quinta-feira, agosto 27, 2015

As primeiras flores da Terra, a Bacia Lusitaniana e o doutor Jorge Dinis

As primeiras flores de Portugal são (também) as primeiras flores da Terra

A flor do Kajanthus lusitanicus, com 110 milhões de anos: o seu interior visto num corte longitudinal graças a observações numa máquina de raios X intensos

O exterior da flor do Kajanthus lusitanicus observado ao microscópico electrónico de varrimento

Interior da flor do Kajanthus lusitanicus visto numa máquina de raios X intensos

 Pólenes do Kajanthus lusitanicus

Fruto da planta Canrightiopsis dinisii observado ao microscópio electrónico de varrimento: no topo, vários grãos de pólen
Pormenor dos grãos de pólen num fruto da Canrightiopsis dinisii
Pólenes do género Pennipollis, com 125 milhões de anos, apanhados em Torres Vedras


O paleobotânico Mário Miguel Mendes

Nem sempre a Terra teve flores. Subitamente, elas apareceram – um mistério que Charles Darwin considerou “abominável”. Portugal tem estado a contribuir para o estudo das flores primitivas, graças à descoberta de fósseis de várias plantas novas para a ciência.

Na palma da mão, é um ponto negro, indistinguível a olho nu. Já à lupa binocular, este pedaço de carvão, nem de um milímetro de comprimento, ganha formas. É uma flor, exemplar único, nova para a ciência. Esteve enterrada em argila durante 110 milhões de anos, até ter sido recolhida entre quilos de terra pelo investigador Mário Miguel Mendes perto da vila do Juncal, no concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria. Ela e os fósseis de outras três plantas, também classificadas entretanto como novidades científicas, enriquecem as colecções do jardim português do Cretácico, quando os dinossauros reinavam e as plantas com flor começavam a despontar na Terra.
Antes, uma breve história. Há cerca de 440 milhões de anos, ter-se-ão deslocado para terra firme, vindas do mar, as primeiras plantas. “Esses primeiros colonizadores terão sido algas verdes já extintas, que apresentavam semelhanças com os briófitos, grupo de plantas a que pertencem os musgos”, explica-nos o paleobotânico Mário Miguel Mendes, do Centro de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Algarve, em Faro, e do Museu Geológico, em Lisboa. “Para que as plantas pudessem conquistar o meio terrestre, tiveram de desenvolver estruturas que possibilitassem, por um lado, a obtenção de água e, por outro, reduzir a sua perda. Além disso, desenvolveram as raízes que fixavam a planta ao solo, absorvendo água necessária à sua manutenção, e os caules que suportam as folhas, órgãos fotossintéticos por excelência.”
Estavam ainda longe de ter flores, e os continentes onde viviam tinham uma configuração muito diferente da de hoje. A evolução tornou as plantas mais complexas, até aparecerem as gimnospérmicas, como as coníferas, em que as sementes não estão encerradas dentro de um fruto, de que são exemplo os pinheiros e os seus pinhões. “Há cerca de 320 milhões de anos, em Portugal formavam-se cordilheiras de montanhas com lagos envolvidos e habitados por vegetação rica e diversificada. Havia cavalinhas gigantes e plantas afins de licopódios e selaginelas actuais, mas de porte arbóreo, a par de coníferas que lembravam araucárias. Os fetos eram particularmente abundantes e diversificados”, conta Mário Miguel Mendes. “Esta vegetação desenvolvia-se em ambientes pantanosos, em clima húmido e relativamente quente das áreas próximas do equador da Terra de então. São desta altura muitos dos depósitos de carvão mundiais, inclusivamente em Portugal.”
Há cerca de 250 milhões de anos, os continentes anteriormente existentes já tinham colidido entre si e formado um só supercontinente, a Pangeia. Mas a tectónica é imparável e a fragmentação das placas ao longo da era Mesozóica – iniciada há 235 milhões de anos, no período do Triásico, e terminada com o Cretácico, entre há 145 e 65 milhões de anos –, colocou novos desafios às plantas terrestres. Se na Pangeia viviam sobre a influência de um clima continental, com a fragmentação das placas tectónicas as plantas tiveram de se adaptar a condições mais húmidas. “Esta interacção entre clima e fenómenos tectónicos ditou o aparecimento e a extinção de alguns grupos vegetais”, explica o paleobotânico.
“Há 225 milhões de anos, no Triásico, as plantas foram povoando as imensas áreas continentais semidesérticas, a partir da vizinhança de áreas lacustres. No Jurássico (200-145 milhões de anos), as coníferas dominavam a vegetação arbórea. Os fetos abundavam.”
Mas a Terra continuava sem flores. As primeiras plantas com flores, ou angiospérmicas, apareceram relativamente tarde na história do planeta – “apenas” há cerca de 130 milhões de anos, no início do Cretácico, como indicam os fósseis mais antigos. E as suas flores eram pequenas. E sem pétalas. Hoje, as angiospérmicas dominam a vegetação terrestre, ocupando quase todos os ecossistemas e representando mais de 85% das espécies vegetais vivas.
“O aparecimento súbito destas plantas no Cretácico Inferior sempre intrigou os cientistas. Charles Darwin referia-se a este súbito evento evolutivo que provocou alterações profundas em todos os ecossistemas terrestres como um ‘ mistério abominável’. Aparentemente, o seu desenvolvimento foi feito a par da evolução dos insectos e a sua enorme diversificação terá resultado do êxito adaptativo das suas inovações evolutivas. Mas muitos aspectos relacionados com as condições paleoambientais que presidiram à proliferação das angiospérmicas continuam por esclarecer”, diz Mário Miguel Mendes.
Portugal tem contribuído para a reconstituição desta história do nosso planeta. Tal como nos Estados Unidos, na China e em Espanha, em Portugal encontram-se os fósseis de plantas com flores mais antigos do mundo. São de flores, sementes e frutos, com cerca de 125 milhões de anos, recolhidos em Torres Vedras pela dinamarquesa Else Marie Friis, uma das maiores especialistas em angiospérmicas. Por exemplo, identificou pólenes que só existem quando há flores de um género e espécie novos – a Mayoa portugallica, descrita em 2004.
Em Torres Vedras, Mário Miguel Mendes também recolheu pólenes (de Pennipollis, por exemplo), sementes e frutos, nos depósitos com 125 milhões de anos. E na praia do Porto da Calada, perto da Ericeira, há ainda registo de um grão de pólen com 139 milhões de anos (atribuído à espécie Clavatipollenites hughesii).
Há ainda os restos de plantas com flores de uma jazida perto de Cercal, no concelho de Cadaval, com cerca de 120 milhões de anos. Ainda que seja agora dúbio que sejam de angiospérmicas, estes restos foram famosos em tempos. Em 1894, foram estudados por um francês apaixonado pela botânica e pela paleobotânica, o marquês Louis Charles Gaston de Saporta. O geólogo português Carlos Teixeira voltou a essas plantas em 1948, nas Memórias dos Serviços Geológicos de Portugal, frisando que o jazigo onde se descobriram ficou célebre: “Não há livro de paleobotânica que não o mencione. E com razão, pois procedem dali os mais antigos restos de dicotiledóneas [um grupo de angiospérmicas], até hoje, na Europa”, escrevia, na época.
  
Remexendo os sedimentos…
Mário Miguel Mendes, de 40 anos, e os seus colegas têm continuado o estudo das angiospérmicas primitivas do país. Nos últimos tempos, anunciaram a descoberta de algumas preciosidades floridas do Cretácico português, na revista científica Grana. Uma delas é precisamente a angiospérmica, de exemplar único, preservada na argila perto da vila do Juncal, que Mário Miguel Mendes encontrou por volta de 2008.
A equipa classificou-a como um género e uma espécie novos para a ciência. Chamou-lhe Kajanthus lusitanicus, em que o género (a primeira palavra) é a derivação do nome de Kaj Raunsgaard Pedersen, em homenagem a este investigador emérito da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, também estudioso de plantas fossilizadas e que vive com Else Marie Friis. E o segundo nome científico, que, em conjunto com o primeiro, designa a espécie, remete visivelmente para o país de origem do fóssil.
O paleobotânico português costuma procurar fósseis de plantas onde as empresas de cerâmica extraem argila para o fabrico de tijolos ou telhas – os barreiros. Percorre esses terrenos argilosos, dispostos em vários níveis, e geralmente o resultado dessas incursões traduz-se em sacos com quilos de argila etiquetados. “Cada amostra deve ter aí uns 15 quilos.”
Os níveis escuros do terreno argiloso têm restos de vegetais fossilizados e são justamente esses que interessam ao paleobotânico, porque pode lá haver fósseis de plantas. E que, ao mesmo tempo, não interessam às empresas de cerâmica, porque os restos vegetais, ao arderem durante a cozedura da argila, deixam as telhas e os tijolos esburacados.
O que veio a ser descrito como a Kajanthus lusitanicus estava em argilas cinzento-escuras no barreiro do Chicalhão, no Juncal. “As condições de fossilização têm de ser as adequadas: estas peças têm de ficar imediatamente protegidas dos agentes de decomposição e degradação, para ficarem conservadas nas melhores condições. Neste caso, ficaram preservadas em argilas”, refere Mário Miguel Mendes.
“A flor está incarbonizada, que é um processo de fossilização”, acrescenta o investigador sobre esse processo que consiste no enriquecimento relativo de carbono à custa da libertação gradual dos componentes voláteis e das moléculas orgânicas da planta.
Uma vez no laboratório, a argila é lavada num crivo, ficando retidos só os carvões e alguns sedimentos. “O material que fica no crivo é seco e visto à lupa binocular. Tudo o que tiver formas aparentemente identificáveis é colocado à parte”, conta. “Na lupa, vê-se logo se temos sementes, frutos, flores... Mas se as flores tiverem pólenes ‘in situ’, isso só consigo ver no microscópio electrónico.” Nem é possível identificar, nesta fase, o tipo de planta a que pertence uma flor.
Sendo promissor, o fóssil da Kajanthus lusitanicus seguiu para observações pormenorizadas no microscópio electrónico de varrimento, já no Museu Sueco de História Natural, em Estocolmo. Aí, Mário Miguel Mendes trabalhou com Else Marie Friis, que co-orientou a sua tese de doutoramento com o paleobotânico João Pais, da Universidade Nova de Lisboa, outro dos autores do artigo da Kajanthus lusitanicus. “Nesse dia, tínhamos visto muito material – flores, sementes e frutos –, já estávamos os dois cansados. Olhei para a flor e pensei: ‘Esta flor diz-me qualquer coisa.’ Sobretudo por causa da disposição dos estames e dos carpelos.”
Mas como tinham tirado poucas fotografias da flor, Mário Miguel Mendes quis observá-la de novo no microscópio electrónico. “Tinha ficado intrigado com ela.” Uns dias mais tarde, quando o microscópio ficou finalmente disponível outra vez, ainda que muito cedo, às seis da manhã, pôde observá-la em várias perspectivas. “Vi que tínhamos uma coisa nova. Quando mostrei a fotografia à professora Friis, ela disse: ‘Nunca vi isso!’”
A singularidade desta flor de carvão do Cretácico tornou-se ainda mais evidente quando as suas estruturas internas puderam ser observadas, nomeadamente os óvulos, sem que fosse destruída. Para tal, a flor viajou até à Suíça, ao Instituto Paul Scherrer, em Villigen, onde foi submetida a raios X intensos (numa máquina chamada “sincrotrão”).
O que tinha de especial esta flor portuguesa? A resposta científica está no artigo da equipa: a planta que deu essa flor é muito parecida com uma espécie actualmente endémica da China, a Sinofranchetia chinensis. Além disso, é o membro mais antigo da família Lardizabalaceae, pelo que está na base da linhagem da evolução das angiospérmicas. Que aspecto teria esta planta, que era terrestre? “Não me atrevo a dizer. Não encontrámos o resto da planta. Não sabemos como eram as folhas, os caules…”, responde. “Actualmente, a Sinofranchetia chinensis é uma planta trepadeira.”
E se procurarmos uma resposta literária, Antoine de Saint-Exupéry deu-nos uma n'O Principezinho. “E se eu, eu que aqui estou à tua frente, conhecer uma flor única no mundo, uma flor que não existe em mais lado nenhum senão no meu planeta, mas que, numa manhã qualquer, uma ovelha pode reduzir a nada num instante, assim sem dar sequer pelo que está a fazer, isso também não tem importância nenhuma?”, diz o principezinho, que vivia num asteróide com os seus vulcões em miniatura e a sua rosa vermelha, irritado com o amigo que encontrou na Terra. “Amar uma flor de que só há um exemplar em milhões e milhões de estrelas basta para uma pessoa se sentir feliz quando olha para o céu. Porque pensa: ‘Ali está ela, algures lá no alto…’ Mas se a ovelha comer a flor, para essa pessoa é como se as estrelas se apagassem todas de repente! Mas isso também não tem importância nenhuma, pois não?”
   
…Na Bacia Lusitaniana
Ao artigo na “Grana” sobre a Kajanthus lusitanicus, seguiu-se agora outro na mesma revista, no qual a equipa descreve de uma assentada três novas espécies de angiospérmicas, todas terrestres também, incluídas no que é descrito também como um género novo. O género é o Canrightiopsis, e as três espécies são a Canrightiopsis dinisii, a Canrightiopsis intermedia e a Canrightiopsis crassitesta, igualmente com 110 milhões de anos. “Até agora, o Canrightiopsis é conhecido apenas em Portugal”, diz o novo artigo.
Na análise das características destas plantas, vasculhadas novamente no microscópio electrónico de varrimento e no sincrotrão do Instituto Paul Scherrer, a equipa pôde determinar a existência de uma relação evolutiva entre o novo género e um género mais antigo e, ainda, com outros géneros actualmente existentes. “O novo género estabelece a ligação entre o género extinto Canrightia e os géneros da flora moderna Chloranthus, Ascarina e Sarcandra”, sublinha o cientista.
E com uma das novas plantas presta-se uma homenagem muito especial. A equipa quis dedicar a Canrightiopsis dinisii a Jorge Dinis, investigador da Universidade de Coimbra que em Setembro de 2013 teve um acidente de viação. “Um camião em contramão deixou-o em coma. Até hoje, o meu colega não consegue andar e não recuperou a fala”, diz Mário Miguel Mendes.
No caso das três novas espécies, não há um só exemplar, como no Kajanthus lusitanicus. A sua descrição baseou-se em quase 1000 espécimes de frutos, sementes e grãos de pólenes. “A maior parte dos espécimes é de Famalicão, onde cerca de 650 já foram separados dos resíduos orgânicos”, relata o segundo artigo na Grana.
Muitos dos 1000 exemplares, só agora descritos na literatura científica, foram apanhados por Else Marie Friis ainda na década de 1990, calcorreando Portugal, e encontram-se no Museu Sueco de História Natural. Mas o Kajanthus lusitanicus e o Canrightiopsis dinisii, por exemplo, ficaram no Museu Geológico de Lisboa.
Além de Famalicão e do Chicalhão, os cerca de 1000 exemplares (também incarbonizados) foram recuperados em Arazede, Buarcos, Catefica, Vale de Água e Vila Verde. Excepto em Catefica, estavam todos em barreiros, alguns entretanto desactivados. Nestes sete locais há depósitos da Bacia Lusitaniana, que começou a formar-se há 150 milhões de anos, quando se iniciou o afastamento entre as massas continentais da Europa e da América do Norte e, no meio delas, ia nascendo o Atlântico Norte.
A Bacia Lusitaniana tinha então águas pouco profundas e zonas costeiras pantanosas. Com o passar do tempo, a água foi secando e a bacia foi sendo preenchida por depósitos continentais – onde estavam as quatro novas espécies de angiospérmicas descritas recentemente na Grana e classificadas dentro dos dois novos géneros –, localizados agora na faixa Oeste da Península Ibérica, indo do Norte de Aveiro até à Península de Setúbal.
O estudo dos restos vegetais portugueses faz parte do projecto CretaCarbo – iniciado em 2009, e coordenado, desde o acidente de Jorge Dinis, por Luís Duarte, também da Universidade de Coimbra, com o objectivo de desvendar os mistérios da evolução e da ecologia das angiospérmicas. “Na Bacia Lusitaniana, temos o Cretácico bem representado, por isso podemos acompanhar a evolução florística desde o Cretácico Inferior, onde dominavam os fetos e as gimnospérmicas, até ao Cretácico Superior, onde passaram a dominar as plantas com flores”, diz Mário Miguel Mendes. “Tem de haver algo que explique por que é que, de repente, as angiospérmicas passaram a dominar toda a flora fóssil. As condições climáticas estão relacionadas com isso. A Terra era mais quente do que actualmente.”
Assim, através da composição da flora, a equipa procura compreender que condições climáticas permitiram a explosão das plantas com flores, na transição do Cretácico Inferior para o Cretácico Superior. Portanto, há cerca de 99 milhões de anos o planeta tornava-se ainda mais florido.
Especulando, será que essas flores já perfumariam a Terra? “É possível que sim, porque algumas, para a polinização por acção dos insectos, teriam de ter alguma coisa que os atraísse.”


in Público - ler notícia

War - a canção de Bob Marley que imortaliza o discurso na Liga das Nações de Hailé Selassié


Bob Marley - War

Until the philosophy which hold one race superior
And another
Inferior
Is finally
And permanently
Discredited
And abandoned
Everywhere is war
Me say war.

That until there no longer
First class and second class citizens of any nation
Until the color of a man's skin
Is of no more significance than the color of his eyes
Me say war.

That until the basic human rights
Are equally guaranteed to all,
Without regard to race
Dis a war.

That until that day
The dream of lasting peace,
World citizenship
Rule of international morality
Will remain in but a fleeting illusion to be pursued,
But never attained
Now everywhere is war - war.

And until the ignoble and unhappy regimes
That hold our brothers in Angola,
In Mozambique,
South Africa
Sub-human bondage
Have been toppled,
Utterly destroyed
Well, everywhere is war
Me say war.

War in the east,
War in the west,
War up north,
War down south
War - war
Rumors of war.
And until that day,
The African continent
Will not know peace,
We Africans will fight - we find it necessary
And we know we shall win
As we are confident
In the victory

Of good over evil
Good over evil, yeah!
Good over evil
Good over evil, yeah!
Good over evil
Good over evil, yeah!

Cesária Évora nasceu há 74 anos

Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941 - Mindelo, 17 de dezembro de 2011) foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana. Apesar de ser sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora foi maioritariamente relacionada com a morna, por isso também apelidada de "rainha da morna". Era conhecida como a diva dos pés descalços.


Hailé Selassié morreu há 40 anos...

Haile Selassie (também grafado Hailé Selassié; Ejersa Goro, 23 de julho de 1892Adis Abeba, 27 de agosto de 1975), nascido Tafari Makonnen e posteriormente conhecido como Ras Tafari, foi regente da Etiópia de 1916 a 1930 e Imperador daquele país de 1930 a 1974. Herdeiro duma dinastia cujas origens remontam historicamente ao século XIII e, tradicionalmente, até ao Rei Salomão e à Rainha de Sabá, Haile Selassie é uma figura crucial na história da Etiópia e da África.
É considerado o símbolo religioso do Deus encarnado, entre os adeptos do movimento rastafári, que conta com aproximadamente 800.000 seguidores atualmente. Os rastafáris também o chamam de H.I.M., sigla em inglês para "Sua Majestade Imperial" (His Imperial Majesty), Jah, Ras Tafari e Jah Rastafari.
Durante o seu governo, a repressão a diversas rebeliões entre as raças que compõem a Etiópia, além daquele que é considerado como o fracasso do país em se modernizar adequadamente, rendeu-lhe críticas de muitos contemporâneos e historiadores.
O seu protesto na Liga de Nações, em 1936, contra o uso de armas químicas contra o seu povo por parte da Itália, foi não só um prenúncio do conflito mundial que se seguiria, mas também representou o advento do que se chamou de "refinamento tecnológico da barbárie", característica que veio a marcar as guerras do período.
Selassie era um orador talentoso, e alguns de seus discursos foram considerados entre os mais memoráveis do século XX. As suas visões internacionalistas levaram a Etiópia a se tornar membro oficial das Nações Unidas, e sua experiência e pensamento político ao promover o multilateralismo e a segurança coletiva provaram-se relevantes até os dias de hoje.

Origens e ascensão
Nascido, Tafari Makonnen, casou-se, em 1911, com Wayzaro Menen, filha do imperador Menelik II, assim tornando-se príncipe, ou Ras, em amárico. Tafari significa, por sua vez, indomável. O neto de Menelik II, Lij Iyasu (Iyasu V), tornou-se imperador em 1913, mas foi deposto por uma assembleia de nobres, em conjunto com a Igreja Ortodoxa Etíope, por suspeita de ter se convertido ao islamismo. Assumiu Zewditu, também filha de Menelik II, que morreria em 1930. Mesmo antes da morte de Zewditu, Ras Tafari já havia assumido a regência da Etiópia (em 1917), e foi investido como rei (negus) em 1928. Finalmente, a 2 de abril de 1930, a imperatriz morreu e, a 2 de novembro do mesmo ano, Ras Tafari tornou-se o 225º imperador na dinastia que remontava, segundo a crença local, ao Rei Salomão e a Rainha de Sabá. Novamente muda de nome, para Haile Selassie (que significa O Poder da Divina Trinidade) ou, na forma completa, Sua Majestade Imperial, Imperador Haile Selassie, Eleito de Deus, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judá.
  
O primeiro império
Iniciou então um governo que buscava modernizar a Etiópia, seguindo as linhas gerais traçadas por Menelik II: principalmente trazer tecnologia para a Etiópia e inserir o país no contexto da comunidade das nações. O seu discurso na Liga das Nações, em junho de 1936, sobre a guerra em geral e sobre a invasão da Etiópia pela Itália (1935), é considerado um dos mais belos e coerentes pronunciados por um líder político (o país havia sido admitido na Liga das Nações em 1923, logo após abolir a escravatura). Selassie também deu a Etiópia a primeira constituição de sua história, em 1931. A invasão da Etiópia pela Itália em 1935 foi uma traição dos acordos celebrados entres esses países no ano de 1928. Também a Liga das Nações não fez sua parte, numa atitude muito semelhante àquela adotada pela Inglaterra e pela França em face a invasão alemã na Checoslováquia - com a diferença de que o país invadido não pertencia à Europa, e sim à esquecida África. Benito Mussolini recebeu uma condenação formal da liga, mas foi encorajado pela falta de atitudes desta para com o seu ato injustificável. A invasão deflagrou a Segunda Guerra Ítalo-Etíope. Em 1936 Selassie se viu obrigado a retirar-se para o exílio, na Inglaterra, deixando o posto de imperador.

Exílio
A Itália estabeleceu um governo na Etiópia e tentou controlar os movimentos de resistência através de massacres e segregação. Selassie tentava angariar simpatia pelo seu país, e só veio a consegui-lo quando a Itália se aliou, na Segunda Guerra Mundial, à Alemanha. Com o apoio da Inglaterra, mas contando essencialmente com forças de resistência etíopes e norte-africanas, Selassie retoma Adis Abeba, a 5 de maio de 1941. Aos poucos conseguiu afastar-se da influência britânica, mas ao mesmo tempo vem do exílio com novas ideias inspiradas na evolução da Inglaterra.

O segundo império
Com a derrota da Itália na frente etíope, já durante a Segunda Guerra Mundial, Haile Selassie reassumiu o império. Havia tensões na Eritreia, que não se identificava com o restante da Etiópia e rejeitava a soberania desta.
Selassie promove a reforma e recuperação da Etiópia, devastada pela guerra. Institui um imposto progressivo sobre a propriedade de terras. Em 1955 é promulgada uma nova constituição etíope, que institui, entre outras medidas, o voto universal, mas também concentra bastante o poder nas mãos do imperador.
Enquanto em missão diplomática no Brasil, em 1960, Haile Selassie sofreu uma tentativa de golpe, organizada e dirigida por Germane Neway que não teve sucesso, mas polarizou a Etiópia e preparou caminho para um segundo golpe alguns anos depois. Em 1963, Selassie participou da criação da Organização da Unidade Africana.

O golpe militar
O país enfrentou anos difíceis no início da década de 1970. A grande fome de 1972–1973 agravou a contestação ao governo imperial, somando-se aos problemas políticos e à corrupção.
Em 12 de janeiro de 1974 registou-se uma rebelião militar contra Selassie. Em junho, um grupo de cerca de 120 comandantes militares, formalmente fiéis ao imperador, formou um comité para exercer o governo. Em 27 de setembro Selassie foi deposto por um golpe militar de inspiração marxista, que instituiu um Conselho Provisório de Administração Militar. Preso pelo novo governo, Selassié veio a falecer a 27 de agosto de 1975, oficialmente por complicações decorrentes de uma operação da próstata. Essa versão é contestada por seus apoiantes e familiares, que entendem que o ex-imperador foi assassinado na cama.
Em 1991, após a queda de Mengistu Haile Mariam, foi revelado que os restos mortais de Selassié tinham sido conservados na cave do palácio presidencial. Finalmente, a 5 de novembro de 2000, recebeu um funeral da Igreja Ortodoxa Etíope digno, sendo sepultado. A família do cantor Bob Marley esteve presente na cerimónia.

Legado
É reconhecida a influência que Haile Selassie teve sobre o movimento negro, em especial em lideranças do movimento negro, como Martin Luther King e Nelson Mandela. Além disso, Selassie é encarado como um messias por parte de um movimento religioso de origem jamaicana, o rastafarianismo, que crê que Haile Selassie vive, conduzirá os negros de volta à África e é Deus Vivo.

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Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada; enquanto não deixarem de existir cidadãos de primeira e segunda classe em qualquer nação; enquanto a cor da pele de uma pessoa for mais importante que a cor dos seus olhos; enquanto não forem garantidos a todos, por igual, os direitos humanos básicos, sem olhar a raças, até esse dia, os sonhos de paz duradoura, cidadania mundial e governo de uma moral internacional irão continuar a ser uma ilusão fugaz, a ser perseguida mas nunca alcançada. E igualmente, enquanto os regimes infelizes e ignóbeis que oprimem os nossos irmãos, em condições subumanas, em Angola, Moçambique e na África do Sul não forem superados e destruídos, enquanto o fanatismo, os preconceitos, a malícia e os interesses desumanos não forem substituídos pela compreensão, tolerância e boa-vontade, enquanto todos os Africanos não se levantarem e falarem como seres livres, iguais aos olhos de todos os homens como são no Céu, até esse dia, o continente Africano não conhecerá a Paz. Nós, Africanos, iremos lutar, se necessário, e sabemos que iremos vencer, pois estamos confiantes na vitória do bem sobre o mal.
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- Haile Selassie, em discurso na Liga das Nações, 1936
Este discurso serviu de inspiração para a canção "War", um dos maiores clássicos do cantor de reggae jamaicano Bob Marley.


Lester Young nasceu há 106 anos

Lester Young, de nome completo Lester Willis Young (Woodville, Mississippi, 27 de agosto de 1909 - Nova Iorque, 15 de março de 1959) foi um saxofonista-tenor norte-americano.
Lester, cuja alcunha era "Prez", cresceu numa família família de músicos de relevo. O seu irmão, Lee Young foi um baterista notável e vários dos outros membros da família eram músicos profissionais. A família mudou-se para Nova Orleães, Luisiana, quando Lester era ainda uma criança. O pai ensinou-lhe a tocar trompete, violino e bateria além de saxofone. Saiu da banda familiar em 1927 porque se recusou a ir em tournée pelo Sul dos Estados Unidos, onde as leis de Jim Crow estavam em vigor.


Stevie Ray Vaughan morreu há 25 anos...

Stephen "Stevie" Ray Vaughan (Dallas, 3 de outubro de 1954 - East Troy, 27 de agosto de 1990) foi um guitarrista, cantor e compositor de electric blues norte-americano. Era o líder da Double Trouble. Nascido em Dallas, Vaughan mudou para Austin com 17 anos, quando iniciou a sua carreira musical.
Foi uma importante figura dos Texas blues, um estilo musical caracterizado pelo swing e pela fusão dos blues com rock. Tornou-se um dos principais músicos de blues rock, com diversas aparições na televisão e álbuns lançados. O trabalho de Vaughan englobou diversos estilos, principalmente os blues. Foi nomeado para doze Grammys, vencendo seis; em 2000 foi postumamente introduzido no Hall da Fama do Blues.
Morreu a 27 de agosto de 1990, num acidente de helicóptero em East Troy que também pôs fim à vida de vários integrantes da equipa musical de Eric Clapton.


quarta-feira, agosto 26, 2015

Madre Teresa de Calcutá nasceu há 105 anos

Anjezë Gonxhe Bojaxhiu (Skopje, 26 de agosto de 1910 - Calcutá, 5 de setembro de 1997), conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá ou Beata Teresa de Calcutá, foi uma religiosa católica de etnia albanesa, nascida no Império Otomano, na capital da atual República da Macedónia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida, ainda em vida, pelo cognome de "Santa das sarjetas".

terça-feira, agosto 25, 2015

Porque Carlos Seixas morreu há 273 anos...


O Rei Luís II da Baviera nasceu há 170 anos

Luís II (Munique, 25 de agosto de 1845Lago Starnberger, 13 de junho de 1886), também chamado de Rei Cisne ou Rei do Conto de Fadas, foi o Rei da Baviera de 1864 até ser deposto, três dias antes de sua morte. Era o filho mais velho do rei Maximiliano II e da sua esposa Maria da Prússia.
Ele ascendeu ao trono aos dezoito anos de idade. Dois anos depois a Baviera foi subjugada pela Prússia e posteriormente absorvida pelo Império Alemão. Luís permaneceu como rei, porém praticamente ignorou tais assuntos de estado e concentrou-se em projetos artísticos e arquitetónicos. Ele encomendou a construção de dois palácios luxuosos e o Castelo de Neuschwanstein, sendo um grande patrono do compositor Richard Wagner.
Luís gastou todas os apoios reais nesses projetos, realizando grandes empréstimos e ignorando todas as tentativas de seus ministros para impedí-lo. Isso depois foi usado contra ele para declará-lo louco, uma acusação que desde então foi refutada.
Luís é geralmente bem considerado e até reverenciado na Baviera atualmente e o seu legado artistico e arquitetural inclui muitos dos principais pontos turísticos da região.

Castelo de Neuschwanstein

Sean Connery - 85 anos!

Thomas Sean Connery (Edimburgo, 25 de agosto de 1930) é um ator britânico, nascido na Escócia. É famoso desde a década de 1960 pelo papel no cinema do agente secreto 007 do MI6 britânico, James Bond, criado pelo escritor Ian Fleming.
Nestes mais de quarenta anos de estrelato, Connery construiu uma sólida carreira cinematográfica após deixar o personagem de 007 em 1971, participando em filmes importantes e populares nos anos seguintes como The Man Who Would Be King (O Homem que Queria Ser Rei), Der Name der Rose (O Nome da Rosa), Indiana Jones and the Last Crusade (Indiana Jones e a Última Cruzada), The Untouchables (Os Intocáveis) e The Hunt for Red October (Caça ao Outubro Vermelho), entre outros. Por sua contribuição às artes cinematográficas e ao Império Britânico, foi sagrado Sir pela rainha Isabel II em 2000, apesar de ao longo de toda a vida ter lutado pela causa da independência da Escócia do Reino Unido.


Elvis Costello - 61 anos

Elvis Costello, nome artístico de Declan Patrick Aloysius MacManus (Londres, 25 de agosto de 1954) é um cantor, compositor e músico britânico. Ele esteve associado aos primórdios do cenário pub rock britânico no meio dos anos 70, e mais tarde foi associado aos estilos de punk rock e new wave antes de se estabilizar como uma voz única e original nos anos 80. O seu alcance musical é impressionantemente amplo. Certo crítico escreveu que “Costello, a enciclopédia do pop, pode inventar o passado sob sua própria imagem”.


Salif Keita faz hoje 66 anos

Salif Keïta, nascido em Djoliba a 25 de agosto de 1949, é um músico e cantor de Mali. Ele é único, não só devido à sua reputação (é conhecido como A voz dourada de África), mas também pelo facto de ser albino e descendente directo do fundador do Império Mali, Sundiata Keita. Esta herança significa que Salif Keita nunca deveria ser um cantor, que é uma função desempenhada por griots. A sua música é uma mistura de estilos de música tradicional da África Ocidental, Europa e América e no entanto mantendo estilo de música islâmica. Entre os instrumentos musicais mais utilizados por Salif Keita incluem-se balafons, Djembês, guitarras, koras, órgãos, saxofones, e sintetizadores.
Keita nasceu em Djoliba. Ele fora ostracizado devido ao seu albinismo, que é um sinal de azar na cultura mandinka. Ele abandonou Djoliba e foi viver em Bamako em 1967 para se juntar a banda Super Rail Band de Bamako. Em 1973, Salif Keita juntou-se a banda Les Ambassadeurs. Keita e Les Ambassadeurs fugiram da instabilidade política do país, em meados de 70, para Abidjan, Costa do Marfim mudando o nome da banda para Les Ambassadeurs Internationales. Esta banda ganhou reputação internacional na década de 70 e em 1977 Keita recebeu o prémio National Order do presidente da Guiné, Sékou Touré. Keita mudou-se para Paris em 1984 com o objectivo de prosseguir a sua carreira.


domingo, agosto 23, 2015

Hoje foi o Dia Europeu de Recordação das Vítimas do Estalinismo e Nazismo...

(imagem daqui)

The European Day of Remembrance for Victims of Stalinism and Nazism, known as the Black Ribbon Day in some countries, which is observed on 23 August, is the international remembrance day for victims of totalitarian ideologies, specifically communism/stalinism, fascism and nazism.
It was designated by the European Parliament in 2008/2009 as "a Europe-wide Day of Remembrance for the victims of all totalitarian and authoritarian regimes, to be commemorated with dignity and impartiality," and has been observed annually by the bodies of the European Union since 2009. The European Parliament's 2009 resolution on European conscience and totalitarianism, co-sponsored by the European People's Party, the Alliance of Liberals and Democrats for Europe, The Greens–European Free Alliance, and the Union for Europe of the Nations, called for its implementation in all of Europe. The establishment of 23 August as an international remembrance day for victims of totalitarianism was also supported by the 2009 Vilnius Declaration of the OSCE Parliamentary Assembly.
23 August was chosen to coincide with the date of the signing of the Molotov-Ribbentrop Pact, a non-aggression pact between the USSR and Nazi Germany which contained a protocol dividing Romania, Poland, Lithuania, Latvia, Estonia, and Finland into designated German and Soviet Spheres of Influence. The treaty was described by the European Parliament's president Jerzy Buzek in 2010 as "the collusion of the two worst forms of totalitarianism in the history of humanity." The remembrance day originated in protests held in western cities against Soviet crimes and occupation in the 1980s, initiated by Canadian refugees from countries occupied by the Soviet Union, and that culminated in The Baltic Way, a major demonstration during the Revolutions of 1989 that contributed to the liberation of the Baltic states.
The purpose of the Day of Remembrance is to preserve the memory of the victims of mass deportations and exterminations, while promoting democratic values with the aim of reinforcing peace and stability in Europe.
23 August is also officially recognised by Canada and the United States, where it is known as Black Ribbon Day.

sábado, agosto 22, 2015

John Lee Hooker nasceu há 98 anos

John Lee Hooker (Coahoma County, Mississippi, 22 de agosto de 1917 - Los Altos, California, 21 de junho de 2001) foi um influente cantor e guitarrista de blues norte-americano, nascido no condado de Coahoma próximo de Clarksdale, Mississipi. Foi considerado o 35º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
A carreira de Hooker começou em 1948 quando ele alcançou sucesso com o compacto "Boogie Chillen", apresentando um estilo meio falado que tornaria-se sua marca registada. Ritmicamente, sua música era bastante livre, uma característica que ele tinha em comum com os primeiros músicos de delta blues. Sua entonação vocal era menos associada à música de bar em relação aos outros cantores de blues. O seu estilo casual e falado errado seria diminuído com o advento dos blues elétrico das bandas de Chicago mas, mesmo quando não estava tocando sozinho, Hooker mantinha as características primordiais de seu som.
Ele o fez, entretanto, levando adiante uma carreira solo, ainda mais popular devido ao surgimento de aficionados por blues e música folk no começo dos anos 60 - ele inclusive passou a ser mais conhecido entre o público branco, e deu uma oportunidade ao iniciante Bob Dylan. Outro destaque de sua carreira aconteceu em 1989, quando se juntou a diversos astros convidados, incluindo Keith Richards e Carlos Santana, para a gravação de The Healer, que acabaria ganhando um Grammy.
Em 1994 Hooker passou por uma operação para a retirada de uma hérnia, o que acabou o afastando dos palcos por um tempo, depois das gravações de "Chill Out" (1995) parou de fazer shows regulares continuando apenas com aparições ocasionais.
Hooker gravou mais de 500 músicas e aproximadamente 100 álbuns, morreu de causas naturais enquanto dormia em 21 de junho de 2001 na sua casa em Los Altos, California. Foi casado e divorciado 4 vezes, teve oito filhos e era dono de um clube noturno em São Francisco chamado "Boom Boom Room", nome este inspirado em um de seus sucessos.

El-Rei D. João I conquistou Ceuta há seis séculos!


Bandeira atual de Ceuta
A Conquista de Ceuta, cidade islâmica no Norte de África, por tropas portuguesas sob o comando de El-Rei D. João I de Portugal, deu-se a 22 de agosto de 1415.

Painel de azulejos de Jorge Colaço (1864 - 1942) na Estação de São Bento, no Porto
D. JOÃO O PRIMEIRO

O homem e a hora são um só
Quando Deus faz e a história é feita.
O mais é carne, cujo pó
A terra espreita.

Mestre, sem o saber, do Templo
Que Portugal foi feito ser,
Que houveste a glória e deste o exemplo
De o defender.

Teu nome, eleito em sua fama,
É, na ara da nossa alma interna,
A que repele, eterna chama,
A sombra eterna.

in Mensagem - Fernando Pessoa

sexta-feira, agosto 21, 2015

Count Basie nasceu há 111 anos

William "Count" Basie (Red Bank, Nova Jérsei21 de agosto de 1904Hollywood, 26 de abril de 1984) foi um pianista, compositor e bandleader de jazz (swing era) dos Estados Unidos.
Foi autor de temas, como "One O'clock Jump" e "Jumpin' at the Woodside" que foram executados, com primor, respectivamente, por Duke Ellington e Benny Goodman, com suas orquestras.


Leon Trotsky foi assassinado há 75 anos

Leon Trotsky (nascido Lev Davidovich BronsteinIanovka, 7 de novembro de 1879 - Coyoacán, 21 de agosto de 1940) foi um intelectual marxista e revolucionário bolchevique, organizador do Exército Vermelho e rival de Estaline na tomada do PCUS à morte de Lenin.
Nos primeiros tempos da União Soviética desempenhou um importante papel político, primeiro como Comissário do Povo (Ministro) para os Negócios Estrangeiros; posteriormente como organizador e comandante do Exército Vermelho, e fundador e membro do Politburo do Partido Comunista da União Soviética.

Afastado por Estaline do controle do partido, Trótski foi expulso deste e exilado da União Soviética, refugiando-se no México, onde veio a ser assassinado por Ramón Mercader, agente da polícia de Estaline. A 3 de setembro de 1938, Trotski e seus seguidores fundam a Quarta Internacional. As suas ideias políticas, expostas numa obra escrita de grande extensão, deram origem ao trotskismo, corrente ainda hoje importante no marxismo.

Kenny Rogers - 78 anos

Kenneth Donald Rogers (21 de agosto de 1938, Houston, Texas) é um prolífico cantor de música country norte-americano, além de fotógrafo, produtor e ator.
Rogers também foi um dos líderes do grupo USA for Africa, que teve como objetivo ajudar as vítimas da fome em África. 


Joe Strummer nasceu há 63 anos

Joe Strummer, nascido John Grahan Mellor (Ankara, 21 de agosto de 1952 - Somerset, 22 de dezembro de 2002) mais conhecido por seu trabalho como vocalista e guitarrista da banda The Clash. Antes era integrante da banda The 101ers e foi ainda membro dos The Mescaleros e temporariamente dos The Pogues.


O rei Guilherme IV do Reino Unido nasceu há 250 anos

Guilherme IV (Londres, 21 de agosto de 1765Windsor, 20 de junho de 1837) foi Rei do Reino Unido e Hanôver de 1830 até sua morte. O terceiro filho de Jorge III e irmão de Jorge IV, Guilherme foi o penúltimo monarca britânico da Casa de Hanôver.
Quando jovem, Guilherme serviu na Marinha Real Britânica na América do Norte e no Caribe, porém pouco lutou. Já que seus dois irmãos mais velhos morreram sem deixarem herdeiros legítimos, ele herdou o trono aos 64 anos de idade. Durante o seu reinado ocorreram várias reformas: a lei dos pobres foi revista, o trabalho infantil foi restringido e a Lei da Reforma de 1832 reorganizou o sistema eleitoral britânico. Apesar de não se envolver tanto na política quanto seu pai e irmão, Guilherme foi o último monarca a nomear um primeiro-ministro contra a vontade do Parlamento do Reino Unido. Através do seu irmão Adolfo, Duque de Cambridge, o vice-rei de Hanôver, ele garantiu ao reino uma curta constituição liberal.

Guilherme não tinha nenhum herdeiro legítimo; entretanto, tinha oito filhos bastardos vivos com sua amante Dorothea Jordan. Guilherme IV foi sucedido no Reino Unido pela sua sobrinha, Vitória, e em Hanôver pelo seu irmão, Ernesto Augusto.

Brasão de Guilherme IV como Rei do Reino Unido e Hanôver (1830–1837)