931. Em 1932, trabalhou como o jovem e talentoso violinista Yehudi Menuhin, que na altura tinha apenas 16 anos de idade, na gravação do seu Concerto para violino.
No fim da vida iniciou uma ópera e aceitou a proposta da BBC para compor uma Terceira Sinfonia. Esta encomenda foi proposta pelo seu amigo George Bernard Shaw, a quem Elgar tinha dedicado a obra Severn Suite. A sua doença terminal impediu-o de a completar mas os esboços que deixou permitiram a Anthony Payne completá-la, ao estilo do compositor. Morreu no dia 23 de fevereiro de 1934 e foi enterrado na Abadia de Westminster. No espaço de apenas dois meses morreram outros dois importantes compositores ingleses – Gustav Holst e Frederick Delius.


Brad Whitford, guitarrista do Aerosmith, faz hoje 62 anos

Brad Whitford, nome completo Bradford Ernest Whitford (Reading, Massachusetts, 23 de fevereiro de 1952) é o guitarrista dos Aerosmith, ao lado de Joe Perry.


Há 33 anos o último extertor do franquismo assustou a Espanha

(imagem daqui)

O frustrado golpe de Estado de 23 de fevereiro de 1981 na Espanha, também conhecido como 23-F, foi uma tentativa de golpe de estado perpetrada por certos militares, sendo o acontecimento mais representativo o assalto ao Congresso dos Deputados por um numeroso grupo de guardas civis, comandado pelo tenente-coronel Antonio Tejero. O assalto ocorreu durante a votação da nomeação para Presidente do Governo da Espanha, de Leopoldo Calvo-Sotelo, da UCD.

(...)

A recusa do Rei em apoiar o golpe ajudou a abortá-lo ao longo da noite. Também destacou a atitude do presidente da Generalitat de Catalunha, Jordi Pujol, que pouco antes das dez da noite transmitia ao país pelas emissoras de Rádio Nacional e Rádio Exterior uma alocução na qual apelava à tranquilidade. Até à uma da madrugada houve diligências a partir do Hotel Palace, na proximidade do Congresso, lugar eleito como centro de operações pelo general Aramburu Topete, então Diretor Geral da Guarda Civil e o general Sáenz de Santa Maria, pela sua vez Diretor Geral da Polícia Nacional. Por ali também passou o general Alfonso Armada, parte do plano golpista, que pretendia, simulando negociar com os assaltantes, propor-se como solução. O seu secreto plano de golpe, emulando o general francês De Gaulle,  fracassou perante a recusa de Tejero a que este presidisse um governo do qual também fariam parte socialistas e comunistas. Mais tarde, descobertos os seus planos, seria removido do seu posto de 2º Chefe do Estado-Maior do Exército, pela sua implicação na conspiração golpista.

(...)

Por volta da uma da manhã de 24 de fevereiro, o Rei interveio na televisão, vestido com uniforme de capitão-general, para se situar contra os golpistas, defender a Constituição espanhola, chamar à ordem as Forças Armadas, na sua qualidade de comandante-em-chefe, e desautorizar Milans del Bosch. A partir desse momento o golpe dá-se por fracassado. Milans del Bosch, isolado, cancelou os seus planos às cinco da manhã e foi detido, enquanto Tejero resistiu até o meio-dia. Seria, porém, durante a manhã do dia 24 que os deputados foram finalmente libertados.

(imagem daqui)

Handel nasceu há 329 anos

Georg Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de fevereiro de 1685 - Londres, 14 de abril de 1759) foi um célebre compositor da Alemanha, naturalizado cidadão britânico em 1726. Desde cedo mostrou notável talento musical, e a despeito da oposição de seu pai, que queria que fosse advogado, conseguiu receber ensino qualificado na arte da música. A primeira parte da sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro da orquestra da ópera local. Depois, dirigiu-se para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Em seguida foi indicado mestre de capela do Eleitor de Hanôver, mas pouco trabalhou para ele, e esteve na maior parte do tempo ausente, em Londres. O seu patrão mais tarde tornou-se rei da Inglaterra, como Jorge I, para quem continuou a compor. Fixou-se definitivamente em Londres, e ali desenvolveu a parte mais importante da sua carreira, como autor de óperas, oratórios e música instrumental. Quando adquiriu a cidadania britânica adotou uma versão anglicizada de seu nome, George Frideric Handel.
Tinha grande facilidade para compor, como prova a sua vasta produção, que compreende mais de 600 obras, muitas delas de grandes proporções, entre elas dezenas de óperas e oratórios em vários movimentos. A sua fama em vida foi enorme, tanto como compositor quanto como instrumentista, e mais de uma vez foi chamado de "divino" pelos seus contemporâneos. A sua música tornou-se conhecida em muitas partes do mundo, foi de especial importância para a formação da cultura musical britânica moderna, e desde a segunda metade do século XX tem sido recuperada com crescente interesse. Hoje ele é considerado um dos grandes mestres do barroco musical europeu.


sábado, fevereiro 22, 2014

Caminante, no hay camino... - Antonio Machado morreu há 75 anos


Cantares es una famosa canción de Joan Manuel Serrat incluida en su LP titulado Dedicado a Antonio Machado, poeta, del año 1969. La letra está compuesta por tres estrofas de Antonio Machado, seguidas de tres estrofas escritas por el propio Serrat, en las que incorpora los versos "caminante no hay camino / se hace camino al andar" a manera de intertexto.
Las estrofas de Machado pertenecen a la sección Proverbios y cantares de su obra Campos de Castilla (1912) y Joan Manuel Serrat las dispone en el siguiente orden:

XLIV
Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre la mar.

I
Nunca perseguí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles
como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse.

XXIX
Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.

El resto de las estrofas pertenece a Serrat, pero se incluyen en ellas los dos versos de Machado antes mencionados (aquí en letra cursiva).

Hace algún tiempo, en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos,
se oyó la voz de un poeta gritar:
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar,
golpe a golpe, verso a verso.

Murió el poeta lejos del hogar,
le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar,
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar,
golpe a golpe, verso a verso.

Cuando el jilguero no puede cantar,
cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar,
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar,
golpe a golpe, verso a verso.


NOTA: queríamos dedicar esta música ao colega geopedrado e amigo Fernando Caramujo, que hoje fez anos...!